A partir desta reportagem, está iniciada a cobertura do nosso quarto TROFÉU MARIA LENK, que será nosso segundo in loco. Para esta jornada no Parque Aquático Maria Lenk, virão 298 atletas (o que achamos pouco) do Brasil, Argentina e Chile. Se não há mais Jéssica Bruin Cavalheiro, nem Tales Cerdeira e sequer Thiago Pereira, porque pararam de nadar, Larissa Martins Oliveira, pelas sequelas do acidente que sofrera em Março, e João de Lucca e Nicolas Nilo Oliveira, que priorizaram treinos na América, vamos ter a volta de Cesar Cielo (Pinheiros). A última competição d'ELE tinha sido justamente o Lenk do ano passado, no Parque Aquático Olímpico, quando falhou em lograr sua vaga para os JOGOS OLÍMPICOS RIO 2016.
Mas, para entender onde chegamos, vale a pena relembrar um pouquinho a história deste torneio, que está completando 54 anos de história e nasceu como Troféu Brasil de Natação. Tudo começa em 1962, quando a então CBD (Confederação Brasileira de Desportos) cria o evento com a intenção de formar a seleção brasileira para o Sul-Americano daquele ano, em Buenos Aires, junto com o Brasileiro Individual de Natação, maior torneio daquela época e que fora extinto anos depois. Destacaram-se Manoel dos Santos, Athos Procópio, Norio Ohata, João Reinaldo Lima Nikita, e, claro, José Sylvio Fiolo. Paulistano, Corinthians e, claro, o Botafogo, foram os grandes clubes da primeira década do torneio.
Na segunda década, surgiam José Luciano Namorado (não estranhem, esse era mesmo o sobrenome dele), Maria Elisa Guimarães, e, especialmente, Rosamaria Prado, Djan Madruga e Rômulo Arantes Júnior. Treinadores como Rômulo Arantes (o pai) e Daltely Guimarães também começavam a se destacar.
Os anos 80 foram quase todos da máquina de natação do Flamengo. Com Rômulo, Ricardo Prado, as irmãs Paula e Patrícia Amorim e Jorge Fernandes, o Mengão chegava com força máxima (mesmo com alguns desfalques em alguns eventos, por nadarem na América) e conseguiu algo que talvez jamais será igualado: oito títulos seguidos, de 1980 a 1987. Só em 1988, por um erro na inscrição de Cristiano Michelena, então egresso do Curitibano, o rubro-negro não levantou a taça. Mas no final da década, surgiram Rogério Romero e Adriana Pereira.
Virada a década, veio a geração mais promissora até então da nossa natação. Em 1990, estreava Gustavo Borges. Dois anos depois, surgiam Gabrielle Rose e Fernando Xuxa Scherer. Em 1993, Paula Renata Aguiar. Em 1995, veio Fabíola Molina. E olha que nem falei de Teófilo Ferreira e José Carlos Júnior, que tinham batido o recorde mundial de piscina curta no Internacional de Santos. Mas isso é outro evento. A partir daí, resultados expressivos e até protestos. Quem não se lembra do "Poucos Centésimos Afogaram Nosso Sonho", liderado por Paula e Fabíola no torneio de 1996. Parece que os tempos não mudaram tanto...
Aí vamos virar o século e o milênio. E uma geração monstruosa vai continuar o legado: Tatiana Lemos, Poliana Okimoto, Gabriel Mangabeira, Nicholas dos Santos, Kaio Márcio, Rebeca Gusmão, Joanna Maranhão, Flávia Delaroli e Mariana Brochado na primeira década. Alguns continuaram, outros pararam. Depois, chegaram Manuella Lyrio, Thiago Pereira, Cielo, Felipe França (com direito a WR nos 50 peito), Alessandra Marchioro, Graciele Herrmann, Henrique e Felipe Martins.
Em 2007, Deus chamou Maria Lenk para compor o time do céu, que já tinha Tetsuo Okamoto, bronze em 1952 e Coaracy Nunes Filho deu uma bola dentro ao renomear o Troféu Brasil com o nome da grande matriarca do nado brasileiro. E ainda recebeu-se de presente uma linda casa para o evento: o Parque Aquático com o mesmo nome. Lá, mais emoções aconteceram, como o índice de Fabíola em 2012, o surgimento de Etiene Medeiros e Bruno Fratus e a volta do Flamengo aos títulos no mesmo ano. Depois, em 2014, uma passagem por São Paulo, onde começaram a brilhar estrelas como Gabrielle Roncatto e Nathália Almeida, além da presença estelar de Katinka Hosszu, que ajudou o Corinthians a ser campeão.
Em 2015, de volta ao Rio, desperta uma nova geração: Natalia de Luccas, Luiz Altamir, Maria Paula Heitmann, Andressa Cholodovskis Lima, Felipe Ribeiro de Souza, Matheus Santana, Guilherme da Costa e Brandonn Pierry Almeida, todos confirmados para esta jornada.
Que história será contada este ano?
(texto deste repórter baseado em informações de jornais antigos e Best Swimming - foto de O Globo)
Na segunda década, surgiam José Luciano Namorado (não estranhem, esse era mesmo o sobrenome dele), Maria Elisa Guimarães, e, especialmente, Rosamaria Prado, Djan Madruga e Rômulo Arantes Júnior. Treinadores como Rômulo Arantes (o pai) e Daltely Guimarães também começavam a se destacar.
Os anos 80 foram quase todos da máquina de natação do Flamengo. Com Rômulo, Ricardo Prado, as irmãs Paula e Patrícia Amorim e Jorge Fernandes, o Mengão chegava com força máxima (mesmo com alguns desfalques em alguns eventos, por nadarem na América) e conseguiu algo que talvez jamais será igualado: oito títulos seguidos, de 1980 a 1987. Só em 1988, por um erro na inscrição de Cristiano Michelena, então egresso do Curitibano, o rubro-negro não levantou a taça. Mas no final da década, surgiram Rogério Romero e Adriana Pereira.
Virada a década, veio a geração mais promissora até então da nossa natação. Em 1990, estreava Gustavo Borges. Dois anos depois, surgiam Gabrielle Rose e Fernando Xuxa Scherer. Em 1993, Paula Renata Aguiar. Em 1995, veio Fabíola Molina. E olha que nem falei de Teófilo Ferreira e José Carlos Júnior, que tinham batido o recorde mundial de piscina curta no Internacional de Santos. Mas isso é outro evento. A partir daí, resultados expressivos e até protestos. Quem não se lembra do "Poucos Centésimos Afogaram Nosso Sonho", liderado por Paula e Fabíola no torneio de 1996. Parece que os tempos não mudaram tanto...
Aí vamos virar o século e o milênio. E uma geração monstruosa vai continuar o legado: Tatiana Lemos, Poliana Okimoto, Gabriel Mangabeira, Nicholas dos Santos, Kaio Márcio, Rebeca Gusmão, Joanna Maranhão, Flávia Delaroli e Mariana Brochado na primeira década. Alguns continuaram, outros pararam. Depois, chegaram Manuella Lyrio, Thiago Pereira, Cielo, Felipe França (com direito a WR nos 50 peito), Alessandra Marchioro, Graciele Herrmann, Henrique e Felipe Martins.
Em 2007, Deus chamou Maria Lenk para compor o time do céu, que já tinha Tetsuo Okamoto, bronze em 1952 e Coaracy Nunes Filho deu uma bola dentro ao renomear o Troféu Brasil com o nome da grande matriarca do nado brasileiro. E ainda recebeu-se de presente uma linda casa para o evento: o Parque Aquático com o mesmo nome. Lá, mais emoções aconteceram, como o índice de Fabíola em 2012, o surgimento de Etiene Medeiros e Bruno Fratus e a volta do Flamengo aos títulos no mesmo ano. Depois, em 2014, uma passagem por São Paulo, onde começaram a brilhar estrelas como Gabrielle Roncatto e Nathália Almeida, além da presença estelar de Katinka Hosszu, que ajudou o Corinthians a ser campeão.
Em 2015, de volta ao Rio, desperta uma nova geração: Natalia de Luccas, Luiz Altamir, Maria Paula Heitmann, Andressa Cholodovskis Lima, Felipe Ribeiro de Souza, Matheus Santana, Guilherme da Costa e Brandonn Pierry Almeida, todos confirmados para esta jornada.
Que história será contada este ano?
(texto deste repórter baseado em informações de jornais antigos e Best Swimming - foto de O Globo)
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