segunda-feira, 7 de março de 2016

GIRO GERAL: Segue o baile (dos outros na gente)!

Hoje é segunda-feira, e segunda sim, segunda não, tem GIRO GERAL no FamilAquatica. E hoje destacamos competições pelo mundo afora que mostram que a bateria de competições tem feito bem a Florent Manaudou (FRA - foto) e Katinka Hosszu (HUN), e ainda tivemos uma competição na Austrália com direito a tempaços (alô, CBDA!). E ainda, as competições por equipe no Brasil Open de Nado Sincronizado, com direito à surpresa e apresentação aplaudidíssima das nossas meninas. Vejamos.

EM MARSELHA, COMPETIÇÃO FORTE
Carolina Moncorvo, da Yes Swim, falou e faço coro com ela: a etapa de Marselha do GOLDEN TOUR CAMILLE MUFFAT apresentou tempos mais fortes do que na ARENA PRO SWIM SERIES em Orlando. Para começar, mais uma vez Florent "Carrasco" Manaudou foi o grande destaque masculino. "Exemplo de atleta em todas as modalidades", segundo pesquisadores do esporte na França, ele sambou nos 50 livre com 21.67, três centésimos mais baixo do que fizera Nathan Adrian (EUA) na YMCA. E ainda fez um tempaço nos 100 livre, prova que não é a dele: 48 exatos. Ainda tivemos uma disputa nos 200 livre entre Jeremy Stravius (FRA), James Guy (GBR) e Paul Biedermann (ALE), se saindo melhor o francês com 1:47.65, com o britânico campeão mundial chegando dois centésimos após e o germânico fechando o pódio com 1:48.05.
No feminino, Sarah Sjostrom (SUE) continua um meteoro. Melhor tempo do ano nos 50 borboleta com 25.18, e ainda 53.80 nos 100 livre, 57.01 nos 100 borbo e 1:55.48 nos 200 livre. Fran Hallsall, nos 50 livre, fez um grandioso 24.23, chegando a sueca trinta centésimos depois. Mireia Belmonte (ESP) ainda fez uma competição puxada, com destaque para sua vitória nos 800 livre (8:29.70).
Deixei a melhor para o final: Katinka Hosszu (HUN), cujos apelidos são tantos que não cabem nesta matéria, está perto, muito perto, do recorde mundial nos 400 livre. Não há palavras para descrever os 4:29.89, a não ser que este é o segundo melhor tempo da história e sem trajes na prova em questão. Só os 4:28.43 de Ye Shiwen (CHI), feitos na Olimpíada de Londres, são melhores, mas é questão de tempo para que virem história. Ah, ela ainda faturou os 200 medley com 2:07.69 e os 200 costas com 2:07.36.

ENQUANTO ISSO, NA AUSTRÁLIA...
No campeonato estadual de New South Wales, tempos tão fortes quanto. Mais uma vez, destaque para as irmãs Campbell, que, devido a gripe, não nadaram juntas. É que Cate Campbell fez o melhor tempo do ano nos 100 livre, com o primeiro 52 da temporada: 52.85. Bronte, no dia seguinte, competiu os 50 livre e fez um tempo excelente: 24.37, sem Cate. Outro bom resultado no feminino foi de Emma McKeon nos 200 livre, 1:55.53.
O destaque masculino foi James Magnussen, que nos 50 livre fez um tempo regular, com 22.43, mas na abertura dos 4 x 100 livre, fez seu melhor tempo desde o retorno por cirurgia no ombro, defendendo a Ravenwood Swim Club: 48.85. Na prova individual, ele tinha sido bronze, com 49.22, atrás do vencedor Cameron McEvoy (48.40) e do campeão mundial júnior Kyle Chalmers (48.67).
A competição foi um ótimo ensaio para a seletiva australiana, que vai rolar entre 7 e 14 de Abril.

AQUECE RIO: ASSIM FICAMOS NO NADO SINCRONIZADO
Já sabemos quais serão as equipes e duetos que voltarão ao Parque Aquático Maria Lenk em Agosto, findo o Brasil Open de Nado Sincronizado. Na prova por equipes, as equipes ucraniana e japonesa, já desde o sábado, deram um show nas rotinas técnica e livre. Vitória da Ucrânia com um total de 186,7855 (sendo 92,2855 na técnica e 94,5000 na livre), com as japonesas, melhores na rotina livre, sendo prata com 186,7330 (somando 92,0997 e 94,6333). Ambas foram as únicas equipes a superarem 90 pontos nos dois dias. A terceira vaga ficou parelha entre Itália e Canadá, mas as italianas se deram melhor com "As Estações da Terra": vaga garantida com 181,7487 (somando 89,6820 e 92,0667). A Espanha, sempre favorita e medalhista nas últimas jornadas olímpicas, só vai ver sua dupla: a equipe ficou fora com 178,8970 (somando 88,8637 e 90,0333), terminando em antepenúltimo lugar. Com isso, além do Brasil e das classificadas no Rio, vão Rússia, Austrália, China e Egito.
Houve também a repescagem final dos duetos. As gêmeas Etel e Sofia Sanchez fizeram a melhor apresentação e levaram a Argentina a ter a melhor nota: 157,5193. Quem também garantiram vaga foram Grã-Bretanha, Eslováquia e Bielorrúsia, que farão companhia às anfitriãs e Rússia, China, Austrália, Egito, Ucrânia, Japão, Canadá, Espanha, Itália, França, Grécia, México, Áustria, EUA, Suíça, República Tcheca, Cazaquistão, Colômbia e Israel na disputa de duetos.


SEREIAS BRASILEIRAS FAZEM UM CARNAVAL
Mesmo sem competir, a equipe brasileira se apresentou ao final das rotinas técnicas por equipe com o tema Carnaval, que estreou apresentando novos elementos em relação ao Pan de Toronto e o Mundial de Kazan. A grande inovação foi a mistura de sambas e a voz de Ivete Sangalo, que se juntou à das meninas, com direito até a trecho de Aquarela do Brasil. Se apresentaram Lara Teixeira, Pamela Nogueira, Beatriz e Branca Feres, Maria Bruno, Lorena Molinos, Luisa Borges e Maria Eduarda Miccuci.
A técnica Maura Xavier explicou as inovações à CBDA: "queríamos retratar dentro d´água o Carnaval do Brasil, a alegria, movimentos que representassem o samba, nossa musicalidade, nossa dança. E a música tem a Ivete, que tem uma energia, uma voz potente, cantando também uma parte do "Aquarela do Brasil". A música foi uma mix de vários pedaços de sambas diferentes, colocamos uns acréscimos de bateria, de barulhos extras pra dar ênfase aos movimentos que coreografamos. Estou satisfeita com a execução, estão mais precisas, sincronizadas do que no Mundial". Ela também disse que haverá mudanças com relação à performance, mas a arquibancada e as outras equipes aprovaram logo de cara.
Luisa e Duda ainda voltaram no domingo para a apresentação de sua coreografia Amazônia, que também arrancou aplausos da plateia. "Gostei da energia do público, deu pra sentir o público todo torcendo pra gente num Evento-teste em casa, e isto dá um “feedback do que precisamos melhorar até os Jogos, e representar o país dentro de casa nos dá um orgulho danado", disse Luisa, que apesar de nascida nos Estados Unidos, tem sangue e coração brasileiros. No geral, as autoridades estrangeiras aprovaram o evento e aquela chuva tão temida e esperada nem aconteceu. Que Agosto venha logo!

(informações da CBDA, da Best Swimming, da Yes Swim e fotos da Federação Francesa de Natação e de Satiro Sodré/SSPress)

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