domingo, 13 de agosto de 2017

TROFÉU JOSÉ FINKEL: Pinheiros fatura outra vez!

 
E no fim das contas, confirmou-se o que estava escrito nas estrelas: Pinheiros, pela décima quarta vez, campeão do TROFÉU JOSÉ FINKEL, que se findou neste sábado, na piscina da Unisanta, em Santos. O Azulnegro do Jardim Europa, assim, dispara como maior campeão brasileiro absoluto de inverno, duas taças à frente do Flamengo. No deste ano, sobrou e venceu com fáceis 2469,5, deixando no top-3 o Minas, com 1921,5 e a Unisanta, que para satisfação da torcida da casa, subiu um degrau do ano passado e terminou com 1751 pontos. Aliás, foi do Santa a melhor atleta da competição. Claro que falo de Joanna Maranhão, que foi a mais eficiente, com 160 pontos, e ainda teve melhor índice técnico, pelo 2:11.79 do RC nos 200 medley, que totalizaram 876 pontos FINA. "Eu sou paga e consigo fazer isso. É muito bom você acordar todos os dias para fazer o que você mais ama e ainda ganhar! (risos) Então minha vida é muito boa e não tenho do que reclamar. É o meu trabalho e nadar em casa é algo que me motiva. São oportunidades que eu gosto de aproveitar", disse a pernambucana, que, humilde, não se considera a melhor nadadora brasileira da atualidade: "eu não gosto muito desse título, ser a melhor ou não ser a melhor. Eu cuido da minha raia, da minha natação, da minha prova. Se isso, de alguma forma, motiva aos outros, fico feliz. Mas eu não gosto de levar créditos. Sou só uma pessoa tentando levar o melhor dela. Essas coisas ficam em segundo plano". No lado masculino, o atleta mais eficiente foi Brandonn Pierry Almeida (Corinthians/South Carolina), com 140 pontos. Após o fim do torneio, ele se emocionou, visto que, em alguns dias, começará uma nova fase sendo um Gamecock. O melhor índice técnico coube a Guilherme Guido (Pinheiros), pelos 53.94 nos 100 costas, e 892 pontos FINA. Houve índices melhores, mas se considerou apenas as provas olímpicas.
Na etapa, Joanna e Brandonn dominaram as provas longas. Com direito a novo RC, a pernambucana fez um tempaço nos 800 livre feminino com 8:37.05. Lembremos que o recorde brasileira também é dela, feito em 2009, quando defendia o Minas: 8:32.96. Nos 1500 livre masculino, sem o Cachorrão Guilherme Costa (Unisanta), fora de combate, quem faturou foi Brandonn, com 15:22.73.
Nos 200 peito, teríamos Recorde Brasileiro no feminino feito por Julia Sebastian (ARG/Unisanta), com 2:27.04, 38 centésimos abaixo do que Carolina Mussi (então no Pinheiros) fizera no Maria Lenk de 2009. Só tem um porém: "não sou brasileira, sou argentina! Mas estou feliz de defender a Unisanta e dar mais esses pontos para o meu time". No masculino, outra vitória para Felipe França (Unisanta), com 2:16.07, com direito a dobradinha ceciliana, já que Thiago Simon (Unisanta) fez 2:16.29. "Minha característica é a velocidade. Minha estratégia é gastar 30% do gasto para os últimos 50, o que faz a diferença. Mas se no futuro eu quiser nadar os 200 de uma maneira bem legal, preciso equilibrar melhor essa prova e fazer 25% a cada 50, o que é o ideal, e não dar esse sprint no final porque cansa muito, como dá para ver", analisou França friamente.
Já nos 50 livre feminino, a disputa ficou entre Etiene Medeiros (SESI) e Alessandra Marchioro (Unisanta). Mas a melhor largada ajudou a campeã mundial a vencer, e mesmo assim por pouco: 25.16 a 25.25. Mas Etiene não se deu por satisfeita: "acho que se saísse os 24, ficaria mais feliz. Mas eu estou muito grata. Me esforcei muito e acabou saindo muito abaixo do mundial. Acho que a gente está bem longe da realidade dos 50 livre hoje. A natação feminina está evoluindo, tanto que as meninas nem pararam por causa da Copa do Mundo. Isso a gente tem que aprender para chegar bem a 2020. Estou bem tranquila e meu objetivo agora é descansar para dia 24 voltar aos treinos". No masculino, Cesar Cielo (Pinheiros) queria um 21 e conseguiu: venceu com 21.96. "Acho que melhor do que ganhar foi ter nadado bem. Gostei da minha saída, gostei da minha eficiência do nado. E para ser sincero, foi melhor a sensação aqui do que no Mundial, apesar do tempo mais alto. Então, é começar a buscar a deficiência que tenho e correr atrás para os próximos desafios", contou ELE, que confirmou que sua carreira está longe de terminar. Ainda bem!
Nos revezamentos  4 x 100 medley, Julia, Joanna, Andrea Berrino e Daiene Dias, com 4:07.55, deram mais uma vitória para o Santa no feminino, enquanto Nathan Bighetti, Felipe Lima, Henrique Martins e Marco Antônio Ferreira Júnior deram a última vitória do Minas no masculino, com 3:36.85.
E assim terminou o TROFÉU JOSÉ FINKEL, em clima de grande festa, com resultados acima do esperado, mas tudo bem, porque nada valia. Esta foi a última edição do certame em piscina longa. Do ano que vem para diante, só em piscina curta, possivelmente em algum lugar de São Paulo. Na próxima matéria, as minhas impressões e agradecimentos.

Confira aqui as fotos da etapa da manhã e aqui, as da tarde, todas de Iris Cristyn

(direto da Unisanta - informações adicionais do Yes Swim, Best Swimming, CBDA e Santaportal - foto deste repórter - originalmente publicado em 13 de Agosto por força maior)

Nenhum comentário:

Postar um comentário