sexta-feira, 10 de agosto de 2018

PAN PACS: Mais uma medalha nossa num dia forte!




O segundo dia do PAN PACÍFICO de Tóquio foi, até agora, o mais forte da competição. Tempos sensacionais, voltas incríveis, quase um WR e, ainda por cima, mais uma medalha para o Brasil: uma prata com sabor de ouro para Leonardo de Deus (Unisanta) nos 200 borboleta.

A jornada começou, claro, com os 100 livre e festa dupla australiana. No feminino, Cate Campbell (AUS) fez uma prova praticamente perfeita e dominou do início ao fim, faltando pouco para o WR: fez 52.03, apenas 32 centésimos acima do que Sarah Sjostrom (SUE) fez na abertura do revezamento sueco, em Budapeste. A campeã olímpica Simone Manuel (EUA) foi a segunda colocada, com 52.66, e Taylor Ruck (CAN) completou o pódio com 52.72, deixando de fora Mallory Comerford (EUA), que também nadou abaixo dos 53, com 52.94. Larissa Martins Oliveira (Pinheiros) foi a oitava, tendo 54.78. Um detalhe: na final B, Emma McKeon fez 53.37.

E a festa aussie foi completa com dobradinha no masculino. Após uma cirurgia no coração, o campeão olímpico Kyle Chalmers (AUS) mostrou porque tem a melhor volta do mundo: de oitavo, com 23.35, venceu com 48 cravados, um retorno de ouro. Na prata, perfeito empate entre Jack Cartwright (AUS) e Caeleb Dressel (EUA), 48.22. O resultado garantiu Dressel no MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS na Coreia, após ter passado para o Pan Pacífico na bacia das almas. Mas, aquela história: deixou chegar... Marcelo Chierighini (Pinheiros), que liderou os 50 primeiros metros com 22.91, ficou a 14 centésimos do pódio e Pedro Spajari (Pinheiros) foi o sétimo, com 48.51. Na final B, vencida por Blake Pieroni (EUA), Gabriel Silva Santos (Pinheiros) foi só o quarto, com 49.24, e Marco Antônio Ferreira (Minas), o sétimo, com 49.60. O revezamento vem aí e eles tem que melhorar muito, porque tais tempos foram decepcionantes demais.

Os 200 borbo feminino foram previsíveis e decepcionantes demais. Fácil vitória para Hali Flickinger (EUA), com 2:07.35, completando o pódio Sachi Mochida (JAP), com 2:07.66 e Katherine Drabot (EUA), com 2:08.40. Mas foi no deles que tivemos uma prova emocionante, com disputa entre Leonardo de Deus e Daiya Seto (JAP). Leo fez uma prova perfeita e Seto, uma mais que perfeita: vernceu com 1:54.34 e, com seu melhor tempo ever, 1:54.89 (sétimo da temporada), nosso representante saboreou uma prata com sabor de ouro, depois de ter contraído o vírus Coxsackie, que ataca pé, mão, boca e garganta, e perigar perder parte da pele. Assim, se repetiu o 1-2 de 2014, com outro americano completando um pódio: Zachary Harting, com 1:55.05. Entretanto, o melhor tempo do mundo é do hungaro Kristof Milak, com 1:52.71 do Europeu. Ah, e na final B deu Brasil, com Luiz Altamir (Pinheiros) fazendo um bom 1:56.23.

Nos 100 costas feminino, a expectativa seria pela disputa entre a recordista mundial Kathleen Baker (EUA), Emily Seebohm (AUS) e Kylie Masse (CAN), mas esta última surpreendeu e venceu com 58.61, mesmo após ter perdido o WR. Seebohm foi a segunda, com 58.72 e Baker só foi a terceira, com 58.83. Tivemos RMJ de Regan Smith, com 58.92. E no masculino, por pouco, muito pouco, pouco mesmo, não tivemos WR. Ryan Murphy (EUA) fez 51.94, novo RC, a 9 centésimos de sua própria marca, numa prova que não deixou dúvidas de que ele é o melhor nadador de costas do planeta. Ryosuke Irie (JAP), com 52.78, e Mitchell Larkin (AUS), 10 centésimos depois, completaram o pódio. Já Gabriel Fantoni (Minas/Indiana) poderia estar na final se tivesse feito os 53.92 da B, vencida por Michael Andrew (EUA), com 53.55.

No revezamento 4 x 200 livre feminino, de nada adiantou a reação final de Katie Ledecky (EUA). Mesmo ela tendo feito o melhor parcial da prova, 1:53.84, não foi o suficiente para brecar o ouro australiano, com novo RC de 7:44.12. O Canadá foi o terceiro, com 7:47.28, destacando-se o 1:54.08 de Taylor Ruck, e o Japão foi o quarto com novo recorde local de 7:48.96, com destaque para o 1:54.69 de Rikako Ikee. E no masculino, mesmo com o segundo melhor parcial da prova feito por Fernando Scheffer (Minas), com 1:44.87, o pódio era para ser mesmo EUA, Austrália e Japão. Inclusive, os australianos lideraram grande parte da prova, com Clyde Lewis (1:46.54), Kyle Chalmers (1:46.73) e Alexander Graham (1:45.91) chegando a abrir um segundo, mas Townley Haas, com o melhor parcial, 1:43.78, deu a vitória aos EUA no final, com 7:04.36, 44 centésimos a frente da Austrália. O Japão, ajudado demais por Katsuhiro Matsumoto e o 1:45.31, parcial mais rápida da última rodada, nos alijou do pódio com 7:08.07. Restou-nos a quarta colocação com 7:11.65, com Altamir (1:47.65), Leonardo (1:49.34) e Guilherme Cachorrão Costa (Pinheiros/RKF, 1:49.79) completando as parciais.

No terceiro dia de provas, teremos os 400 livre, os 100 borboleta, 200 medley e a prova que pode nos dar a terceira medalha: o 4 x 100 livre (claro, só no masculino). Estamos bem, mas melhorar é sempre preciso!

(informações do Best Swimming, Yes Swim e SwimSwam - fotos de Mike Lewis e Beatriz Nantes, em reprodução do SporTV)

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