sábado, 5 de março de 2016

ARENA PRO SWIM SERIES: Só Etiene salva



O dia foi praticamente perdido para os brasileiros na segunda jornada da ARENA PRO SWIM SERIES, na piscina da YMCA local. Só Etiene Medeiros (SESI) foi a responsável por nos dar alegrias com a medalha de bronze nos 100 costas, Ela fez 1:01.67 e manteve o terceiro lugar do início ao fim da prova, atrás apenas da favoritíssima Missy Franklin (EUA), vitoriosa e única abaixo do minuto com 59.80 e de Dominique Bouchard (CAN), prata com 1:00.70. Outra favorita, Natalie Coughlin foi a quinta com 1:01.81.
Mas, como foi falado, o dia foi péssimo para a natação brasileira. Nos 50 livre, nossa melhor prova, tivemos que assistir a consagração de uma grande zebra. Não falo do vencedor Nathan Adrian (EUA), favoritíssimo e agora segundo melhor tempo do mundo com 21.70 e nem de Caeleb Dressel (EUA), segundo com 22.06, mas do egípcio Ali Khalafalla. Ilustre desconhecido fora do Egito até ontem, ele foi o terceiro colocado e recorde nacional com 22.25 (empatado com Tamer Zinhon, que o fez em 1995). O quarto lugar de Ítalo Manzine Duarte (Minas), 22.28, o sexto de Cesar Cielo (Minas/Arizona), com 22.47 e o décimo primeiro de Bruno Fratus (Pinheiros/Auburn), com 22.72 dão a impressão, para a comunidade aquática mundial, que o domínio brasileiro na prova é coisa do passado. Eu, sinceramente, acho que não.
No feminino, esperava-se uma vitória de Simone Manuel (EUA), mas quem faturou foi Madison Kennedy (EUA), com 24.71. Simone chegou 20 centésimos depois, seguida da bielorrussa Aliaksandra Herasimenia, com 24.98. Graciele Herrmann (GNU) foi a melhor brasileira, sexta colocada após parar o relógio com 25.72, três centésimos mais lento que nas eliminatorias, enquanto Daiane Becker (Minas) fez 26.17 para ser a oitava.
Na versão masculina dos 100 costas, esperava-se mais de Guilherme Guido (Pinheiros), ele que foi o quinto com 54.42. Mas o local Ryan Murphy e o russo Grigori Tarasevich deram, de fato, um show. O norte-americano faturou com 53.47 e o russo fez 53.84, com Matt Greavers (EUA) completando o pódio com 54.20 e Michael Phelps (EUA) sendo o quarto, 54.42. O outro brasileiro, Fábio Santi (Pinheiros), foi o terceiro na final B com 56.04.
Nos 400 livre feminino, final absoluto de Lotte Fris (DIN), 4:09.63, seguida das locais Lindsay Vrooman (4:11.18) e Alison Schmitt (4:11.25). Faltou pouco para Manuella Lyrio (Pinheiros), quinta colocada por oito centésimos. Na versão masculina, Conor Dwyer (EUA) foi supremo, com 3:49.54. Nos 200 borboleta deles, também faltou pouco para Marcos Ferrari (Pinheiros), quarto com 2:00.44. Chase Kalisz (EUA) foi implacável, com um tempaço de 1:57.93, superando no final Tom Shields, que liderava a prova por três piscinas, mas se cansou e, com 2:00.08, perdeu também a prata para Sebastian Rousseau (RSA), que fez 1:59.34.
Faltou alguém? Sim. A febre novamente tirou Joanna Maranhão (Pinheiros) dos 200 borboleta feminino, e ela tinha todas as chances de ser top-3, visto que foi a segunda melhor nas eliminatórias com 2:12.14. Melhor para Maya DiRado (EUA), vitoriosa com 2:10.52.
Nos 200 peito, tivemos mais um grande show de Yuliya Efimova (RUS), 2:21.41 e o segundo melhor tempo da temporada, e de Josh Prenot (EUA), 2:09.50 e o quarto tempo do ano.
Hoje teremos a jornada final, com direito a 100 livre, aguardando uma grande reação brasileira. Mas, pelo que vimos, algo tem que mudar.

(informações do Best Swimming, da Yes Swim e foto de Fernando Vanzella)

Nenhum comentário:

Postar um comentário