sexta-feira, 16 de setembro de 2022

FINKEL 2022: Etiene, Giovanna, Jhennifer e João brilham em dia decepcionante



Uma palavra resume o terceiro dia do TROFÉU JOSÉ FINKEL, que acontece em Recife: decepção. Com exceção do belíssimo recorde continental de Jhennifer Alves (Pinheiros), do índice de João Luiz Gomes Júnior (Pinheiros) e das boas atuações de Giovanna Diamante (Pinheiros) e Etiene Medeiros (SESI), a quinta-feira foi aquém do que a gente esperava. Claro, os índices são difíceis, mas nos campeonatos absolutos se mostra o que se treinou. É importante ressaltar: é apenas a opinião sincera deste repórter, com respeito a todos os envolvidos.

Por exemplo: os 100 livre sempre são provas esperadas em qualquer competição, mas vimos uma ponta de decepção no lado feminino. Ana Carolina Vieira (Pinheiros) venceu, mas era esperado um 52 alto pelo menos, e ela fez 53.22. O tempo é o mesmo do PAULISTA JÚNIOR E SÊNIOR de Santos. Nem ela, nem este repórter, gostaram, pese a melhora - Stephanie Balduccini (Paineiras) venceu em Bauru com 54.15. "Não estou tão contente com o resultado. Queria estar nadando para 52. Mas a gente tem treinado e evoluindo cada vez mais". A surpresa - positiva - foi Daynara de Paula (Curitibano), segunda colocada com 53.29, superando Balduccini, que fez 53.36.

Mas a parte masculina da prova, que até outro dia teve recordista mundial brasileiro (na piscina longa, mas teve), essa foi, desculpem o termo, brochante. 46.20 era um índice alcançável. Gabriel Silva Santos (Pinheiros) venceu, mas com 46.79 - e ele tinha feito 46.39 pelas eliminatórias. Pedro Spajari (Pinheiros), que fizera 46.86, ficou com a prata piorando quatro centésimos e Breno Correia (Pinheiros), de 46.66, piorou para 46.94. Uma expectativa frustrada demais. Todo respeito e os parabéns aos três, mas é difícil demais - se a CBDA chamá-los - pódio na Austrália. Espero estar errado.

Nos 200 borboleta feminino, boa atuação de Giovanna Diamante. Sem ameaças, mostrando regularidade, sem deixar cair, fez um bom tempo de 2:07.15, com direito a RC. Grandes chances de conseguir sua vaga, e ela tem muito o que mostrar. No masculino, Luiz Altamir deu ao Ideal Clube o primeiro título de um time cearense em 50 anos de história do Finkel, dominando a prova com 1:52.14, com Matheus Gonche (SESI) vindo logo atrás por 39 centésimos.

Passemos então para o melhor resultado do dia: o RSA de Jhennifer Alves nos 50 peito feminino, ao fazer 29.87. Faltaram oito centésimos para o índice, mas não há dúvidas: ela estará em Melbourne. "Eu não comecei a competição muito bem. Nadei os 100 peito com febre. Mas a equipe médica foi sensacional e me deu forças para conquistar esse recorde. Ainda sou a sexta do mundo e isso importa". E foi o contrário no masculino: recorde não teve, mas índice teve: João Luiz fez 25.86 e se junta aos também pinheirenses Leonardo Coelho Santos e Caio Pumputis: "Não virei tão bem, mas tenho 36 anos. Eu continuarei aprendendo. Agradeço ao povo de Recife, o calor está de matar". O humano, principalmente, João.

Com essa mesma força, Etiene Medeiros (SESI) venceu os 50 costas com muita torcida e alegria de seus conterrânos. O tempo de 26.30, acima do índice de 25.99, é só um detalhe - ela deve ir para Melbourne também e está voltando de uma operação no joelho. José Reinaldo Lima, o Nikita, estava entre os que a ovacionaram depois da prova. "Eu vou tentar segurar o choro. Nunca imaginei ter uma competição dessa dimensão na nossa casa. Aqui não só tem muita 'brabeza', mas muito amor. Estou feliz de ter nadado essa prova exatamente um ano depois da operação. E estou muito contente de ter cumprido essa missão". E ela ainda estará nos 50 borbo e nos 50 livre. Podem ter fé, muita emoção vem aí. Para completar a dobradinha da Nova Roma de Bravos Guerreiros, Júlia Karla Goes (SESI) fez 27.25.



No masculino, um tempo nada bom coroou a vitória de Gabriel Fantoni (Minas). Ele chegou a fazer 22.94 em competições anteriores, mas hoje não foi além de um terrível 23.29. "Queria agradecer à torcida. Não foi dessa vez, mas bola pra frente". Terceira vitória, mas, Gabriel, poderia ser melhor, né? Guilherme Bassetto (Unisanta) ficou dois centésimos atrás. 

Por fim, recorde. No 4 x 100 medley misto, Pinheiros confirmando o favoritismo e levando com 3:39.78, novo RC, feito por Leonardo, Caio, Giovanna e Ana. Vale ressaltar o espetacular 52.76 de Etiene, levando o SESI à prata, superando o Minas, 3:42.35 a 3:42.41. Aqui estão todos os resultados até agora.

Depois de 60% da competição cumprido em Recife, Pinheiros é líder com 1495, seguido de Minas, 1071, e Unisanta, 806. Ainda tem muita competição pela frente. Temos os 400 medley, 50 borboleta, 200 livre e 100 costas. Espero que eu traga boas notícias no próximo panorama.

Lembrando: são apenas críticas construtivas. A quem se sentir ofendido, peço minhas desculpas.

(informações da CBDA e Best Swimming - fotos de Satiro Sodré/SSPress/CBDA)

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