domingo, 11 de dezembro de 2016

MUNDIAL DE CURTA: A Salvadora da Pátria!

 

Dessa vez não teve nervosismo, nem saída errada, nem zebra: Etiene Medeiros (SESI) foi novamente soberana no MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS de Windsor (CAN) e logrou o bicampeonato na prova onde é recordista mundial: os 50 metros costas. Não foi com recorde mundial como em 2014 por 15 centésimos (25.82 foi seu tempo final, obviamente o melhor do ano), mas foi uma prova perfeita: da saída à chegada, não deu chance para ninguém. E, para demonstrar que estava focada, nem quis participar das semifinais dos 50 livre, à qual iria com o sétimo tempo geral, de 24.31. "Foi uma decisão difícil, mas queria mostrar que meu nado de costas estava bem melhor". Considerando que a natação brasileira não está nos seus melhores dias, foi um excelente resultado, assim como a prata nos 4 x 50 Medley misto. Katinka Hosszu (HUN), a Iron Lady, também fez uma prova espetacular e conseguiu ótimo 25.99, ficando com a prata. O bronze coube, surpresa, à Alexandra de Loof (EUA), com 26.14. Emily Seebohm (AUS), que poderia, pelo menos, ter levado a prata, não foi nada bem e só se contentou com o quinto posto, com 26.16. Daí a surpresa, já que Alexandra também era favorita, mas Seebohm é ótima dos 100 costas para frente.
Para completar o bom dia dos brasileiros, Daiene Dias (Minas), conseguiu o sétimo tempo para a final dos 100 borboleta, com 57.10, terceira na sua série. A disputa final vai ser mesmo entre a Iron Lady e Kelsi Worrell (EUA), melhor tempo com 55.80. Nos 50 peito, os dois Felipes lograram vaga para a final, mas será difícil medalhar, já que Kiril Prigoda (RUS, 25.95), Giulio Zorzi (AFS, 26.08) e Cameron Van Der Bergh (AFS, 26.20) estão também em ótima fase. Lima (Minas/Auburn) vai com o segundo tempo, também 26.08 e França (Corinthians) é o quarto, com 26.10. Todos nós sabemos que natação é uma caixinha de surpresas, então torçamos muito para que aconteça algo bom amanhã. Afinal, foi por pouco que não tivemos mais um brasileiro numa final. Um erro na chegada e dois centésimos separaram Brandonn Pierry Almeida (Corinthians) da final inédita nos 400 medley. Com 4:06.09, perdeu a vaga para uma zebra: Mark Skaranek (GBR), que nadara na primeira eliminatória. Na final, deu Daiya Seto (JAP), para variar, com 3:59.24. Brandonn poderia até medalhar...
Voltando à Iron Lady, hoje ela conseguiu mais um ouro (o décimo terceiro em Mundiais, se não perdemos a conta). Foi nos 200 medley. O tempo foi o melhor do ano, 2:02.90. A segunda colocação e segundo tempo da temporada foi de Ella Eastin (EUA), com 2:05.02. E falando em estrelas, a de Chad Le Clos (AFS) segue brilhando. Repetindo Doha, ele foi o rei nas três provas borboleta. Na dos 50, bicampeonato com 21.98. Tom Shields (EUA) foi prata com, tchan tchan tchan tchan, 22.40. Ah, se Nicholas dos Santos (Unisanta) não tivesse largado mal na etapa anterior. Poderia ser até prata...
Nos 100 peito, Alia Atkinson (JAM) voltou a ser Alia Atkinson e faturou com 1:03.03, chegando perto do seu WR. Lilly King (EUA), a grande sensação de 2016, não teve chances e ficou só com a prata, com 1:03.35.
Nos revezamentos, mais uma vitória de Vlad Morozov e seus amigos, ops, da Rússia nos 4 x 50 livre, com 1:31.52 (insuficiente, porém, para superar o WR que Guilherme Guido, Nicholas dos Santos, Felipe França e Cesar Cielo fizeram em Doha, de 1:30.51). Aliás, Morozov fez um tempo espetacular, 20.46. Se fosse na prova individual... E ainda teve festa local com Katerine Savard, Taylor Ruck, Kennedy Goss e Penny Oleksiak levando o Canadá ao topo do 4 x 200 livre feminino com 7:33.89. Os demais resultados estão.
Amanhã, a jornada termina, com os 200 costas deles, 200 peito feminino, o 4 x 50 feminino livre, os 4 x 100 medley e mais as provas que faltam. Pode ser que ainda haja boas surpresas. Depois disso, só para o ano...

(informações da Best Swimming e Yes Swim - foto de Satiro Sodré/SSPress/CBDA)

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