quinta-feira, 12 de agosto de 2021

TROFÉU JOSÉ FINKEL: 18 atletas com índice, mas não garantidos...

 



Depois de três etapas já cumpridas do TROFÉU JOSÉ FINKEL, que acontece em Bauru, na bela piscina da ABDA, uma certeza se tem: vai ser difícil saber quem serão os 20 integrantes brasileiros no MUNDIAL DE PISCINA CURTA de Abu Dhabi (EAU), em Dezembro. Porque já temos 18 nadadores com índice conseguido. E a tendência é aumentar.

Começando com os 100 livre. No feminino, Stephanie Balduccini (Paineiras) está com a vaga individual sob risco, porém vale exaltar o seu tempo de 53.71, agora novo Recorde Brasileiro Júnior 1, e abaixo de 53.78, o tempo do índice. Mas não está nada garantida, embora feliz ficou com o desempenho. "Estou chocada. Natação é esporte muito complicado. Todo dia a gente tem que dar nosso melhor mesmo nos piores dias. Isso diferencia os melhores, não que eu o seja. Quando vi que bati meu recorde, fiquei muito feliz", disse Balduccini.

No masculino, apenas um nadador foi abaixo do índice de 47.23: justamente Gabriel Silva Santos (Pinheiros), que dominou toda a prova e fez tempo melhor que o que fizera César Cielo (então no Pinheiros, hoje no Itajaí), com 46.83. Por pouco Pedro Spajari (Pinheiros) e Kaique Kauan (Pinheiros/Alabama) não lhe farão companhia, eles que fizaram 47.31, mas que devem estar no revezamento. "Saí chateado dos JOGOS OLÍMPICOS, mas tinha uma competição na sequência valendo mundial e virei a página. Então, tive que dar a volta por cima. Voltando de Tóquio, trabalhei fundamentos, estava fraco nisso. E deu certo, terei mais tempo para treinar. Nado melhor do que isso, mas foi o suficiente", completou.

Indo para os 200 borboleta feminino, esperava-se uma prova forte para um tão forte quanto índice de 2:09.76. Tanto que três nadadoras corresponderam às expectativas. Giovanna Diamante (Pinheiros) fez um excelente 2:08.23, chegando perto do 2:07.17 que Joanna Maranhão (então no Pinheiros) fez no Internacional de Regatas em 2016. A portuguesa Ana Catarina Monteiro (Flamengo) ficou em segundo com 2:09.35 e Rafaela Raurich (Santa Mônica) conseguiu ótimos 2:09.71. Com isso, Giovanna e Rafaela estão com os índices na mão. "Ainda tenho mais provas. Não venho treinando para os 200 borbo. É o melhor tempo da vida, mas está muito longe das finalistas olímpicas", disse Giovanna. "Está sendo uma competição de alto nível. Temos atletas olímpicos como a Gi e é uma honra competir com eles. Estou surpresa com meu tempo e saio satisfeita", completou Rafa.


Na versão masculina, outra prova muito forte, vencida por Leonardo de Deus (Unisanta), com 1:52.33, ao passo que Vinícius Lanza (Minas) chegou 20 centésimos mais tarde, ambos abaixo de 1:54.10 do índice. A prova foi tão forte que vale destacar que Kauê Carvalho (Minas), mesmo fora do limite de dois atletas, chegou perto demais da marca almejada com 1:54.18. O time da casa também fez festa para Brian Aguiar, primeiro finalista de brasileiros absolutos da história da ABDA, sexto com sua melhor marca de 1:56.71, empatado com Gabriel Ogawa (Pinheiros). "Essa prova cansa. Piscina curta depende do pulmão e das pernas. Saio feliz, mas nunca satisfeito. Estou aquém do meu melhor tempo, mas feliz de ter competindo com o Léo", disse Lanza.

Indo para as provas mais rápidas, esperava-se um show de Jhennifer Alves (Pinheiros) no 50 peito feminino, com o índice de 30.69. E ela correspondeu, chegando aos 30.19, chegando perto dos 30 cravados que fez em 2018. Pâmela Souza (Flamengo) chegou muito perto do índice, mas fez 30.76, o que foi, entretanto, o melhor tempo de sua vida na prova em piscina curta. "Este ano, desde depois da pandemia, a gente vem trabalhando na piscina longa que é mais importante para mim. E querendo ou não, fiquei com resquícios, mas agora treinando para a ISL, vou correr atrás do meu melhor, que é 29.91. Estou feliz de ter conseguido este índice para o Mundial", disse Jhennifer.

Já a versão masculina da prova foi definitivamente a mais forte até agora, visto que cinco atletas foram abaixo de 26.57 do índice. Mas só dois podem ir por prova. Por isso, vamos citar os dois primeiros: Felipe Lima (Pinheiros), com 26.02, e João Luiz Gomes Júnior (Pinheiros), que fez 26.07. "Na verdade, para mim foi um ano meio difícil por não ter conseguido empenhar um ótimo tempo na Seletiva. Agora eu consegui fazer esse índice depois de algumas vaciladas nos 100 peito, e espero conseguir terminar o ano em grande estilo", disse João.

A única prova onde não saiu índice foi os 50 costas feminino (era 26.81), que não teve a estrela Etiene Medeiros (SESI), afastada por lesão. Mas vale ressaltar o melhor tempo ever de Júlia Karla Goes (SESI), que foi de 27.02. Mas na versão masculina, Gabriel Fantoni (Minas) confirmou ser o grande nome desta competição, vencendo com 22.93. Os Guilhermes Guido e Massê Basseto (ambos do Pinheiros) também conseguiram índice (que era 23.79), tendo feito respectivamente 23.06 e 23.42. "Eu acho que a renovação é importante. Recordes estão aqui para serem batidos. Queria o 22 à tarde, mas errei a chegada. Faz parte. Espero me classificar pelos 50, mas tem muita jornada pela frente", disse Guido, que está a caminho também da ISL. "Não pode parar, senão dá preguiça!"

Por fim, a inédita prova do 4 x 100 medley misto, que foi polarizada entre Pinheiros e Minas. O Minas até que saiu na frente com Gabriel Fantoni e Felipe França, mas as meninas do Pinheiros foram mais efetivas a partir do borboleta da Gi Diamante, e ajudaram a vencer com 3:40.16, contra 3:41.77 do time mineiro. Mas isso não impediu que os minastenistas terminassem o dia 3 na frente: 1465,5 contra 1334,5 do azulnegro. O Flamengo completa o Top-3 com 680 pontos.

Por enquanto, esses são os nomes para nossa seleção do Mundial:

1o Caio Pumputis nos 200 medley 1:53.02
4o Gabriel Fantoni nos 50 costas 22.93
5o Felipe Lima nos 100 peito 56.60
5o Leonardo Santos nos 200 medley 1:53.48
6o Guilherme Guido nos 50 costas 23.06
8o Gabrielle Rocnatto nos 400 livre 4:04.35
8o Jhennifer Conceição nos 100 peito 30.19
9o Leo de Deus nos 200 borboleta 1:52.33
9o Vinicius Lanza nos 100 borboleta 50.42/200 borboleta 1:52.53
9o Nathalia Almeida nos 400 livre 4:04.66
10o Gabriel Santos nos 100 livre 46.78
10o Fernando Scheffer 400 livre 3:40.63
10o Viviane Jungblut 800 livre 8:22.71
11o Guilherme Costa 400 livre 3:42.16
11o João Gomes Jr.  50 peito 26.07
12o Giovanna Diamante nos 200 borboleta 2:08.23
14o Rafaela Raurich 200 borboleta 2:09.71
16o Stephanie Balduccini 2 provas

Mas ainda corremos o risco de muitos e bons ficarem de fora. Assim, aguardemos a próxima etapa, que terá os 400 medley, 50 borboleta, 200 livre e 100 costas. Está quase terminando, mas muitas surpresas virão.

(informações do Best Swimming, Swim Channel, CBDA e Olimpíada Todo Dia - fotos de Alessandro Koizumi e da Transmissão da NSports)

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