terça-feira, 23 de agosto de 2016

PERNA CURTA: Lochte mente e vê patrocinadores voarem

Ryan Lochte (EUA), nadador que ajudou os EUA a lograrem sua melhor campanha ever em Jogos Olímpicos, infelizmente não vai ter boas lembranças do RIO 2016. Após o triunfo e uma final dos 200 medley para se esquecer, ele se juntou a Gunnar Bentz, Jimmy Feigen e Jack Congar, que também tomaram parte no Parque Aquático Olímpico da Barra, para uma festa no Leme. Logo, ele alegou ter sido assaltado em uma falsa blitz na Linha Amarela e ter perdido sua carteira, mas que os bandidos travestidos de policiais, três no caso, deixaram sua credencial e seu celular. Mas, como diz o ditado, "malandro é o gato que tem filho de bigode", e a investigação policial descobriu que não houve coisa nenhuma de assalto: os três beberam demais e resolveram criar confusão em um posto, e os tais "bandidos" eram seguranças cumprindo com o seu dever. Enfim, foi uma mentira de pernas e braçadas realmente curtas.
Durante a última semana dos Jogos, a USA Swimming e o Comitê Olímpico dos Estados Unidos emitiram notas pedindo desculpas em nome dos nadadores baladeiros. Bentz e Congar prestaram depoimento e apontaram o fanfarrão como Lochte. "Ele inventou a mentira toda", disseram. Lochte fugiu antes que fosse retido seu passaporte. Mas ainda corre risco de ser preso por falso testemunho.
E, no fim das contas, a fanfarronice custou caro ao outrora Campeão Olímpico. Na verdade, 51 milhões de reais. Um grande efeito dominó de patrocinadores saindo fora no dia seguinte ao fim dos Jogos. O primeiro, a Speedo, que anunciou que os 50 mil reais que seriam destinados a ele vão para a Save The Children, que ajudará crianças carentes e projetos sociais no Brasil. Logo depois, mais três resolveram tirar o corpo fora: a Ralph Lauren, a Airweave e a Syneron-Candela, empresas que acompanhavam Lochte ao longo de sua vida. É bem possível, também, que Lochte seja suspenso pelo USOC ou pela USA Swimming.
Como se viu, tentar enganar a namorada e o mundo inteiro com algo que é corriqueiro no Rio, mas que não aconteceu muito durante os Jogos, ou seja, assaltos na Linha Amarela, custa realmente caro. Esperemos que ele se arrependa (embora já tenha dito isso ao Jornal Nacional) e volte com a cabeça limpa. Anthony Ervin é um exemplo disso.

(informações da Best Swimming e da Yes Swim - foto da Reuters)

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