Finda a etapa de Orlando da ARENA PRO SWIM SERIES, o Brasil foi aquém do esperado, mas teve gente que nos deu alegrias, pelo menos. Hoje, na derradeira jornada, duas medalhas no nosso peito, e numa única prova: os 200 medley deles. Thiago Pereira (Minas/Florida - foto) e Henrique Rodrigues (Pinheiros) fizeram dobradinha de ouro e prata, respectivamente. Ambos disputaram até o final, mas Thiago, com o melhor nado de borboleta, tocou com 1:59.82. Rodrigues, com o melhor nado de peito, chegou com 1:59.97. Ambos foram os únicos abaixo dos dois minutos. Conor Dwyer (EUA) tentou estragar a festa no final com um ótimo nado crawl, mas foi tarde: 2:00.03 e o terceiro lugar.
De resto, só fomos coadjuvantes, especialmente na prova mais nobre da natação: os 100 livre. Nathan Adrian (EUA) deu um show, com 48.05. Só não foi melhor por causa de sua chegada ruim, mas foi o segundo melhor tempo do ano e o põe na condição de grande favorito desta prova nos JOGOS OLÍMPICOS RIO 2016. Luca Dotto (ITA), com 49.33 e Michael Phelps (EUA), com 49.57, completaram o pódio. Ao único representante na final, Nicolas Nilo Oliveira (Minas), restou o quinto lugar, com 49.69. A final B foi vencida por Marcelo Chierighini (Pinheiros/Auburn), com 49.77, seguida de João de Lucca (Pinheiros/Louisville), 49.82. Já Cesar Cielo (Minas/Arizona) foi só o décimo quarto, com 50.05. Preocupante.
No feminino, uma disputada final vencida por Simone Manuel (EUA), com 54.27, com Alison Schmitt (EUA) em segundo, com 54.56 e Katie Ledecky (EUA), com 54.67. As únicas abaixo de 55. A melhor brasileira foi Etiene Medeiros (SESI), que foi a terceira na final B (logo, 11ª colocada), com 55.92.
Na versão feminina dos 200 medley, mais uma vez a febre impediu Joanna Maranhão (Pinheiros) mesmo de disputar as eliminatórias. Na final, deu novamente Maya DiRado (EUA), com 2:10.77. Em outra prova de 200, a dos costas, na versão feminina, mais uma disputa intensa vencida no final por Missy Franklin (EUA), 2:08.77, superando Dominique Bouchard (CAN), que liderou do 50 ao 75% da prova, mas terminou em segundo com 2:08.90. No masculino, domínio pleno de Ryan Murphy (EUA), com um tempo não tão bom, 1:57.23. Fábio Santi (Pinheiros) foi o sexto, 2:01.43.
Para encerrar bem os trabalhos, um recorde local, feito por Marcelo Acosta (ELS). Dominando quase toda a prova de 1500 livre, só se cansou um pouco no final, mas cravou 15:13.09, novo recorde de El Salvador. O anterior era 15:16.26. Luiz Rogério Arapiraca (Unisanta) foi nosso representante e o nono tempo, 15:38.44.
No fim das contas, dois ouros, uma prata e quatro bronzes. Pouco para uma gigantesca seleção que poderia ter feito mais, não fosse a falta de treinos, o polimento insuficiente e até doenças, como febre (no caso de Joanna Maranhão) e dengue (no caso de Leandro Bressan, que lamentou ter sido vítima do Aedes Aegypti, o que o impediu de nadar até com Phelps). Alguma coisa tem que ser modificada antes de 15 de Abril. O Maria Lenk tá quase aí...
Ah, a próxima etapa do ARENA PRO SWIM SERIES vai ser em Mesa, Arizona, entre 14 e 16 de Abril.
(informações do Best Swimming, da Yes Swim e foto deste repórter)
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