domingo, 5 de setembro de 2021

JOGOS PARALÍMPICOS: O Rei Daniel e seus novos súditos!

 


Sempre disse que nas diferenças, podemos mostrar que somos iguais. E os JOGOS PARALÍMPICOS de Tóquio, que acabaram neste domingo, comprovaram isso, mostrando o mais alto nível de sua história. Uma pessoa fez parte de tudo isso, com três bronzes que comprovaram que ele se despediu sendo o melhor nadador paralímpico do Brasil e sempre o será: Daniel Dias.

Como forma de homenagem, ele foi escolhido para carregar a nossa bandeira na cerimônia de encerramento e, mais que isso, eleito como parte do Conselho Paralímpico de Atletas, do qual ele fará parte a partir de hoje. Foi-se o nadador, ficou a lenda. Uma lenda que nem uma má-formação nos membros superiores e inferiores e nem a mudança forçada de classe de S6 para S5 apagaram.

Afinal, com o quarto lugar nos 50 livre S5 (atrás de três chineses que eram favoritos), e que abaixo conferem, terminou uma bela história, que contou-se em 27 medalhas, sendo 14 de ouro, um sem-número de recordes e a admiração do Brasil e do Mundo. Por tudo isso, ele sai não como o melhor nadador da história paralímpica, mas como um Rei. O Rei que sem dúvida soube aproveitar um reinado espetacular, com conquistas dentro e fora do país.


Agora, ele vai aproveitar a vida com a sua rainha Raquel Andrade e os príncipes Daniel, Asaph e Hadassa. Com as bênçãos do Rei de todos os reis, o evangélico Daniel Dias também cuidará do seu instituto e mostrará que futuros reis podem surgir.

Prova disso é Gabriel Araújo, o famoso Gabrielzinho, mais um a colocar o nome de Juiz de Fora no mundo esportivo (embora nascido em Santa Luzia),  e que saiu de Tóquio com três medalhas, sendo duas de ouro (50 e 200 livre) e uma de prata (100 costas), ambas na categoria S2 (grande limitação dem membros). Ele sempre comemorava suas medalhas com dança e alegria e tem tudo para levar o legado adiante.

Quero também render homenagem à recifense Carol Santiago, uma garota que mesmo a deficiência visual e a idade - 36 anos - não foram problema algum quando se quer recomeçar. Ela saiu com nada menos que três ouros (100 peito S12, 100 livre S12 e 50 livre S13), uma prata (revezamento misto 4 x 100 S12) e um bronze (100 metros costas S12). Isso porque estava em seus primeiros Jogos Paralímpicos.

No geral, também batemos um recorde absoluto, de 23 medalhas. sendo oito ouros, cinco pratas e dez bronzes. Vale mesmo a pena citar todos eles:


Que estes súditos de Daniel Dias, que carregou consigo o legado do grande Clodoaldo Silva, sigam fazendo a nossa natação brilhar ainda mais. Afinal, as diferenças nos fazem iguais.

AH, E VALEU, DANIEL!!!

(foto da transmissão do SporTV e informações do IPC e Best Swimming)






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