quinta-feira, 9 de agosto de 2018

PAN PACS: Caiu uma favorita, subiu João para o pódio!



Começou o PAN PACÍFICO, a grande competição de piscina longa para os países não-europeus, na Tóquio dos JOGOS OLÍMPICOS 2020. E os grandes destaques desta primeira etapa foram a queda da favorita Katie Ledecky (EUA) nos 200 livre feminino, uma disputa forte (até o meio) nos 400 medley e grandes resultados - com medalha, inclusive - para o Brasil.

O primeiro brasileiro a nadar foi Guilherme Cachorrão Costa (Pinheiros/RKF), nos 1500 livre. Mesmo não tendo conseguido sua melhor marca - que também é RSA, com 14:59.01 - entrou para a história. Com 15:03.40, consegue o quinto posto geral e a melhor posição brasileira no fundo, superando o sétimo lugar de Bruno Bonfim, feito em Yokohama, há 16 anos. O triunfo coube a Jordan Willimovsky (EUA), campeão mundial dos 10 km, que fez 14:46.93. Ele terá a companhia, no MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS da Coreia, de Zane Grothe (EUA), que, na série fraca, fez 15:48.30. Completou o pódio o australiano Jack McLoughlin, com 14:55.92.

Nos 100 peito feminino, quase recorde sul-americano para Julia Sebastian (ARG/Unisanta). Chegando na sexta posição, ela fez 1:07.69, dois centésimos acima de Tatiane Sakemi, mas novo recorde argentino. Como esperado, deu Lilly King (EUA), mas não com um tempo bom para seus padrões: 1:05.44, seguida de Jessica Hansen (AUS), surpresa com 1:06.20, e de Reona Aoki (JAP), 1:06.34.

A torcida local fez festa na versão masculina da prova, com mais uma vitória de Yasuhiro Koseki (JAP), este que fez 59.08. E a brasileira também, já que João Luiz Gomes Júnior (Pinheiros) se recuperou de uma saída não tão boa para conseguir a primeira medalha brasileira no Pan Pacs deste ano, com 59.60, quarenta centésimos atrás de Jake Packard (AUS). Inclusive, ele fizera 59.67 na eliminatória, o que fez seu tempo melhorar.

Bem, Katie Ledecky (EUA) é a maior nadadora feminina em atividade e é a grande estrela da constelação americana. Nos 800 livre, era de se esperar, vitória com RC: 8:09.13. Mas a prova pesou nos 200 livre: como tem dias que até as estrelas falham, ela nadou a prova de maneira irreconhecível e não foi além de 1:55.15, o que, pela primeira vez, resultou numa medalha de bronze. A vitoriosa foi Taylor Ruck (CAN) - desde o MUNDIAL JÚNIOR de Dubai, em 2015, essa menina tem chamado a atenção do mundo - com 1:54.44, agora o melhor tempo do mundo no ano, e Rikako Ikee (JAP), outra favoritaça, bateu novo Recorde Asiático ao terminar no segundo posto, com 1:54.85. Larissa Martins Oliveira (Pinheiros) foi bem na final B, mas o final pesou, embora ela tivesse melhorado seu tempo da eliminatória: de 2:02.21 foi para 1:58.60, sendo a sexta colocada.

Já no masculino, faltou pouco para a segunda medalha brasileira. Fernando Scheffer (Minas) fez uma prova quase perfeita, mas o final e 20 centésimos o separaram do bronze. Scheffer fez 1:46.12 - quatro centésimos acima do RSA dele próprio - e o medalhista de bronze, o local Kasuhiro Matsumoto, 1:45.92. Outra dobradinha americana na prova, como esperado: ouro para Francis Hass, 1:45.56 e prata para Andrew Seliskar, 1:45.74. O outro brasileiro, Luiz Altamir (Pinheiros), foi o oitavo, com 1:47.43.

Nos 400 medley delas, mais uma esperada vitória local: Yui Ohashi fez 4:33.77, acima do que fizera na seletiva (4:30.82, até agora o melhor tempo do mundo), mas dominando de ponta a ponta, deixando para trás Melanie Margalis (EUA), com 4:35.60 e a local Sakiko Shimizu, esta que completou o pódio com 4:36.27. Já no deles, o pódio já estava definido, e faltavam saber as posições de Chase Kalisz (EUA), Daiya Seto (JAP) e Kosuke Hagino (JAP). E deu Chase, até por causa de seu perfeito nado peito, com parcial de 1:08.39 - comprovando o que Djan Madruga sempre diz, que o peito é quem define. Seu 4:07.95 é a melhor marca do mundo doravante. Kosuke fez 4:11.13 e Seto, voltando após ser pai, 4:12.60. Brandonn Pierry Almeida (Corinthians/South Carolina) chegou a estar no Top-5, mas seu final pesou e ele só foi o sexto, tendo 4:14.53. Uma posição atrás, Leonardo Coelho (Pinheiros) fez seu melhor tempo ever, de 4:18.90.

Encerrando os trabalhos, os 4 x 100 medley misto deram a vitória para a Austrália, após disputa intensa com o Japão. Com Ryosuke Irie abrindo para 52.83 no costas, Yasuhiro Koseki fazendo 58.57 no peito e Rikako Ikee mandando um 55.53 no borbo, deixando para trás Mitchell Larkin (53.08), Jake Packard (58.68) e Emma MacKeon (56.22), parecia mais uma vitória local desenhada. Mas aí veio Cate Campbell no livre e despachou Tomomi Aoki, com incríveis 50.93, contra 54.05 da local. Vitória aussie, com 3:38.91, o segundo nado medley misto mais rápido de todos os tempos, contra 3:40.98 dos japoneses, novo recorde nacional. Os EUA, que, segundo a SwimSwam, nem entraram na prova ficando para trás o tempo todo, completaram o pódio com Kathleen Baker (59.29, costas), Michael Andrew (59.21, peito), Caeleb Dressel (50.50, borboleta) e Simone Manuel (52.71, livre) somando 3:41.74.

Amanhã, a torcida será maior, porque teremos a prova mais nobre da natação, os 100 livre, logo de cara. O Brasil também terá representantes no 4 x 200 livre masculino, última prova do dia. Entre elas, 200 borboleta e 100 costas. Só está começando esta jornada, que promete alegrias e zebras!

(informações do Best Swimming, Yes Swim e SwimSwam - foto da assessoria de imprensa do Pinheiros)

Nenhum comentário:

Postar um comentário