Melhorou, mas ainda foi pouco. Em cinco palavras, assim se explica o segundo dia da SELETIVA OLÍMPICA para os JOGOS OLÍMPICOS 2020+1. Ao menos, levaremos mais seis atletas: Fernando Scheffer (Minas), Breno Correia (Pinheiros), Murilo Sartori (Americana) e Luiz Altamir (Ideal Clube), estes que vão ser nosso revezamento 4 x 200 livre, e mais os Guilhermes Bassetto e Guido (ambos do Pinheiros), que vão pelos nossos 100 costas. Ainda não houve índice feminino, mas teve Recorde Brasileiro e tempo ótimo.
Nos 100 costas feminino, expectativa por Etiene Medeiros, mas ela nadou apenas para 1:01.37, enquanto o índice era 1:00.25, que poderia sim ser alcançado, como tantas vezes já foi pela pernambucana. "Agora a noite fiz uma passagem mais lenta. Não está sendo fácil. A gente sabe que, no segundo dia, parece que foram dez de competição. Não é só um ano e meio de preparação devido à pandemia. Hoje foi o melhor que dei". Mas ainda há chances para ela.
Quem aproveitou, na versão masculina da prova, foi uma dupla de homônimos. Bassetto e Guido disputaram palmo a palmo a prova, com primeira parcial de 25.46 para o primeiro e 25.80 para o segundo. No fim, eles conseguiram os índices na bacia das almas: Bassetto, 53.84 e Guido, o exato índice de 53.85. Um alívio geral! "Me sinto realizado. Foi na risca, mas acho que não poderia ser melhor", disse Bassetto, enquanto Guido disse: "Acho que faz muito tempo que não tínhamos dois nadadores nos 100 costas, ainda mais meu companheiro. Tomara que a gente consiga uma boa Olimpíada".
Da alegria para a decepção: nos 100 peito feminino, Jhennifer Alves da Conceição (Pinheiros) até encheu a torcida de expectativa com o 1:07.35 que lhe deu o recorde brasileiro nesta manhã. Mas algo aconteceu de errado - nem ela sabe dizer, e a friburguense só fez 1:08.08. 1 segundo e 1 centésimo acima do índice. Ao Coach Pussieldi, ela não escondeu a decepção: "Não estou nem cansada. Talvez fiz uma braçada errada. Mas estou muito preparada. O 1:06 está dentro de mim há anos e é questão de sair. Queria demais bater este índice. Mas não deu". Ela, entretanto, está na tomada do 4 x 100 medley e tem chances. Não é o fim do mundo.
Mais uma vez o melhor resultado feminino veio da Iron Baby Gabrielle Roncatto (Flamengo), nos 400 livre feminino. Era difícil o índice de 4:07.90, mas o tempo de 4:10.88 é para ser celebrado: foi o terceiro melhor tempo nacional na história desta prova. "Eu não sabia. Estou muito feliz. Treinei e me dediquei bastante. Claro que esperava um pouquinho melhor!", disse Gabi, que enalteceu Ana Marcela Cunha e Fernando Possenti: "treinar com eles foi algo que me inspirou. Desde que vim para o Rio ele me acolheu e acreditou em mim. Ambos são uma inspiração. Estou colhendo os frutos de um bom trabalho".
O melhor ficou para o final - tá, foi a segunda prova, mas preciso mesmo falar dos 200 livre masculino. Até que Felipe Ribeiro (Unisanta) começou bem, mas se cansou no fim da jornada e abriu espaço para Scheffer e Breno, que estraçalharam o 1:47.02 do índice, sendo que o gaúcho fez 1:46.28 e o baiano, 1:46.72. Sartori ainda fez 1:47.33, seu melhor tempo ever, e completando o time do 4 x 200, Altamir fez 1:48.02. "É uma competição longe do que eu esperava, mas consegui o que eu queria. Agora vou voltar para Americana e ver o que trabalhar", disse Sartori, que vai para os EUA em Agosto.
Na terceira jornada, teremos os 800 livre masculino, 200 medley feminino, 200 borboleta masculino e 200 livre feminino. Vamos ter melhores notícias? Esperemos que o tempo melhore até lá.
(informações da CBDA, Best Swimming, Swim Channel e Globo.com - fotos de Luiza Celidônio e da transmissão do BandSports)
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