sábado, 1 de agosto de 2015

KAZAN 2015: Uma de cada cor!

Não falta mais nada para Ana Marcela Cunha (SESI). Foi ela o motivo para o nosso Hino tocar pela primeira vez no MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS de Kazan (RUS), após ganhar a mais longa e última das provas de maratona aquática, a de 25 km, dez voltas de 2,5 km. Com isso, ela consegue as três medalhas do Mundial, uma de cada cor: ouro hoje, prata na prova por equipes e bronze nos 10 km. E ainda manteve a escrita: desde 2009, pelo menos uma vez tem vitória brasileira no maior evento da FINA.
Entre sol e chuva, Marcelinha fez uma prova tecnicamente perfeita. Sem o que se preocupar, vez que já cumpriu a missão de garantir presença nos JOGOS OLÍMPICOS do Rio, resolveu usar da técnica e da estratégia para garantir o bicampeonato nesta prova, a qual ela já vencera em Xangai há 4 anos.
Nas primeiras voltas, ela ficava no pelotão de trás esperando o melhor momento para um ataque. Assim como Ayrton Senna, que ela homenageara na Capri-Napoli do ano passado, quando ela venceu com a touca do eterno ídolo brasileiro, Cunha provou que também debaixo de um temporal ela bota pra quebrar.
A partir da quinta volta, ela assumiu a liderança e começou a dar seu show. Tomando emprestadas as palavras de Carolina Moncorvo, "a brasileira baixou quase 2 minutos na segunda volta de 2,5km. A mudança do ritmo é como se baixasse 20 segundos em 400 metros!".
Na oitava e nona volta, Anna Olasz (HUN) chegou a tomar a dianteira, disputando-a com Ana. Mas na volta final, não teve jeito: a campeã do Circuito Mundial em 2014 disparou para faturar com 5:13:47.3. À campeã olímpica, restou a prata com 5:14:13.4. Aliás, valeu a pena ela ser abraçada por Ana, o que mostra que adversárias no mar são amigas fora das competições. Completou o pódio a veteraníssima Angela Maurer (ALE), com 5:15:07.6, deixando fora do pódio a campeã dos 10 km Amélie Muller (FRA), que chegou 59 segundos e 9 décimos depois. A outra brasileira, Betina Lorscheitter (GNU), parou na oitava volta, enquanto estava no segundo pelotão.
Com isso, Ana Marcela logrou a sua sétima conquista em Mundiais, sendo as três de 2015, e mais duas em 2013, uma em 2011 e uma em 2010, passando Poliana Okimoto (Unisanta), com seis, como a brasileira com mais medalhas em Campeonatos Mundiais de esportes olímpicos. E isso abre um grande caminho para um ouro no Rio! Mas sejamos justos: é bom que ela não seja vítima do oba-oba, como Daiane dos Santos e Diego Hypólito, e siga no bom caminho para faturar.


Ah, na prova masculina tivemos um momento romântico: o vitorioso Simone Ruffini (ITA, 4:53:10.7) pediu em casamento a namorada de muitos anos, Aurora Ponzele (ITA), que estava na cerimônia de premiação. Claro que ela disse sim, sob forte ovação. Felicitazioni a loro! O melhor brasileiro foi Allan do Carmo (IDEB), décimo sexto, com 5:06:27.9.

(informações do Best Swimming e da Yes Swim, fotos de Satiro Sodré e da RAI)

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