quarta-feira, 26 de agosto de 2015

MUNDIAL JÚNIOR: Eles voaram!


O destaque brasileiro do MUNDIAL JÚNIOR de Singapura foram dois: Vinícius Lanza (Minas) e Henrique Painhas (Curitibano), classificados para a final dos 100 borboleta, que já consagraram Arthur Mendes Filho (Corinthians/Auburn) com o bronze em Lima e Pedro Vieira (Corinthians), prata em Dubai, há dois anos, e agora podem dar mais uma medalha ao Brasil. É que o minastenista, com 52.81, só foi superado pelo favoritíssimo russo Daniil Pakhomov, que fez RC na segunda eliminatória, com 52.40. Já Painhas fez 53.52, sendo o terceiro colocado na primeira semifinal, vencida por Lanza, e sétimo no geral. A tradição com certeza pode ser mantida. Mas já imaginou se os dois medalhassem? Difícil, mas seria uma honra.
Hoje já tivemos uma final com Felipe Ribeiro (Unisanta): os 200 livre. Ele chegou a ser o terceiro na metade da prova, mas o cansaço bateu e ele terminou em sétimo, com 1:50.17, mesmo assim sua melhor marca pessoal. Maxime Rooney (EUA) ficou a pouco de um Recorde Mundial Júnior, com 1:47.78, abrindo grande distância ao compatriota Grant Shoults (1:48.42). Completou o pódio o russo Ernest Maksumov, com 1:48.68.
Nos 100 livre feminino, Gabrielle Roncatto (Pinheiros), a Iron Baby, foi até onde deu. Ficou na 16ª posição, oitava na primeira série semifinal, com um tempo nem tão bom nem tão ruim: 56.36. As duas melhores classificadas à final de amanhã são as canadenses Taylor Ruck, com 54.14 e Penny Oleksiak, com 54.51. Já Sarah Marques (Curitibano) ficou nas eliminatórias com o 18º tempo, 56.71. Faltou pouco.
A Romênia finalmente tem razões para comemorar em Mundiais Júnior: Robert Glinta confirmou seu favoritismo e venceu os 100 costas, com o novo RC de 54.30, seguido por Luke Greenbank (GBR), com 54.64, e Mike Taylor (EUA) com 54.81. Nos 200 borboleta feminino, esperava-se vitória fácil da australiana Tasmin Cook, mas deu Wang Siqi da China com 2:08.24, após alternâncias de liderança. Coube à australiana a prata com 2:08.86, com Hannah Kukurugya dos Estados Unidos completando o pódio com 2:10.08. Maria Luiza Pessanha (Marina Barra Clube) foi a 24ª colocada com 2:18.37.
Sem Ruta Meilutyte (LTU), foi fácil para Viktoria Gunes (TUR) subir ao pódio nos 50 livre, com 30.78. Foi a primeira vitória da Turquia em Mundiais, mas até a página 2: Viktoria nasceu na Ucrânia, tradicionalíssimo país na natação por ser dissidência da União Soviética, e se mudou para a Turquia com a família. Nos 100 peito deles, falando em União Soviética, fácil vitória de Anton Chupkov (RUS), mas não abaixo do minuto: 1:00.19. Uma pena. O americano Reece Whitley veio logo atrás com 1:01.00 e o lituano Andrius Sidlauskas completou o pódio com 1:01.26. Se o russo não aproveitou, quem o fez foi a australiana Minna Atherton: vitória com Recorde Mundial Júnior, com 59.58, nos 100 costas, soberana desde o início da prova.
Nos 200 medley deles, disseram que Michael Andrew (EUA) seria o grande nome. Decepção: ele não foi além do sétimo lugar (seria oitavo, mas o espanhol Hugo Gonzales, que tinha sido o segundo, errou uma virada e foi desclassificado), com um ridículo 2:06.54. É o que dá declarar favoritismo antes da hora. E olha que na semifinal ele fez 1:59.86, melhor tempo de toda a prova. Bem, o vencedor foi Clyde Lewis (AUS), 2:00.15. Caio Pumputis (Pinheiros) foi o décimo segundo lugar com um tempo muuuuuito melhor do que Andrew na final: 2:03.67. Já Sierra Schmidt (EUA) compensou, vencendo os 800 livre delas com 8:27.55, novo RC, seguida de Simona Quadarella (ITA, 8:29.79) e de Holly Hibbott (GBR, 8:31.56). Luisa Zanuzzi Braga (Clube de Campo Piracicaba) foi a 28ª, com seu melhor tempo ever de 9:02.65.
Encerrando: tivemos os 4 x 100 medley misto e uma grande disputa entre Rússia, Austrália e EUA. Acabaram vencedores os russos, com Irina Pdrikhodko (1:00.53, costas), Anton Chupkov (peito, 59.74) e Danii Pakhomov (borboleta, 51.33) e Arina Openysheva (54.25), seguida de Austrália (3:48.27) e EUA (3:50.24). Infelizmente o Brasil, que poderia bem estar entre os seis primeiros, não foi nada bem na final: Guilherme Basseto (56.89), Eduardo Amaral (1:03.31), Sarah Marques (1:03.62) e Gabrielle Roncatto (57.76) nadaram muito acima das eliminatórias e fecharam raia com 4:01.58.
A Austrália segue na liderança do quadro, com quatro ouros, seguida dos Estados Unidos. Mas amanhã, além da final dos 100 borboleta, começam grandes provas para a natação brasileira, como os 50 livre, 4 x 100 livre misto e os 800 livre, com Brandonn Pierry Almeida (Corinthians). A reação vai começar??

(informações da Best Swimming, Yes Swim, CBDA e foto de Satiro Sodré/SSPress)

Nenhum comentário:

Postar um comentário