O penúltimo dia do MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS de Budapeste nos deu mais uma prata com sabor de ouro, dessa vez por parte de Bruno Fratus (Internacional/Auburn). Ele simplesmente esqueceu do ano de pesadelos que foi 2016 para comprovar a ótima fase. Durante a final dos 50 livre deles, ele nadou pau a pau com Caeleb Dressel (EUA). Mas como comprovaremos ainda neste texto, Dressel é mais um que não nasceu neste planeta. Esta foi a primeira de suas três vitórias, o que nunca nenhum nadador conseguira em Mundiais. Ele fez 21.15, agora o segundo melhor tempo da história da prova e o melhor sem trajes, apenas atrás dos 20.91 de Cesar Cielo (Pinheiros). Já Fratus conseguiu 21.27, o melhor tempo sem trajes de um atleta brasileiro. Ben Proud (GBR) completou o pódio, com 21.43, e Cielo foi o oitavo, com 21.87. Sim, todos os oito nadaram abaixo de 22, o que mostra que esta prova foi forte.
"Foi a prova da minha vida e só não ganhei porque o Dressel é muito forte. Deixei para trás o pesadelo de 2016. Quero dedicar esta medalha a todos os meninos e meninas que se perguntam se vale a pena acordar cedo para treinar. Vale! Acredite em você", disse Fratus ao SporTV. Ele ainda reverenciou Cielo: "é, com certeza, o melhor velocista de todos os tempos. A natação brasileira deve muito a ele". E para a alegria da gente, ELE, Cielo, vai seguir competindo: "cumpri meu objetivo de voltar a uma final. Agora vou ver o que posso fazer daqui para frente. Mas continuarei competindo. Só vou parar quando eu sentir que não dá mais".
Voltando a falar do ET, Caeleb Dressel mostrou ao mundo que é o grande nome deste mundial. 20 minutos depois, ele foi dominante na final dos 100 borboleta deles. Numa prova perfeita, ele deixou a concorrência para trás e ficou a reles quatro centésimos do WR de Michael Phelps: 49.86. Ainda teve Recorde Mundial Júnior para o vice-campeão Kristof Milak (HUN), para o delírio da Duna Arena. Ou seja, vem aí um sucessor para Laszlo Czeh (HUN). O bronze ficou com um perfeito empate entre o campeão olímpico Joseph Schooling (SIN) e James Guy (GBR), ambos com 50.83.
E Dressel ainda pilotou os EUA no revezamento 4 x 100 livre. Ele fez 47.22, e conseguiu mais um ouro junto a Nathan Adrian (47.49), Mallory Comerford (52.71) e Simone Manuel (52.18). A Holanda fez 3:21.81 e o Canadá, 3:23.55. Final da história: junto com Adam Peaty (GBR), temos dois extraterrestres nesta competição.
Falando em estrelas do outro planeta, apesar do baque desta sexta, Sarah Sjostrom (SUE) continua sendo espetacular. É dela, a partir de hoje, o WR nos 50 livre feminino. Até sua prova, era de 23.73 a marca maior, de Britta Steffen (ALE). A partir deste sábado, a marca que estará em todos os balizamentos é da sueca. Na segunda semifinal, ela fez 23.67. Se não houver alguma surpresa como nos 100 livre, ela será a melhor desta competição, com dois recordes batidos. Mas olho em Pernille Blume (DIN), Simone Manuel (EUA) e Ranomi Kromowidjojo (HOL).
E Katie Ledecky (EUA), o que aconteceu com ela? Será que cansou? Sentiu o baque da primeira derrota em Mundiais? Ok que ela conseguiu o tricampeonato nos 800 livre, mas muito acima do ideal: 8:12.68. A pior marca desde 2013. Se ela não abrisse muito, poderia até ter sido ultrapassada por Bingjie Li (CHN), que, aos 15 anos, é apontada como a grande sucessora de Ledecky. A chinesa fez 8:15.46, enquanto Leah Smith (EUA) chegou com 8:17.22 para ser bronze.
E enfim a Austrália ouviu o seu Hino, graças a Emily Seebohm. Foi nos 200 costas delas, quando ela bateu o novo recorde oceânico, com o tempo de 2:05.68, deixando para trás Katinka Hosszu (HUN), com 2:05.87, e Kathleen Baker (EUA), que chegou a liderar nos primeiros 100 metros, mas terminou com 2:06.48. Ainda teve RMJ para Kaylee McKeown (AUS), com 2:06.76.
E neste domingo, acaba o Mundial. Passou rápido demais, mas ainda tem mais. Tem 400 medley, com Joanna Maranhão (Unisanta) e Brandonn Pierry Almeida (Corinthians), a final dos 50 costas, com a despedida de Camille Lacourt (FRA), que vai na raia 4 com 24.30 - Guilherme Guido (Pinheiros) foi o décimo terceiro com 24.91, os 1500, sem Sun Yang (CHN) - Guilherme Costa (Unisanta) sentiu o nervosismo da estreia e findou com o décimo nono posto com 15:08.09, e a disputa final entre Yuliya Efimova (RUS) e Lilly King (EUA) nos 50 peito, além é claro dos revezamentos 4 x 100 medley, com Brasil no masculino. Um grand finale para uma jornada inesquecível.
(informações do Best Swimming, Yes Swim, SwimSwam, Swim Channel e Globo.com - fotos de Satiro Sodré/SSPress/CBDA)
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