Uma pluma. Um alfinete. Um tiquinho. Foi o que faltou para Jhennifer Alves (Pinheiros - foto) e Manuella Lyrio (Pinheiros) para que elas fossem nossas representantes nas suas principais provas olímpicas. Isso porque, nas finais da segunda etapa do TROFÉU MARIA LENK 2016, a última seletiva para os JOGOS OLÍMPICOS RIO 2016, elas ficaram a poucos, mas muito poucos centésimos de seus índices. Índices que só ficaram mesmo com os mesmos nomes da manhã: Etiene Medeiros (SESI) e Guilherme Guido (Pinheiros), nos 100 costas, e João de Lucca (Pinheiros/Louisville) e Nicolas Nilo Oliveira (Minas), nos 200 livre, oficialmente nomes confirmados para voltarem ao Parque Aquático Olímpico da Barra em Agosto. Aliás, já temos também outros nomes para os revezamentos: Luiz Altamir Mello (Flamengo) e, surpresa, André Pereira (GNU).
Começamos pela última prova, os 400 livre delas: Lyrio até tentou, teve uma postura conservadora no início, mas no final explodiu, contou com o apoio da seleta plateia que estava no Parque Aquático, mas faltou pouco. Pouquíssimo. Na verdade, faltaram 40 reles centésimos: 04:09.48. E, por isso, não será no Rio que a loirinha de Brasília vai fazer a sua prova. Em compensação, este é o novo Recorde Brasileiro da prova: "estou satisfeita. É meu melhor tempo, então não posso reclamar. Claro que a gente queria o índice, mas cheguei perto. Tem mais provas pela frente", contou Lyrio, que já tem o índice para os 200 livre, o que torna essa "derrota" menos amarga.
Mas não diremos o mesmo nos 100 peito feminino. A expectativa para que Jhennifer superasse o 1:07.85 do índice era tamanha, haja vista a batalha entre ela e o Flamengo, que quase a impossibilitou de estar na final. E ela até começou bem, fazendo uma sensacional virada para 31.61. Mas nos metros finais, o cansaço e Macarena Ceballos (ARG) a superaram, infelizmente. A argentina venceu com 1:08.03 e Jhennifer ficou a reles 46 centésimos de ser nossa representante na prova feminina a qual mais precisávamos. Mesmo assim, e por ter feito o melhor tempo do país sem trajes, emocionou-se ao lembrar de tudo: "faltou pouco. Nessa troca de índice a gente se aperfeiçoa mais. Quero agradecer ao Pinheiros pelo apoio. Tentaram me derrubar, mas não conseguiram. É como meu novo técnico (Mirco Cevales) fala, cada vez se superar e ir pra frente", disse, às lágrimas. A chance da friburguense é o Brasil confirmar vaga no 4 x 100 medley feminino, da qual é a décima quarta colocada agora dentre dezesseis. Só uma tragédia grega tira o Brasil de tal revezamento, logo, sim, Jhennifer, ao meu ver, está classificada para os Jogos.
Já nos 100 costas deles, poucos centésimos também fizeram diferença para que somente Guilherme Guido fosse nosso representante. O limeirense manteve a média com 53.25 (continua essa sina de tempos piores à tarde). Mas por cinco, apenas cinco centésimos, não teve a companhia de Henrique Rodrigues (Pinheiros). O índice era 54.36, mas Rodrigues tocou com 54.41. Na versão feminina, nenhuma mudança. Etiene Medeiros ainda não alcançou o tão sonhado 59, mas ainda está na média e novamente nadou abaixo do índice, com 1:00.11, o que a confirma nesta prova.
Nos 200 livre deles, por fim, João de Lucca fez uma prova assaz conservadora nos primeiros 150 metros, atrás de Federico Grabich (ARG), mas reagiu na hora certa e conseguiu um ótimo 1:47.65, com o argentino tendo 1:47.92. Nicolas Nilo Oliveira (Minas) confirmou a participação na prova individual com 1:48.17. Altamir, na final B, fez 1:48.29 e também carimbou o passaporte no rev. A grande surpresa foi André Pereira, que fez o melhor tempo de sua vida, 1:48.72, para se garantir também no time do revezamento. E ele tem muito a nos dar ainda.
O Pinheiros disparou na liderança entre clubes, com 711 pontos, tendo o rival paulistano, o Corinthians, continuado em segundo, com 315. A grande novidade é o SESI estar na terceira posição, com 233, deixando o Minas (com atletas que ainda não estrearam, como Cesar Cielo e os Martins) em quarto cinco pontos atrás. A Unisanta está em quinto, com 171 pontos.
No roteiro de amanhã, só três provas: os 200 livre feminino, prova mais importante porque também vale vaga no revezamento já classificado, os 200 borboleta masculino e os 200 medley feminino. Importante continuar na torcida, porque o time ainda tem pouca gente...
(informações da CBDA, Best Swimming, Yes Swim, Terra e Surto Olímpico - fotos de Satiro Sodré/SSPress/CBDA e reproduções da transmissão do SporTV)
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