O primeiro dia do MUNDIAL DE PISCINA CURTA, em Windsor (CAN), foi realmente um show. Show de desorganização e erros grotescos, que nem nos Jogos da Academia de Comércio (só para citar um exemplo pessoal deste que vos escreve) acontecem. Por exemplo, no revezamento 4 x 100 livre feminino, um erro primário de comunicação custou a medalha de prata para o time da casa. É que Sandrine Mainville e Alexia Zevnik inverteram a ordem da partida na hora da largada. De nada adiantou superarem as campeãs mundiais holandesas. O erro infantil foi a primeira desclassificação por mudança de ordem da história de um evento FINA (aí o Brasil é que é desorganizado...). As vencedoras foram as norte-americanas, com 3:28.82. Outra trapalhada foi da vietnamita Ahn Vien Nguyen, pelos 400 medley, que "se esqueceu" de tocar na parede em sua troca do costas para o peito (o mesmo que fizeram Thiago Pereira no Pan e Giovanna Dorigon no Open) e isso custou aquela que seria a primeira medalha (prata) da história do Vietnã em competições, naquela que foi a primeira vitória da Iron Lady Katinka Hosszu (HUN), com 4:21.67.
A melhor atuação do primeiro cotejo foi de Chad Le Clos (AFS). Nos 200 borboleta, ele teve um final maravilhoso depois de três piscinas conservadoras e chegou perto de seu próprio WR, feito há três anos, de 1:48.56. Na verdade, 20 centésimos perto (1:48.76). Completaram o pódio Tom Shields (EUA, 1:49.50) e Daiya Seto (JAP, 1:49.97). Leonardo de Deus (Corinthians) ficou num bom quinto lugar, com 1:52.65. Assim como Chad, sua última piscina foi espetacular, saindo de sétimo para quinto. Outra brasileira que pegou final foi Manuella Lyrio (Pinheiros), que não melhorou sua marca e foi só a oitava, com 1:55.51. A vitória coube a Federica Pellegrini (ITA), que depois de uma inesperada "morrida" de Katinka, deu-lhe um chapéu e faturou com 1:51.73. À húngara, só sobrou a prata (a última piscina dela só não foi pior que a de Manuella), com 1:52.28 e faltou pouco para a local Taylor Ruck não superá-la, ela que completou o pódio com 1:52.50.
Nos 100 peito masculino, ótimo tempo de Felipe França (Corinthians), vitorioso em sua série com 56.99, só treze centésimos atrás de Marco Koch (ALE). Não tão bom assim tempo de Felipe Lima (Minas/Auburn), 57.71 e o décimo tempo, o excluindo da semifinal. Vlad Morozov (RUS) foi até bem, com 57 exatos, mas foi melhor no 4 x 100 livre masculino, ajudando a Rússia (com 45.42) a bater a então campeã França, com 3:05.90 contra 3:07.35. No terceiro lugar, um perfeito empate (e onze bronzes) para Austrália e EUA, ambos com 3:07.76. Os resultados cá estão.
Hoje podemos ver a primeira (e uma das únicas) medalhas do Brasil nos 100 peito, mas ainda temos provas impressionantes como os 100 livre delas começando, os 200 livre deles e os 4 x 50 misto. Apenas começou, mas esperamos poucas trapalhadas doravante.
(informações da Best Swimming e Yes Swim - foto da transmissão do SporTV)
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