quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

MUNDIAL DE CURTA: Por pouco, França...


Realmente o ano da natação brasileira não está sendo bom. Entre os fatores que sabemos, está o nervosismo na hora H. Que vitimou Thiago Pereira (Minas/Florida) nos JOGOS OLÍMPICOS RIO 2016 e que agora vitimou Felipe França (Corinthians) no MUNDIAL DE PISCINA CURTA de Windsor (CAN). Favoritaço e melhor tempo da prova dos 100 metros peito, ele não teve uma largada boa e uma primeira piscina horrível, com o quinto tempo (26.78). Quando enfim reagiu, era tarde demais. Mesmo com a terceira melhor volta (57.05), o italiano Fábio Scozzolli, que nem estava na lista de possíveis medalhistas, já havia batido um centésimo antes. Assim, na talvez única chance do Brasil medalhar numa prova olímpica, França não aproveitou. Ele ainda tem chances nos 50 e 200 peito. Mas é preciso melhorar e muito. O vitorioso foi Marco Koch (ALE), com 56.77, e o segundo foi Vlad Morozov (RUS), com 57.00. A outra brasileira na noite foi Larissa Martins Oliveira (Pinheiros), nos 100 livre. Ela não foi além do 15º tempo na semifinal, com 53.67. Mais uma vez o nervosismo na hora H: ela chegou a passar entre as três primeiras na sua série, mas a piscina final foi ruim. Nessas horas a gente se pergunta: cadê o dinheiro para o setor psicológico, CBDA? Acabou também?
Pelo menos tivemos o primeiro WR da competição: foi nos 4 x 50 medley feminino e coube aos EUA, com Alexandra Loof, Lilly King, Kelsi Worrell e Katrina Konopka cravando 1:43.27. A marca anterior era de 1:44.04, da Dinamarca. E para não dizer que só França teve azar: Emily Seebohm (AUS) também ficou a um centésimo do pódio em sua prova, os 100 costas, tendo o bronze perdido para Georgia Davies (GBR, 56.45), com a prata para a local Kylie Masse, com 56.24. A vitoriosa? "Só" Katinka Hosszu (HUN, 55.54), que assim contabilizou sua décima sétima medalha em Mundiais de Piscina Curta, empatando com a sueca Therese Alshammar. A Iron Lady ainda tinha ganho os 200 borboleta, com 2:02.15, e a prata de Kelsi Worrell (EUA, 2:02.89, recorde americano inclusive) teve toque brasileiro, já que ela é treinada por Arthur Albiero, head coach de Lousiana e agora treinador feminino dos EUA.
Outro a brilhar foi Tae Hwan Park (COR). Vitorioso nos 400 livre no primeiro dia, repetiu a dose no segundo, com novo RC dos 200 livre masculino de 1:41.03, derrubando os 1:41.08 de Ryan Lochte (EUA). Ele deixou para trás Chad Le Clos (AFS), que teve um início ruim e se recuperou tarde demais, sendo apenas o segundo com 1:41.65, apesar do melhor final de todos os finalistas, 24.93.
A se destacar também Mitchell Larkin (AUS), vitorioso pela segunda vez seguida nos 100 costas, com 49.65, a primeira vitória da Austrália nesta jornada, e também a disputa espetacular entre Lilly King (EUA) e Alia Atkinson (JAM) nos 50 peito, saindo vencedora King com 28.92, contra 29.11 (tempo ruim) da jamaicana. E Morozov ainda ajudou a Rússia a ganhar de novo um revezamento, o 4 x 50 livre misto. com 1:29.73 contra 1:29.82 da Holanda. O parcial do russo foi 20.44, enquanto Ranomi Kromowidjojo fez 23.84 e foi melhor parcial feminino. Confira aqui os resultados.
Outra chance de medalha para o Brasil pode vir nos 4 x 50 misto, nesta quarta. É o único revezamento em que nosso time se fará presente. Hoje também começam os 50 livre, sempre com grandes chances para o Brasil, mas acredito que Morozov será ouro. O Mundial continua, esperemos que com boas notícias.

(informações da Best Swimming e Yes Swim - foto da transmissão do SporTV)

Nenhum comentário:

Postar um comentário