segunda-feira, 19 de abril de 2021

SELETIVA OLÍMPICA: Poderia ter sido melhor...

Deixou um sabor de "queria mais" a primeira etapa da SELETIVA OLÍMPICA para os JOGOS OLÍMPICOS TÓQUIO 2020+1. Todos esperavam pelo menos que todos os nadadores do sexo masculino e ao menos uma mulher se classificassem para os Jogos. Só foram dois, porém. Guilherme Cachorrão Costa (Minas) e Felipe Lima (Pinheiros/Auburn), respectivamente, nos 400 livre e nos 100 peito. Pouco, pelo hype e pelos treinamentos que foram feitos para este ciclo.

Nos 400 medley masculino, a expectativa era por Brandonn Pierry Almeida (SESI), que tinha feito abaixo de 4:15.84 do índice, inclusive no Torneio de Integração Nacional, em Santos, em Dezembro último. Mas erros na antepenúltima virada - do peito para o livre - foram-lhe fatais e ele fez 4:16.49. Um tempo acima do esperado, como se fosse uma cobrança de pênalti chutada para fora no início da decisão por tiros livres. Revoltado, ele chutou o balde: "foram anos de trabalho jogados fora. Acho que seletiva única pesa muito para a gente, já que não temos nível de EUA, Europa e Rússia. A ficha não caiu. Desculpa a todo mundo que acreditou em mim, acho que algo me puxava. Se eu tivesse outra chance - não terei - eu faria o tempo citado". Meia verdade. Ele ainda tem chances e pode nos representar nesta prova fazendo outro índice. Mas que é difícil...

Um parênteses para as provas femininas: nos 100 borboleta, era difícil ser alcançado o índice de 57.92. Valeu a vitória de Giovanna Diamante (Pinheiros), que, com 59.03, conseguiu vaga na tomada de tempo dos 4 x 100 medley feminino. Já nos 400 medley, mesmo longe dos 4:38.53, vale demais registrar que as flamenguistas Gabrielle Roncatto e Nathália Almeida fizeram seu melhor tempo ever nesta prova. A Iron Baby fez 4:45.51 e Naná, 4:47.97.


Mas falemos das provas que nos deram alegrias nesta tarde/noite: o Cachorro Gigante, nos 400 livre masculino, tocou a perfeição e fez uma prova que muitos sonhavam ver dele. O 3:45.85 não foi só o primeiro índice, mas novo recorde sul-americano e oitavo tempo do mundo. Ele agradeceu abraçando o coach Rogério Karfunkelstein. "Gostei bastante das minhas parciais. Acho que só dei uma errada nos terceiros 100. Demorei a me adaptar nas novas regras, mas aqui já estou bem melhor e bem mais econômico. Meu nado está mais eficiente", celebrou o filho de Nildo e Cláudia.


Já nos 100 peito, muitos queriam até três nadadores abaixo dos 59.93. Mas apenas Felipe Lima fez tempo abaixo do índice, com 59.43. João Luiz Gomes Júnior (Pinheiros), que foi nosso melhor nadador no Rio com o quinto lugar nesta prova, não irá para os Jogos por 22 centésimos, tendo feito 1:00.15. "Não estou satisfeito com meu tempo. Mas a chuva e o vento atrapalharam. Temos o que melhorar. Nesta temporada a gente trabalhou muita a volta, mas é preciso ajustá-la até Tóquio", disse o sul-matogrossense, que claramente queria fazer o 58. Quem sabe no Japão.

E assim terminamos o primeiro dia, sob chuvas e ventos. Quem sabe. com os 100 costas feminino, 200 livre masculino, 100 peito feminino, 100 costas masculino e 400 livre feminino, tenhamos notícias melhores.

(informações do Best Swimming, Swim Channel e CBDA - fotosda transmissão do BandSports e de Luiza Celidônio)


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