quinta-feira, 4 de outubro de 2018

JOGOS OLÍMPICOS DA JUVENTUDE: Uma difícil jornada


Faltam poucos dias para começar o grande evento olímpico do ano, que, dois anos depois dos JOGOS OLÍMPICOS RIO 2016, segue na América do Sul, mas agora na Argentina. São os JOGOS OLÍMPICOS DA JUVENTUDE de Buenos Aires, que reunirão atletas sub-18 do mundo inteiro pela terceira vez - e a primeira fora da Ásia, visto que anteriormente aconteceram em Singapura e Nanjing (CHN). Como nosso foco é a natação, vamos colocar atenção nos 8 dos nossos 81 representantes nas terras portenhas.

Em Singapura 2010, batemos na trave três vezes (Alessandra Marchioro, atualmente na Unisanta e se recuperando de uma cirurgia no ombro, é a única quase-medalhista que continua na ativa - Carolina Bergamaschi, atualmente no Curitibano, e Bruna Rocha, hoje no Minas, seguem nas águas). Já em 2014, surgiu Matheus Santana (hoje no Pinheiros), prata nos 50 livre e ouro nos 100, e fazendo companhia a Luiz Altamir, Giovanna Diamante e Natalia de Luccas (à data no Flamengo, SESI e Corinthians, e atualmente todos no Pinheiros) no 4 x 100 livre misto prateado. Além disso, nestes oito anos, também vimos o nascimento de lendas como Chad Le Clos (RSA), Andriy Govorov (UCR), Emma McKeon (AUS), Kyle Chalmers (AUS), Mehdy Metella (FRA) e Evgeny Rylov (RUS), para citar alguns que estão muito falados até hoje.

Em Buenos Aires, a missão ficou mais difícil. Apesar de termos um time forte, no qual destaco André Calvelo (Unisanta), Murilo Sartori (Americana), Rafaela Raurich (Curitibano), Malu Pessanha (Pinheiros), Vitor Pinheiro de Souza (Pinheiros) e Lucas Peixoto (GNU), é dificílimo competir com Japão, Austrália, Hungria e Rússia. EUA vem sem seus maiores nomes sub-18, a China tem time melhor no feminino, mas inesperados sempre acontecem nesses Jogos.

Dos que vão para os jogos, nossa maior esperança é Calvelo. No TROFÉU BRASIL MARIA LENK, ele fez 49.47 nos 100 livre e foi esse índice que o levou aos Jogos. Mas Kristof Milak (HUN) - a maior estrela húngara destes Jogos, pelo vice nos 100 borbo, fez 49.24. Deve ser dele o ouro. Calvelo deve disputar a prata com os australianos Ashton Brinkworth e Joseph Jackson e os russos Daniel Markov e Andrii Minakov. Nos 50 livre, Calvelo tem 22.58, também do Troféu Brasil, mas as paradas duras são o sueco Bjorn Seeliger e o italiano Federico Burdisso. Mas deve dar pódio para o Crazy, independente da cor da medalha.

Ficar de olho também em Lucas, que fez 49.66 no Rio e também tem real possibilidade de, se não medalhar nos 100 livre, ajudar o Brasil no 4 x 100 livre. Mas a Rússia tem o maior atleta desta competição, o grande astro destes jogos: Kliment Kolesnikov. Ele não nadará as provas livres individuais, estando nas de costas, mas tem tempaços no nado livre. Pode estar nos russos o grande perigo para o ouro no revezamento masculino livre.

Pinheiro está nos 100 peito, mas será difícil competir com Yu Hanagurama (JAP), Jiajun Sun (JAP) e Vladislav Gerasimenko (RUS). O pódio, talvez, será deles e Pinheiro deve pelo menos pegar uma boa posição se para a final for. Já Murilo Sartori vai para seu primeiro grande teste internacional. Nos 200 e 400 livre deve pegar final, mas os grandes favoritos são, além de Milak, o coreano Yooyeon Lee, o japonês Keisuke Yoshida e o israelense Denis Loktev, além, é claro, de Lucas Peixoto. É difícil o Brasil medalhar nestas provas. Difícil, mas não impossível.

Entre as meninas, aí é que a coisa fica compleicada. É mais plausível uma final de Raurich nos 200 e 400 livre, mas o nível é alto demais: tem a campeã mundial júnior e maior estrela da natação local nestes jogos, Delfina Pignatiello, que estará nos 400 (e dos 800, claro), a húngara Ajna Kesely, a austríaca Marlene Kahler, a neozelandesa Erika Fairweather e a norte-americana Kaitlynn Sims. Nos 200, a argentina não estará, mas a China tem a fortíssima Juanxuan Yang.

Enfim, o papel aceita tudo. A coisa começa mesmo a partir deste domingo, quando saberemos quem merece ser visado pelos próximos anos.

(informações do Best Swimming e foto da Reuters)

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