sexta-feira, 28 de julho de 2017

MUNDIAL BUDAPESTE 2017: Deu zebra!!


Sim, senhoras e senhores, a recordista mundial falhou. Todos falhamos. E aconteceu nesta sexta, no MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS de Budapeste, mais precisamente nos 100 livre feminino, a maior zebra da competição até aqui. Não que Simone Manuel (EUA) fosse uma zebra em si, já que ela é campeã olímpica desta prova (ao lado da canadense Penny Oleksiak). Mas todos já davam como certo o ouro de Sarah Sjostrom (SUE), até depois do WR que ela batera no revezamento 4 x 100 livre feminino domingo. Mas, depois de uma grande ida com 24.75, ela simplesmente parou. Administrou até o metro 99, até ser superada, no último, por Manuel, em quatro centésimos: 52.27 x 52.31. Foi tão inacreditável que, na hora do Hino americano, ela chegou a quase chorar. A terceira colocada foi Pernille Blume (DIN), com 52.69.
Mas quando se trata de Caeleb Dressel (EUA), não existem zebras. Duas semifinais perfeitas. Primeiro, nos 50 livre deles, ele fez o agora melhor tempo do ano, com 21.29. Isso, depois de uma saída inigualável. Nesta prova, teremos Bruno Fratus (Internacional/Auburn) e Cesar Cielo (Pinheiros) na final. Fratus foi o terceiro com 21.60, ao lado de Ben Proud (GBR) e Cielo foi o oitavo, com 21.77, eliminando Cameron McEvoy (AUS, 21.81) e Nathan Adrian (EUA, 21.83). Tudo é possível depois do "on your marks". Já nos 100 borboleta, faltou novamente pouco para Dressel ser recordista mundial. Prova perfeita, com final perfeito, 50.07. A final poderia ter tido Henrique Martins (Minas), não tivesse ele feito uma chegada pavorosa depois de uma prova quase perfeita, o que lhe fez terminar em 11º posto, com 51.47. Acontece, Henrique...


Nos 200 peito, só deu Rússia. No feminino, quase WR com Yuliya Efimova. Uma primeira parte conservadora, mas uma segunda explosivíssima, para fechar com 2:19.64. Esta é a segunda vez que Efimova é vitoriosa nesta prova, visto que em Barcelona 2013, ela desbancou Rikke Pedersen (DIN), que acabara de bater o WR. E confirmando que era o dia das zebras, não tem Lilly King (EUA) no pódio. Ela foi a única a passar para 31 segundos nos primeiros 50 metros, mas não aguentou a pressão e foi a quarta, com 2:22.11, atrás de Bethany Galat (EUA, 2:21.77), estreante em pódio internacional, e Jinglin Shi (CHN, 2:21.93), bronze também no RIO 2016. Já no masculino, Anton Chupkov agora é o segundo a nadar abaixo de 2:07, ele que fez 2:06.96, novo RC, seguido de Yasuhiro Koseki (JAP), com 2:07.29 e pelo recordista mundial Ippei Watanabe (JAP), com 2:07;47. Outra vez sua segunda piscina foi bem melhor e por isso, não tomou conhecimento dos japoneses.
Nos 200 costas, na final masculina, novamente deu Rússia, com Recorde Europeu, de Evgeny Rylov: 1:53.61. Isso porque ele, um grande nome nos Jogos Olímpicos da Juventude em Nanjing, se cansou nas últimas piscinas, mas tinha aberto o suficiente para evitar que Ryan Murphy (EUA, 1:54.21) e Jacob Pebley (EUA, 1:55.06) chegassem nele. Pelo menos teve dobradinha. Na semifinal feminina, ligeira vantagem para Emily Seebohm (AUS), com 2:05.81, Recorde da Oceania, mas prestar atenção também em Kylie Masse (CAN, 2:05.97) e Kathleen Baker (EUA, 2:06.66).
Nas semifinais dos 50 borboleta feminino, Sarah Sjostrom mostrou ter se recuperado do baque de logo cedo e conseguiu o melhor tempo da final, com 25.30, seguida de Kelsi Worrell (EUA, 25.57), vitoriosa da primeira série. Mas, nesta prova, tudo é possível, porque tem Ranomi Kromowidjojo (HOL), Penny Oleksiak e Farida Osman (EGI).
E, enfim, um revezamento não vencido pelos EUA: foi no 4 x 200 masculino, quando, após uma prova disputada entre Rússia, Grã-Bretanha e EUA, os súditos da Rainha levaram a melhor, com Stephen Milne (1:47.25), Nicholas Grainger (1:46.05), Duncan Scott (1:44.60) e, fazendo a mais rápida parcial de todas, James Guy (1:43.80). A Rússia ficou em segundo com 7:02.68 e os EUA, 7:03.18.
Faltam apenas duas etapas, mas neste sábado tem muito mais emoção. Tem os 50 livre feminino (com nossa campeã Etiene Medeiros, do SESI), 50 costas masculino (com Guilherme Guido, do Pinheiros), 50 peito feminino, 4 x 100 misto medley (até Aruba tem time e nós não) e os 1500 livre, quando Guilherme Costa (Unisanta) vai tentar, pelo menos, o 15 baixo. Final é difícil, mas impossíveis não existem para o nosso amigo. Então, vale torcer muito mais!

(informações do Best Swimming, Yes Swim, SwimSwam, Swim Channel e Globo.com - fotos de Petr David Josek/AP e Satiro Sodré/SSPress/CBDA)

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