O terceiro dia de competições no Troféu José Finkel, no Pinheiros, foi marcado pela obtenção de seis índices para o Mundial de piscina curta na China e mais três recordes sul-americanos. O dia das provas curtas mostrou que o país continua forte nas distâncias menores e que pode brigar pelo pódio em campeonatos internacionais, como o que acontecerá em dezembro, em Hangzhou (CHN)
Nos 100 metros livre feminino melhor para Larissa Martins Oliveira (Pinheiros), que dominou a prova toda de ponta a ponta, quebrou seu próprio recorde sul-americano com o tempo de 52.45 e obteve o índice para o Mundial por dois centésimos. Medalha de prata para Manuella Lyrio (Pinheiros), com 53.75 e bronze para Daynara de Paula (SESI), com o tempo de 53.84. “Eu estava muito nervosa, mas eu vim hoje para alcançar o índice e quebrar esse recorde sul-americano. Estava muito focada, eu fico muito feliz por ter conseguido o meu índice e ter, teoricamente, conquistado essa vaga”, contou Larissa.
Nos 100 livre masculino, Cesar Cielo (Pinheiros) voltou a vencer a prova em campeonatos absolutos com o tempo de 46.83. Dependendo dos critérios de avaliação da CBDA ele pode voltar a seleção para o revezamento com a vitória. Emocionado após a prova, o atleta analisou sua performance: “A minha felicidade de ter ganho a prova foi porque saiu meio que na 'raça', já que eu treinei mais para os 50 m livre. Minhas viradas foram ruins, então tem um lado meu que está um pouco insatisfeito, mas acredito que tenha sido por falta de competição. Para o Mundial o melhor é fazer um planejamento em que eu possa competir um pouco mais para me sentir mais confortável na execução das coisas, para sair mais natural. Apesar da vitoria, não achei tão boa a prova, mas foi uma felicidade voltar a vencer, eu não ganhava uma prova dos 100 livre já faz um tempo. Por isso saio daqui hoje satisfeito”, disse Cielo.
Para a prova dos 50 livre, o atleta comentou: “Agora para os 50 m livre já é outra competição, estaremos no meu espaço, já estou com a prova mais confortável na minha cabeça e sei exatamente o que preciso fazer para obter o índice e realizar uma boa prova”, disse o campeão olímpico. A prata dos 100 ficou com Marcelo Chierighini (46.99) e o bronze com Matheus Santana, que volta a subir no pódio de um absoluto (47.00) - ambos também do Pinheiros.
Na prova dos 200 borboleta feminino, vitória para Giovanna Diamante (Pinheiros), com o tempo de 2:08.31, mais de dois segundos a frente de Carolina Sarruf (Flamengo), a segunda colocada com 2:10.55 e Malu Pessanha (Pinheiros) foi a terceira com 02:10.84. Na parte masculina, mais um ouro para Vinicius Lanza (Minas/Indiana), que venceu ontem os 200 medley. Lanza nadou na frente e cravou 1min51s00, novo recorde do campeonato e mais um índice para o nadador, que está em boa fase. “Estou muito feliz, trabalhei muito para chegar até aqui, para colher esses frutos, é resultado de muita dedicação, muito treino duro, está tudo dando certo”, conta Lanza. Luiz Altamir (Pinheiros) também nadou abaixo do índice e garantiu a medalha de prata com o tempo de 1:51.54, o bronze ficou com Leonardo de Deus (Unisanta), que fez 1:51.86, acima do índice de 1:51.68. Na final B da prova recorde brasileiro da categoria juvenil 2 para Gustavo Saldo (Curitibano), com o tempo de 1:59.88.
Nos 50 peito feminino, Jhennifer Alves (Pinheiros), quebrou o recorde sul-americano, que pertencia a ela desde setembro de 2016. Com 30 segundos, a atleta ficou com o ouro, mas não conseguiu obter o índice de 29.88. A prata ficou com a companheira Carolyne Mazzo, que fez 30.03. Na prova masculina, índice para Felipe Lima (Minas/Auburn), com o tempo de 26 segundos. Em segundo, João Gomes Júnior, do Pinheiros, com 26.13 e em terceiro Diego Prado que ficou com o bronze com 26.20. “Estar em mais um Mundial de curta é muito gratificante para mim, será meu quarto! Estou com 33 anos de idade, e continuo me superando e dando o meu melhor a cada treino, tudo para chegar nesse resultado, estou bastante feliz”, contou Lima.
Nos 50 costas feminino, Etiene Medeiros (SESI) voltou à sua melhor forma. Com o tempo de 25.95, ela alcançou o índice para o Mundial e nadou perto de seus melhores tempos. "É muito importante estar nadando próximo do seu melhor, minha intenção era alcançar o índice e fiz muito melhor do que isso. Eu gosto dessa adrenalina, eu gosto dessa emoção, fiquei muito feliz em ver a arquibancada cheia também. Para mim é muito importante essa volta, foi importante vencer e alcançar o índice, vou nadar amanhã os 100 costas e, terça, os 50 livre mais aliviada, mais tranquila. Agora é tentar descansar para encarar o que falta na competição”, disse Etiene. Fernanda Celidônio (ASBAC) foi a segunda colocada com 27.68.
Na prova masculina também tivemos a obtenção do índice. Guilherme Guido (Pinheiros) bateu o recorde sul-americano da prova, e ainda fez o segundo melhor tempo do mundo da era pós trajes. Com o tempo de 22.68, Guido melhorou ainda mais o seu tempo pela manhã (22.75) e nadou novamente abaixo do índice exigido de 23.16. “Tenho coisas para arrumar ainda, mas estou muito feliz com o índice e principalmente pelo recorde sul-americano. Meu melhor tempo era 23 baixo, estava me sentindo muito bem no treino, mas o tempo me surpreendeu bastante, estou muito contente. Objetivo alcançado nos 50m, agora estou focado nos 100 costas, que já é amanhã”, contou Guido.
PLACAR: Pinheiros - 2000 pontos, líder; Minas - 1425; Unisanta - 579; Corinthians - 524; Flamengo - 469,50
CLASSIFICADOS PELO ÍNDICE TÉCNICO ATÉ AGORA (13 restantes):
João Gomes 909 - 100 peito
Scheffer 887 - 400 livre
Daiene 883 - 100 borboleta
Cielo 883 - 100 livre
Breno 878 - 400 livre
Chierighini 874 - 100 livre
Giovanna 866 - 100 borboleta
Heitmann 856 - 400 livre
Jhennifer 855 - 100 peito
Nicholas 854 - 100 borboleta
Manuela 849 - 100 livre
Mazzo 847 - 100 peito
Leo de Deus 823 - 200 costas
A competição segue nesta segunda-feira (27) com as provas de 400 medley, 50 borboleta, 200 livre e 100 costas.
(texto de Katarine Machado - fonte: Swim Channel - foto de Satiro Sodré/SSPress/CBDA)
Katarine; v fala em revezamento com chance de ouro...mas ao contrário do Pan-Pac, não vejo, lendo a regra das 20 vagas, onde a CBDA garante a ida do rev....pelo escrito, vamos levar vários atletas na faixa de 850 pontos, em vez do 4x100L....v. tem uma leitura diferente??
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