TROFÉU BRASIL: seus 30 guerreiros, senhores!

Consumado o TROFÉU BRASIL 2022, que aconteceu no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro. Foi um torneio cheio de alternativas e que consagrou 30 nomes para o Mundial de Budapeste. Das provas individuais de hoje, só não saiu índice em duas.

É delas que eu começo: são os 200 Medley feminino. Se Nathalia Almeida (Unisanta) não tivesse cometido alguns errinhos, poderia ter ido além de 2:14.74. Com razão ela ficou triste, mas disse que vai ver onde errou para não repetir nas próximas jornadas. Amém para isso. Ainda mais porque Gabrielle Roncatto (Flamengo), prata com 2:15.87, e Stephanie Balduccini (Paineiras), com 2:16.62, irão ao Mundial. Sei como se sente e a falta que vais fazer, Naná. Já nos 1500 livre, Guilherme Cachorrão Costa (Unisanta), já classificado, nem fez muita força e terminou com 15:06.91, mas Stephan Steverink (Flamengo) fez 15:14.86 para somar outro índice ao Mundial Júnior. 

Mas no geral, o dia foi de batidas na trave que entraram. Nos 200 Medley masculino, Caio Pumputis (Pinheiros), que chegou tantas vezes perto do índice, o logrou com 1:59.02. Vinícius Lanza (Minas), esse bateu na trave mesmo, com 1:59.79, dois centésimos acima. Mas ele estará nos 100 borboleta. 

E nos 50 livre, no masculino, Bruno Fratus (Minas), ganhou companhia e de alta classe: Luiz Gustavo Borges (Minas), com 22 cravados, vai junto com ele. No feminino, ela chegou lá! Lorrane Ferreira (SESI) fez o exato tempo de 25.04, emocionando o público que a aplaudiu de pé. Também pudera, depois de tanta batida na trave. Mas vale exaltar Graciele Herrmann (Itajaí): em seu retorno, foi a segunda colocada com 25.30. Por não ter conseguido a naturalidade paraguaia, pode ser que ela volte à seleção brasileira. Ela dedicou a vitória ao marido Renan, que recebeu a medalha no pódio. O amor é tudo!

Por fim, os emocionantes revezamentos 4 x 100 Medley. No feminino, vitória e RC para o Pinheiros, com 4:04.91 feitos por Malu Pessanha, Jhennifer Alves, Giovanna Diamante e Ana Vieira. E no masculino, disputa intensa, mas vitória do Minas, com Gabriel Fantoni, Felipe França, Lanza e Borges derrotando o Pinheiros por pouco: 3:34.50 a 3:34.67.

DESTAQUES

Com méritos, Stephanie Balduccini, pelos 200 livre, e Felipe Ribeiro (Unisanta), pelos 100 livre (provas olímpicas foram consideradas), foram os melhores índices técnicos, e Giovanna Diamante, com 160 pontos, e Cachorrão, com 143, os mais eficientes.

E assim foi o placar final do certame, que consagrou o azulnegro pela 19ª vez, o maior campeão do Troféu Brasil:

OS 30!

Finalizando nossa parte no Rio, divulguemos os nossos 30 índices dos guerreiros que rumam a Budapeste:

Masculino (19)

50m livre: Bruno Fratus e Luiz Gustavo Borges

100m livre: Gabriel Santos e Marcelo Chierighini

200m livre: Fernando Scheffer e Vinicius Assunção

400m livre: Guilherme Costa e Fernando Scheffer

800m livre: Guilherme Costa

50m peito: João Gomes Júnior

50m borboleta: Nicholas Santos

100m borboleta: Matheus Gonche e Vinicius Lanza

200m borboleta: Leonardo de Deus e Matheus Gonche

200m medley: Caio Pumputis

400m medley: Stephan Steverink

4x100m livre: Gabriel Santos, Marcelo Chierighini, Felipe Ribeiro e Vinicius Assunção

4x200m livre: Fernando Scheffer, Vinicius Assunção, Breno Correia e Murilo Sartori

4x100m medley: Guilherme Basseto e Felipe França

Feminino (11)

50m livre: Lorrane Ferreira

200m livre: Stephanie Balduccini

400m livre: Viviane Jungblut

800m livre: Viviane Jungblut e Gabrielle Roncatto

1500m livre: Viviane Jungblut e Beatriz Dizotti

50m peito: Jhennifer Conceição

100m peito: Jhennifer Conceição

4x100m livre: Stephanie Balduccini, Ana Vieira, Giovanna Diamante e Giovana Reis

4x200m livre: Stephanie Balduccini, Giovanna Diamante, Aline Rodrigues e Maria Paula Heitmann

Enfim, missão cumprida. Pelo menos aqui. Voltando a Santos, passamos a régua na nossa cobertura. Até 2023, Rio!

(direto do Rio de Janeiro - informações adicionais do Best Swimming - fotos de Luiza Celidônio e deste repórter)

EUROPEU: E acabou!

Um EUROPEU DE ESPORTES AQUÁTICOS acima do esperado. WR não rolou, mas aconteceram melhores tempos do mundo em muitas jornadas, o que o tornou um dos mais fortes certames do ano. Assim foi o evento que acabou neste domingo em Londres, Com as feras consagradas e preparadas para os JOGOS OLÍMPICOS RIO 2016, restava esta etapa para um bom grand finale.

Que começou com os 50 metros livre delas e deles. No feminino, um show, tudo completamente perfeito para Ranomi Kromowidjojo (HOL), da saída à chegada, para o segundo melhor tempo do ano: 24.07 (somente atrás dos 23.84 de Cate Campbell), tendo a local Fran Hallsall a segunda colocação, com 24.44. No masculino, a vitória, o bicampeonato e o oitavo 21 de Florent Manaudou (FRA - foto) já estavam escritos nas estrelas, mas a atuação dele passou longe de um WR. Os 21.73 do Carrasco ficaram somente a seis centésimos de Andrii Govorov (UCR), aquele mesmo que agora é o melhor tempo do mundo nos 50 borboleta sem traje e é treinado por Arilson Silva. Este tempo, aliás, é novo recorde nacional. Ben Proud (GBR) fez 21.85 para completar o pódio.

Nos 50 peito delas, não teve Ruta Meilutyte (LIT). Ergo, caminho aberto para Jennie Johansson (SUE), a campeã mundial, papar com 30.81. Um décimo depois, veio a Islandesa Hrafnhildu Luthersdottir e, quatro décimos depois dela, Janna Laukannen (FIN), confirmando um domínio escandinavo nesta prova. Nos 200 borboleta delas, disputa intensa entre Franziska Hentke (ALE) e Liliana Szilagy (HUN). Deu alemã por um centésimo: 2:07.23 a 2:07.24.
Nos 400 medley deles, David Verraszto (HUN) largou mal, mas se recuperou no costas para não perder mais, com 4:13.15. Nos 400 livre, confirmou-se a grande fase de Boglarka Kapas (HUN), antes vencedora dos 800 e 1500: 4:03.07. A mais jovem nadadora olímpica da história da Hungria (15 anos em Pequim 2008) vai para a terceira seguida com o segundo melhor tempo do ano nesta prova. E isso colaborou para a vitória Húngara neste mundial, pelo menos no que diz respeito a medalhas, com 19 medalhas, 10 ouros, 4 pratas e 5 bronzes.
Já havíamos falado do revezamento 4 x 100 medley feminino, que quase está garantindo o Brasil lá. É só o dia 31 de Maio chegar e nenhuma tragédia acontecer. No masculino, um fecho de ouro para os locais: 3:32.15, com Chris Walker-Hebborn cravando 54.23 de costas, Adam Peaty, 58.08 de peito - melhor parcial entre os peitistas, James Guy, 51.69 de borboleta e Duncan Scott, 48.15 de crawl. Manaudou, que não estará nos 100 livre, fez um excelente 47.55 no crawl e a França foi vice, com 3:33.89, e a Hungria fez o bronze com 3:34.12. Os resultados estão aqui.
E fecham-se as cortinas de um Europeu inesquecível, com a certeza de que mais emoções virão ainda no Reino Unido, mas em Glasgow, em 2018. Agora, vamos ver se nas Olimpíadas, essas feras vão explodir contra EUA, Canadá, Oriente, Austrália e, claro, Brasil.

(informações do Best Swimming, Yes Swim, SwimSwam e Swimming World - foto da Reuters)

ARENA PRO SWIM SERIES: De que planeta veio Ledecky?

Encerrada a etapa de Austin do ARENA PRO SWIM SERIES, cada vez mais é certo que Katie Ledecky não é deste planeta. A destruidora de recordes simplesmente colocou mais um ao chão: o seu próprio WR dos 800 livre, o primeiro do ano e décimo primeiro de sua carreira. Até ontem, eram 8:07.39. Agora, são 8:06.68, tempo que pôs abaixo a superlotada piscina da University of Texas. Após mais este feito, Ledecky disse que foi sensacional fazer uma apresentação perfeita para o público. Tão perfeita, que Becca Mann, a segunda colocada, chegou assaz depois, a 8:24.49. Será que ela não vai parar até chegar aos 7:59?

Falando em foras de série, Michael Phelps faturou os 200 medley, prova que dominou na década passada, com 1:58.00, superando o rival Ryan Lochte, que chegou 43 centésimos depois. Como curiosidade: foi ali que Phelps quebrou seu primeiro WR, em 2001. Já Katinka Hosszu (HUN), a Iron Lady, faturou com 2:10.69 na versão feminina desta, e destronou Missy Franklin nos 100 costas, com 59.91.

Falando agora dos, vá lá, normais, Matt Greavers conseguiu uma vitória apertada nos 100 costas do qual defende a coroa olímpica com 53.35, contra 53.46 de Ryan Murphy. Connor Jaeger foi dominante nos 1500 livre, com 15:06.20, e Zheng Wen Quah (SIN) não deu chances nos 200 borboleta, com 1:58.07, mesmo o sueco Simon Sjodin quase conseguindo tirar-lhe a vitória. Ele chegou 20 centésimos depois.

Camille Adams e Katie Meili também são nomes a se prestarem atenção. Camille faturou os 200 borboleta com 2:08.21 e uma última piscina perfeita, enquanto Meili fez 1:06.75 para levar os 100 peito. Ambas são do mesmo clube, a SwimMac Carolina. Os demais resultados aqui estão. Encerrada esta etapa, veja o resultado parcial do circuito:

A próxima jornada da ARENA PRO SWIM SERIES será entre 3 e 5 de Março, em Orlando, na Florida. Já está certa a participação da Seleção Brasileira, que vem com grande número para se preparar para os JOGOS OLÍMPICOS do Rio. A presença deles e das feras internacionais torna esse evento cada vez mais forte a cada ano. E olha que este só começou.

(informações da SwimSwam, da USA Swimming, da Best Swimming, da Yes Swim e foto da USA Swimming)

BRASILEIRO SÊNIOR: Cardona é a novidade!

 

A última etapa do BRASILEIRO SÊNIOR - TROFÉU DALTELY GUIMARÃES trouxe uma grande novidade para a disputa de vagas para os JOGOS OLÍMPICOS do ano que vem no Rio de Janeiro, e ela atende por Pedro Cardona (Pinheiros). Ele foi o terceiro colocado hoje cedo nos 100 peito e conseguiu ficar 16 centésimos abaixo dos 1:00.57 do índice, ficando com 1:00.47, e só chegando depois dos Felipes. França (Corinthians) não teve nenhuma dificuldade em nadar abaixo do minuto, tendo feito 59.56. O Lima (Minas/Auburn) chegou 9 centésimos depois do minuto. Isso torna difícil a briga pelos 100 peito masculino, o que fez a gente colocar um "talvez" debaixo do selo de "eu vou" para os nadadores que conseguem índice. No feminino, esperanças renovadas em Jhennifer Alves da Conceição, que nunca chegou tão perto do índice de 1:07.85. Na verdade, 99 centésimos: 1:08.84. Ou seja: se o índice não sair à tarde no OPEN CBDA/CORREIOS, deve sair no TROFÉU MARIA LENK, no Parque Aquático Olímpico. A vencedora no Daltely foi Ana Carla Carvalho (Pinheiros), com 1:10.20.

Nos 50 livre, Etiene Medeiros (SESI - foto) comprovou que a decepção pelo quase nos 100 costas já sumiu na poeira. Ela fez o seu segundo índice com 24.96. Lorrane Ferreira (Minas) nadou acima do que tivera feito na quarta, 25.39. Ela tinha alcançado os 25.28 do índice. No masculino, sem ELE (César Cielo - Minas), as coisas ficaram mais fáceis para Bruno Fratus (Pinheiros/Auburn), que confirmou o índice olímpico fazendo 21.66 e trazendo com ele o parceiro de América Marcelo Chierighini (Pinheiros/Auburn), que, com 22.17, nadou dez centésimos abaixo do índice.

Nos 200 borboleta, deixou-se a tentativa dos índices para mais tarde. Joanna Maranhão (Pinheiros) fez 2:13.60 (o índice era 2:09.33) e Kaio Márcio (Minas) até chegou perto: 1:57.98, 1 minuto e 1 centésimo acima do 1:56.97 exigido. Nos 400 livre delas, Manuella Lyrio (Pinheiros) chegou perto: 4:10.57 (era 4:09.08). No masculino, Luiz Altamir (Flamengo) também se aproximou dos 3:50.40, com 3:52.21. O vencedor no Daltely foi Marcos Ferrari (Pinheiros), com 3:55.11

Faltando apenas os revezamentos para completar tudo, o Pinheiros já pode colocar mais uma taça no armário. Até agora os resultados não foram atualizados. Mas à tarde, meus caros, pode ser que haja tempos bem melhores do que vimos. Afinal, depois de hoje, só 2016...

(informações do Best Swimming, Yes Swim, Terra, UOL e CBDA - foto de Satiro Sodré/SSPress e montagem deste repórter sob foto de Satiro Sodré/SSPress)