segunda-feira, 22 de agosto de 2016

RIO 2016: Dez! Nota dez! Mas...


A festa acabou. Os Jogos Olímpicos Rio 2016, destinados a serem os melhores da história, agora são isso: história. E que terminou com um final feliz, atletas se congraçando, e nada do que temíamos, ou seja, violência, terrorismo, etc., aconteceu. Quer dizer, menos na cabeça de Ryan Lochte e seus amigos, que exageraram no goró e viram bandidos perigosos quando na verdade eram seguranças cumprindo seu dever. Mas não vamos julgar ninguém. Deus há de fazê-lo. 
Hoje, vamos analisar o que foram os Jogos, de uma maneira geral, e quanto a esportes aquáticos. No geral, palmas para o Rio. Foram Jogos aos quais se deixavam dúvidas: vai dar certo? Vamos passar vergonha? E o COI? Bem, o único porém do Rio 2016, na verdade, foi a água verde do Parque Aquático Maria Lenk, que poderia e deveria ter sido evitada se houvesse mais cuidado com o cloro. De resto, tudo perfeito. Apesar da chuva e da frente fria fortíssima que tentaram estragar o último dia de jornadas, mas não conseguiram. 
O Parque Aquático Olímpico da Barra era uma instalação provisória, disso já sabíamos. Mas vai deixar saudade após os Jogos Paralímpicos Rio 2016, porque tal piscina foi elogiada por todos. A Myrtha fez uma estrutura de ponta, do jeito que podia ser. Em nada deveu aos outros Parques Aquáticos mundo afora. Testado no Troféu Maria Lenk, aprovado nos Jogos. A ver qual será o destino desse palco que consagrou a natação mundial. 
Sobre Phelps, não vamos falar, tudo já foi dito. A natação norte-americana, apesar do vexame de última hora, foi perfeita, além do esperado. Todos esperavam um show da natação australiana, mas na hora do vamos ver, mais uma vez fracassou. É a comprovação de que quando se planeja, se prepara e se quer, não importam os resultados adversos, acontece. E o que dizer das jovens canadenses lideradas por Penny Oleksiak? Pode estar surgindo a sucessora de Katinka Hosszu. Que aliás, também dispensa comentários. 
Já o Brasil... é duro ficarmos, nas piscinas, atrás até de países de nula tradição na natação, como Cazaquistão e Singapura. Parece que a ausência de Cesar Cielo pode ter pesado. Afinal, o nervosismo e a pressão tiraram medalhas certíssimas do Brasil, como nos 100 peito e, principalmente nos 200 medley. O travamento de Thiago Pereira na reta final da prova foi o símbolo claro do "podia ser, mas não foi", da nossa natação. Que, com isso, pode perder patrocinadores (como os Correios), visibilidade e ir para a margem da natação mundial. E olha que as picuinhas Fina/CBDA ainda não acabaram. 
Mais uma vez as maratonas aquáticas nos salvaram. Poderia ter sido com Ana Marcela Cunha, mas uma atleta se intrometeu na hora da segunda alimentação dela e a tirou as chances de vitória. Foi com Poliana Okimoto, a veterana que tinha só essa chance e a aproveitou. Mesmo chegando em quarto, o exagero de Aurélie Muller (FRA) querendo a medalha a qualquer custo e obstruindo a chegada de Rachele Bruni (ITA) foi a comprovação clara de que a honestidade vence. E, cá pra nós, esse bronze foi merecidíssimo. Agora, definitivamente, é hora de mudar. De olhar para frente. De investir nas nossas jovens promessas o pouco que vai nos restar. Afinal, Tóquio chega logo e o tempo é de manter o bom resultado que tivemos no geral. E de melhorar vezes mil a nossa natação. Quem sabe o início seja no Mundial de Budapeste. 
E ao Rio, o nosso muito obrigado. Foram jogos inesquecíveis! Que sejam eternos!

(foto da Reuters)

Nenhum comentário:

Postar um comentário