quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

SALVEMOS O IBIRAPUERA!!

 


Mais uma vez os governantes brasileiros mostram que não gostam de esporte. Desta vez, o tombamento do Conjunto Esportivo Constâncio Vaz Guimarães foi recusado, na última segunda, pelo Condephaat em reunião virtual. Com isso, fica aberto o caminho para que todo o complexo, com exceção do Ginásio Geraldo José de Almeida, seja demolido para dar lugar a hotéis e shoppings center, além de uma arena multiuso e quadras. Para nós, apaixonados por natação, o golpe será maior: o Parque Aquático Caio Pompeu de Toledo seria demolido para dar lugar a um hotel.

Segundo a nota, "eventos de todos os segmentos também serão ampliados, uma vez que haverá a implantação de uma moderna arena multiuso equipada com a tecnologia plug and play, ar condicionado, poltronas reclináveis e tecnologia em todo o complexo, gerando mais emprego e renda para a cidade de São Paulo. Por sua vez, o Estado também deixa de arcar com os prejuízos atuais do espaço, que somam R$ 15 milhões anuais. A previsão é que o edital seja publicado em dezembro de 2020".

A decisão do governador João Dória (PSDB) vai na contramão de todos os países desenvolvidos. Verdade é que muitos estádios foram derrubados para dar lugar a modernos (como o Giants Stadium, em Nova Iorque, e o Georgia Dome, em Atlanta), mas o Ibirapuera é um templo sagrado do esporte utilizado desde os anos 50.

E sobre o Parque Aquático: ele é o ÚNICO complexo aquático público de São Paulo que comporta todos os esportes aquáticos (o Parque Aquático Mario Xavier também tem uma ótima estrutura competitiva, mas se localiza no Corinthians). Poderia ser reaproveitado e reformado para aulas públicas de natação e competições, com blocos novos e placares mais modernos.

Mas não. Desde o fim dos Jogos Olímpicos do Rio, entendeu-se que esporte não deve ser prioridade no Brasil. Primeiro, é necessário fazer mais corrupção. Depois, investir em sua viagem para Dubai. Mas cremos que SIM, junto com saúde e educação, o esporte é e deve ser tratado como uma prioridade, porque afinal quantas vidas o esporte salva?

Por isso, junto com a nação aquática, somos contrários a essa decisão arbitrária do senhor João Dória. É preciso manter o Ibirapuera, porque ele não está ultrapassado. Reformar, ok. Mas destruir nunca.

Encerrando, deixo com vocês a carta que a FAP e a CBDA escreveram ao governador, com agradecimentos a Rosa do Carmo José, diretora de natação da Unisanta.

(editorial e foto deste repórter)

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