sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

MUNDIAL DE CURTA: Sorte de uma, azar do outro...

Na quarta etapa do MUNDIAL DE PISCINA CURTA de Windsor (CAN), a sorte e o azar andaram lado a lado com a natação brasileira. Começando pelas más novas: Nicholas dos Santos (Unisanta), que era o grande favorito para medalha nos 50 borboleta, teve uma largada péssima, horrível, catastrófica, trágica, horrenda e medíocre, e não foi o Nicholas que nos acostumávamos a ver. Logo, com o tempo de 22.82, um dos piores de sua carreira, ele viu voar a sua vaga para a final da prova. Atrás, inclusive, de Albert Subirats (VEN), com 22.76. Tom Shields (EUA) e Chad Le Clos (AFS) vão para a final com os melhores tempos, 22.38 e 22.41, respectivamente. Nicholas já fez melhor que esses tempos...
Mas se há motivos para lamentar, há para comemorar também: Etiene Medeiros (SESI) não quis saber de nervosismo e conseguiu se classificar para a final dos 50 costas com o melhor tempo do ano, 26 cravados. Com certeza, é uma grande favorita para a medalha, seja de que cor for. Se classificaram também grandes favoritas como Emily Seebohm (AUS), Katinka Hosszu (HUN) e Darina Zevina (RUS), que teve o tempo de corte, 26.45. E ela ainda tem os 50 livre para nadar. Batam forte seus tambores.
Não existe Mundial sem zebras, isso é um fato. E nos 50 livre deles, quem esperava vitória de Jesse Puts (HOL)? O nome, que gera um milhão de trocadilhos, pode até ser estranho, mas o sujeito deixou o mundo de queixo caído ao vencer Vlad Morozov (RUS) na piscina final, com um tempo não tão bom: 21.10. Morozov chegou quatro centésimos depois e Simonas Bilis (LTU), treze, para completar o pódio. Nem mesmo Puts esperava, tanto que quase chorou ao ouvir o Hino holandês no pódio. 
Para completar o calvário do russo, nos 100 medley, nem pódio. Sexto lugar, com 52.83, em prova ganha pelo estreante Michael Andrew (EUA), mais um dos que as meninas da Yes Swim apontaram como grande estrela da natação para o futuro. O tempo dele foi 51.84 e com Andrew, dois japoneses: Daiya Seto (52.01) e Shinri Shinoura (52 17). 
Melhor "sorte" teve a Dama de Ferro, vitoriosa pela décima segunda vez em Mundiais nos 100 Medley, 57.24. Mas quarta colocada nos 400 Livre, com 3:59.89, em prova ganha por Leah Smith (EUA), com 3:57.78.
Voltando ao 50 borboleta mas agora para o lado das meninas, se lamentamos a falta de sorte de Nicholas, comemoramos a sorte de Arthur Albiero. Sua pupila Kelsi Worrell (EUA) papou mais uma prata, com 25.27. Só Jeanette Ottesen (DIN), que muitas vezes nadou por aqui sob a bandeira do Timão, tocou antes, com 24.92. Os demais resultados estão aqui.
Para este sábado, só um pedido: tambores altos. Etiene pode salvar nossa moral de novo.

(informações do Best Swimming e Yes Swim - foto deste repórter)

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