Vocês acham que acabou o Caso Jhennifer Alves?? Para quem não lembra: Jhennifer foi para o Pinheiros em Janeiro, egressa do Flamengo, clube pelo qual nadou de 2011 a 2015. Em Fevereiro, o Flamengo, revoltado, disse que Jhennifer descumpriu o acordo que tinha com o Mengo desde 2011. Por isso, não lhe foi permitido treinar com o time principal do Pinheiros, e sequer de competir, até que tudo se resolva. Aí, depois, o Pinheiros respondeu que entrou em acordo, e assim foi dado à Jhennifer o direito de competir pelo novo clube. E tudo ficou resolvido, certo?
E-R-R-A-D-O!!! Agora há pouco, o Flamengo soltou uma nota oficial, demonstrando que está declarando guerra à Jhennifer, ao pai Jair Alves e a todo o Esporte Clube Pinheiros. Na nota, assinada pelo Conselho Diretor, "infelizmente, no Brasil de hoje, parece que as expressões "respeito e ética inabalável", mesmo escritas em nota oficial, não resistem à verdade e ao tempo". Na nota, o clube questionou a autorização da Federação Aquática Paulista e da CBDA para que a friburguense vista o maiô do Pinheiros.
Diz a nota: "No dia 8 de março de 2016, a CBDA oficializou a transferência, sem respeitar os 15 dias legais que a Federação Aquática do Rio de Janeiro teria para se manifestar. Cabe ressaltar que, estranhamente, não houve a menor publicidade da transferência, seja no site da CBDA ou através de nota oficial. Para tornar a situação ainda mais grave, a Federação Aquática do Rio de Janeiro, mesmo anteriormente avisada e notificada pelo Clube Regatas do Flamengo sobre o caso, quando consultada posteriormente, inexplicavelmente não se manifestou quanto à desfiliação da atleta e à ida para o Pinheiros. Quando o Clube de Regatas do Flamengo, que já havia inclusive inscrito a atleta para o Troféu Maria Lenk, que se realizará na semana de 15/04, no Rio de Janeiro, tomou conhecimento através de terceiros sobre o episódio, solicitou oficialmente junto à CBDA a imediata reversão do ato que julgamos ilegal. Na nossa petição, anexamos um ofício da FARJ, que "pedia desculpas, reconhecendo e assumindo o erro pela informação prestada erroneamente". A CBDA simplesmente nos respondeu, no dia seguinte, que confirmava a transferência e que não poderia fazer mais nada, dado o decurso de prazo para reclamações".
Consequência? Jhennifer agora é persona non-grata no clube que defendeu de 2011 a 2015. Ela não terá sua entrada autorizada e ainda será processada judicialmente, assim também como o Pinheiros. O clube rubro-negro busca anular a transferência a todo e qualquer custo, na justiça comum, e, se não, na esportiva. Conclui a nota: "Uma atleta de nível olímpico, mesmo com contrato em vigor com um clube, é aliciada por outra agremiação e resolve, unilateralmente, abandonar o seu contratante, sem dar nenhuma satisfação ou pagar qualquer multa rescisória. A nova agremiação ignora o "respeito e ética inabalável", tão autoalardeada como qualidades próprias, com um clube coirmão. Tudo isso sob as bênçãos das federações locais e da confederação nacional, como um ato de pirataria reconhecido, oficializado e promulgado sem publicidade".
É assaz triste ver que tudo foi a esse ponto. Jhennifer já tomou a decisão dela. Se ela não ficava feliz no Rubro-Negro, e se o Pinheiros dá o que ela precisa no momento (e precisa muito, porque ela é a melhor nadadora de peito do país), amém. Em uma hora em que todos os clubes tem que se unir, já que estamos em período olímpico, isso é o que de pior pode acontecer. Ela precisa do nosso apoio. E esta briga precisa acabar.
Vindo mais informações, esta matéria será atualizada.
(informações da Best Swimming e da Yes Swim - foto de Satiro Sodré/SSPress - agradecimentos a Vinícius Sacramento, da Rádio Show do Esporte)
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