terça-feira, 28 de junho de 2016

US OLYMPIC TRIALS: Com zebras, tempaços e RMJ's, o show começou!

Os americanos mostram para o mundo que não estão brincando quando se trata do US OLYMPIC TRIALS, o maior show da natação mundial, que está acontecendo em Omaha (Nebraska). Show de efeitos especiais, LED na piscina, e, claro, tempaços das grandes estrelas da natação nacional que, sim, querem vir aos JOGOS OLÍMPICOS RIO 2016 para serem ouro. Por razões de saúde deste repórter, ficamos devendo nosso primeiro panorama, mas que tal unir os dois primeiros dias da maior seletiva olímpica do mundo para compensar? Afinal, teve de tudo. Tudo mesmo.

DOMINGO: Brandonn perde RMJ e Lochte perde os 400 medley no Rio
O cartão de visitas do Trials já aconteceu nas eliminatórias. Embora não se fará presente no Rio, Sean Grieshop novamente foi o algoz de Brandonn Pierry Almeida (Corinthians) nos 400 medley, tirando dele o RMJ da prova, agora de 4:14.00, sete centésimos abaixo do que Brandonn fizera no OPEN CBDA/CORREIOS em Palhoça, no fim do ano passado. Grieshop, lembremos, foi ouro no MUNDIAL JÚNIOR de Singapura, na mesma prova, quando Brandonn era o grande favorito. Na prova da noite, outra perda: desta vez, de Ryan Lochte. Ele não vai poder defender o título da prova na Olimpíada, pelo simples fato de ter nadado bem forte, mas na hora errada. Foi bem no borboleta e no costas, mas como o peito é quem decide, como diz Djan Madruga, ele se cansou e fez um crawl muito aquém do esperado. 4:12.02 e terceiro lugar para o ex-favorito, superado pela nova geração representada por Chase Kalisz, com 4:09.54 (parciais de 57.13, 2:01.31, 3:10.07, 4:09.54), segundo tempo do mundo, e pela zebra Jay Litherland, com 4:11.02 (7.14, 57.82, 2:01.72, 3:13.64, 4:11.02).
Nos 400 livre deles, xarás para representar a América: Conor Dwyer e Connor Jaeger disputaram palmo a palmo a prova, pelo menos da metade final para o fim. O com dois n's teve um final bem melhor, vencendo com 3:43.79 (26.37, 54.93, 1:51.34, 2:47.62, 3:43.79), indo de quarto posto ao terceiro tempo da temporada. Dwyer sentiu o final, mas garantiu sua vaga após ter feito 3:44.66 (25.97, 54.02, 1:50.60, 2:46.95, 3:44.66).
Nos 400 medley delas, Maya Dirado, que já anunciou que vai parar depois das Olimpíadas (cedo demais), começou sua farewell tour com um belo 4:33.73 (29.25, 1:02.23, 2:11.46, 3:30.54, 4:33.73), quinto melhor tempo do mundo neste ano, que só não foi melhor porque ela já tem 4:31.71 de Kazan. Ela terá a companhia de Elizabeth Beisel, garantida em sua terceira olimpíada com 4:36.81 (29.87, 1:03.67, 2:12.41, 3:31.50, 4:36.81).
Mas, sem dúvida, o melhor tempo não foi numa final: Kevin Cordes veio como a nova ameaça aos brasileiros Felipe França (Corinthians) e João Luiz Gomes Júnior (Pinheiros) e ao britânico Adam Peaty. ao fazer nada menos que o segundo tempo do mundo e novo recorde nacional nas semifinais dos 100 peito, com 58.94, dois centésimos abaixo do que fizera Eric Shanteau no Mundial de Roma em 2009.

SEGUNDA: Ledecky, sempre ela, arrasa e ganha espetacular companhia
O nome da segunda etapa, do Trials, da natação feminina americana, etc., etc., começou com 99% do pé direito a sua jornada em Omaha. Digo 99% porque Katie Ledecky (na foto) poderia ter batido recorde mundial nos 400 livre delas. Mas sentiu a piscina final e só ficou mesmo é com o melhor tempo da temporada: 3:58.98 (27.44, 56.31, 1:56.28, 2:57.78, 3:58.98), 61 centésimos acima do WR no Pan-Pacífico de 2014. Ok, isso já era esperado. O que não foi esperado foi o tempaço espetacular da segunda colocada, Leah Smith, que conseguiu, com 4:00.65 (27.97, 57.70, 1:58.16, 2:59.51, 4:00.65), a grata surpresa de ter sido a segunda melhor da temporada, quarto tempo da história. E mais, "desde a virada dos 200, Smith foi melhor que Ledecky, e as duas tiveram o mesmo parcial fechando 30.30", nas palavras do Coach Alex Pussieldi. Sinto que temos o ouro e a prata no Rio já confirmados.
Nos 100 peito, não houve performance assombrosa como no primeiro dia. Cordes levou a melhor, mas apenas com 59.18 (27.49, 31.69), e só venceu porque Cody Miller o superou na piscina final, mas errou a última deslizada e foi o segundo, com 59.26 (27.92, 31.34). A se registrar mesmo o RMJ de Michael Andrew, com 59.82. Ele já era indicado pelas meninas da Yes Swim como novo nome desta modalidade, mesmo não logrando a vaga para o Rio.
E teve brazuca celebrando em Omaha: Arthur Albiero vibrou com mais uma sensacional performance de sua pupila Kelsi Worrell, que tornou-se a quinta nadadora mais rápida dos 100 borboleta ao fazer sensacionais 56.48 (26.51, 29.97). Dana Vollmer, que teve na torcida o marido Andy Grant e o guri Arlen, foi bem na primeira parte, mas sentiu o peso e, pelo menos, garantiu sua terceira Olimpíada, com 57.21 (26.23, 30.98).

Com seis nomes garantidos, hoje é dia do maior deles entrar em cena pela primeira vez. Michael Phelps, a dois dias de sua data querida, vai estrear nos 200 borboleta, a prova que lhe deu as suas primeiras glórias olímpicas e a qual quer recuperar a majestade perdida por Chad Le Clos (AFS) em Londres 2012. Será que consegue? Aguardemos.
Os resultados todos estão aqui.

(informações da Best Swimming, Yes Swim, USA Swimming e SwimSwam - foto da USA Swimming)

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