sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

MUNDIAL DE CURTA: Até que enfim!


Finalmente, depois de uma Olimpíada passada em branco, o Brasil cravou uma medalha no MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS de Windsor (CAN). Foi uma de prata, na prova a qual era um dos favoritos, os 4 x 50 Medley Misto. Etiene Medeiros (SESI, costas, 25.93), Felipe Lima (Minas/Auburn, peito), Nicholas dos Santos (Unisanta, borboleta) e Larissa Martins Oliveira (Pinheiros, crawl, 24.42) se aproveitaram de uma boa estratégia e fizeram 1:37.74, somente atrás dos EUA que, com Tom Shields (costas, 23.45), Lilly King (peito, 28.74), Kelsi Worrell (borboleta, 24.59) e Michael Chadwick (crawl, 20.44), tirou do Brasil o RC, com 1:37.22. Registre-se que Felipe Lima fez a melhor parcial do peito com 25.46 e Nicholas dos Santos, o do borboleta, com 21.93. Larissa chegou a administrar a vantagem na primeira piscina, mas o final de Chadwick foi espetacular (20.44, perto do 20.25 do WR do carrasco Florent Manaudou). Luca Dotto saiu antes da hora, quando Silvia di Pietro ainda estava prestes a tocar a borda no borboleta, e isso custou o bronze italiano. O Japão, então, fechou o pódio, com 1:38.45, com um costas grandioso de Junya Koga (20.44). Na atual conjuntura, uma prata dessas tem sabor de ouro e merece comemoração.
Como também merece ser ovacionado o WR (primeiro individual em Windsor) de Chad Le Clos (AFS). Nos 100 borboleta, prova da qual ele praticamente não tem rivais (o maior deles se aposentou - ou será que não?), ele foi supremo, venceu pela terceira vez seguida e derrubou o próprio recorde mundial. Antes, 48.44, no Mundial de Doha. Agora, 48.08. Ele pode ganhar o maior índice técnico desta competição, já que o recorde contou 1022 pontos. É, sem dúvidas, o maior nadador em piscina curta da história da África do Sul e também o maior medalhista masculino em campeonatos mundiais de piscina curta com 10 medalhas, oito ouros e duas pratas, desde que surpreendeu o mundo ao ganhar do maior nadador de borboleta daquele entonces, Kaio Márcio (Minas), no Mundial de 2010, nos 200 borbo. Kaio perdeu o avião para São Paulo (que o levaria ao Canadá) e não se fez presente desta vez em Windsor. Ah, ia quase esquecendo: a prata foi de novo para Tom Shields, com 49.04, e o bronze, para David Morgan (AUS), com 49.31, novo recorde da Oceania.
"E a Iron Lady?", perguntarão. Bom, Katinka Hosszu (HUN) não foi tão Iron assim na etapa três. Ela até entrou para a história como maior medalhista de todos os tempos em Mundiais de Curta ao vencer os 200 costas com 2:00.79, assim contabilizando 18 medalhas, uma a mais que a sueca Therese Alshammar. Mas foi a oitava colocada nos 800 livre (não se pode ganhar todas) com péssimos 8:36.76. Para você ter uma ideia, até Viviane Jungblut (GNU) tinha sido mais rápida nas eliminatórias, com 8:29.58, resultado que lhe daria o sétimo lugar se finalista fosse - foi a décima primeira. Houve dobradinha americana, com Leah Smith triunfando com 8:10.17 e Ashley Twichell sendo prata com 8:11.95.
Nos 200 peito, outra vitória de Marco Koch (ALE), primeiro em mundiais a ganhar os 100 e os 200. Inclusive, com novo RC: 2:01.21, derrubando os 2:01.35 de Daniel Gyurta (HUN) em Istambul. A grande decepção, para nós brasileiros, foi Thiago Simon (Corinthians), que veio como o segundo melhor tempo, mas teve uma última piscina horrível nas eliminatórias e ficou a três centésimos de Erik Persson (SUE), com 2:04.96, nono lugar e fora da final. E nos 100 livre delas, a Austrália voltou ao topo com Brittany Elmslie, que desbancou Ranomi Kromowidjojo (HOL) e Penny Oleksiak (CAN), ao fazer 51.81. A holandesa voadora chegou 11 centésimos depois e Penny bateu novo RMJ ao fazer 52.01. Os demais resultados aqui conferem.
Com 13 medalhas e 5 ouros, os EUA, de moral alta depois das Olimpíadas, lideram o Mundial. Mas nesta sexta teremos como destaque os revezamentos masculinos 4 x 50 e 4 x 200 livre (sem o Brasil) e Nicholas dos Santos iniciando a luta por mais uma medalha nos 50 borboleta. O que a segunda metade do Mundial nos reserva?

(informações do Best Swimming e Yes Swim - foto da transmissão do SporTV)

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