domingo, 12 de agosto de 2018

PAN PACS: Valeu mesmo foi ouvir nosso Hino!



Sem medalhas brasileiras no último dia do PAN PACÍFICO 2018, que terminou neste domingo, em Tóquio. Pelo menos dentro da piscina, porque, ao final das provas, recebemos o ouro que nos foi logrado devido à desclassificação dos EUA pelo erro primário de trocar dois integrantes de seu revezamento sem avisar á organização do evento, quais sejam, Blake Pieroni e Zach Apple. Assim, Gabriel Silva Santos (Pinheiros), Marcelo Chierighini (Pinheiros), Marco Antônio Ferreira (Minas) e Pedro Spajari (Pinheiros) puderam ouvir nosso Hino, fechando com chave de ouro um bom evento para nossa seleção, que terminou em quinto lugar geral. Para variar, a vitória ficou com os EUA.

A etapa começou com os 1500 livre feminino, em uma apresentação previsível de Katie Ledecky (EUA). Sim, ela fez o décimo tempo e tem nove entre os dez da história, mas sendo quem é, esperava-se mais do que os 15:38.97. As outras nadadoras nem nadaram abaixo dos 15: Kiah Melverton (AUS) foi prata com 16:00.08 e Leah Smith (EUA) foi bronze com 16:00.82 da série mais fraca, seu melhor tempo ever. Nos 800 livre masculino, Naito Ehara (JAP) chegou a liderar os primeiros metros, mas, a partir dos 350 metros, e passando de maneira negativa na reta final, só deu Zane Grothe (EUA), que faturou com 7:43.74, novo RC, apagando a marca de Grant Hackett (AUS) feita em 2002, de 7:44.78. Atrás deles, Jordan Wilimovsky (EUA), bom nos mares e nas piscinas, com 7:45.19, e  Jack McLoughlin (AUS), com 7:47.31. Guilherme Cachorrão Costa (Pinheiros/RKF), chegou perto de seu recorde sul-americano, ficando num bom quarto lugar, com 7:51.67.

Nos 200 costas feminino, Kathleen Baker (EUA) fez um nado controlado para a décima marca da história, 2:06.14, também novo recorde de campeonato - a marca anterior era de Elizabeth Pelton (EUA), em 2010. Taylor Ruck (CAN) e Regan Smith (EUA) tentaram chegar, mas não houve piscina suficiente para tanto: segundo lugar para Ruck com 2:06.41 e bronze para Smith, cinco centésimos após, novo Recorde Mundial Júnior. E comprovando que o Pan Pacs foi o evento dos quase-recordes mundiais, o primeiro deles veio na versão masculina. O cansaço na piscina final impediu que a marca de Aaron Peirsol, 1:51.92 - outra que vai soprar 10 velas em 2019 - fosse apagada. Mas os 1:53.57 são novo recorde de campeonato - ele, nas eliminatórias, tinha feito 1:54.07. Completaram o pódio Ryosuke Irie (JAP), 1:55.12 e Austin Katz (EUA), com 1:56.00. Na final A, Leonardo de Deus (Unisanta) fez 2:01.56 e foi o oitavo, e na final B, Brandonn Pierry Almeida (Corinthians/South Carolina) foi melhor: 2:00.79, sexto lugar, e Leonardo Coelho Santos (Pinheiros), foi o oitavo, com 2:04.51. A vitória na final de compensação foi de Jacob Pebley (EUA), com 1:57.12.

Ainda falando de quase-recordes mundiais, nos 50 livre feminino, poderíamos estar celebrando a nova marca mundial, mas, sabe lá Deus por quê, Cate Campbell (AUS) não chegou lá. Ficou a 14 centésimos da marca de Sarah Sjostrom (SUE), fazendo apenas o recorde de campeonato. Foi uma prova quase perfeita, pois, da australiana, que deixou para trás Simone Manuel (EUA), 24.22 e Emma McKeon (AUS), com 24.34. Larissa Martins Oliveira (Pinheiros) nadou para 25.03 e, na final B, Lorrane Ferreira (Pinheiros) fez 25.08 e foi a quarta, na prova vencida por Shayna Jack (AUS), com 24.70. Na versão masculina, sem Bruno Fratus (Minas), fácil demais para os americanos: Michael Andrew (EUA), a grande revelação americana do meio da década, venceu fácil com 21.46, mas sem alcançar os 21.44 que deram a vitória a Fratus há quatro anos e é ainda RC da prova. Caeleb Dressel (EUA) completou a dobradinha com 21.93 e de 21, só isso. O medalhista de bronze Yuri Kisil (CAN) fez 22.02. Os brasileiros foram meros coadjuvantes: Pedro Spajari fez 22.30 e Marcelo Chierighini, 22.50, estes sexto e oitavo lugar na final A. Já na B, Silva Santos não teve um bom final e fez 22.39. A vitória foi de Blake Pieroni, com 22.22.

Nos 200 peito feminino, houve zebra: esperava-se vitória de Lilly King (EUA), mas Micah Sumrall (EUA) dominou do início ao fim e venceu com 2:21.88, o tempo mais rápido que ela nadou em cinco anos. Embora King tentasse chegar nela no final, faltou piscina e ela ficou em segundo, com 2:22.12, e Satomi Suzuki (JAP), dez centésimos depois, colocou o time da casa no pódio. Julia Sebastian (ARG/Unisanta) ficou a centésimos de seu próprio recorde sul-americano, ao ter feito 2:25.55. Na parte masculina, disputa intensa: Yasuhiro Koseki (JAP) liderou os primeiros 50 metros, depois Matthew Wilson (AUS) dominou as piscinas seguintes, mas mostrando porque é o atual recordista da prova, Ippei Watanabe (JAP) fez um final mais negativo para fazer o novo RC, 2:07.75, apagando a marca feita nas eliminatórias por Josh Prenot (EUA), de 2:08.02. Zach Stubblety-Cook (AUS) também superou Wilson no final, com 2:07.89, contra 2:08.22 do ex-líder, que ficou com o bronze.

Por fim, os revezamentos 4 x 100 medley. No delas, o Canadá até largou na frente no costas, com Kylie Masse tendo feito 58.63. Mas a partir do peito, os EUA dominaram as ações com Lilly King fazendo 1:04.86 no peito e Kelsi Worrell Dahlia cravando 56.72 no borbo - mas, atrás de Emma McKeon (56.45) e Rikako Ikee (55.48) . Aí apareceu quem? Cate Campbell, que voou para fazer uma parcial monstro de 51.19 e levar a Austrália à vitória com 3:52.74, novo RC. Os EUA, com Simone Manuel fazendo 52.22, fechou em segundo com 3:53.21 e o time da casa foi bronze, com 3:55.03, novo recorde local. No masculino, esperava-se uma porfia entre Austrália e EUA pelo ouro e Japão, Brasil e Canadá pelo bronze. Mas o Japão veio forte demais, e estava na frente por 99% da prova, com Ryosuke Irie (52.61, costas), Yasuhiro Koseki (58.62, peito) e Yuki Kobori (51.19, borbo). Mas aí vieram Caeleb Dressel (50.64, borbo) e Nathan Adrian (47.71, livre) e deram, no finzinho, a vitória para os americanos, com 3:30.20. Prata local, com Katsumi Nakamura fechando com 47.83. Bronze para a Austrália, com um fabuloso 46.91 (mesmo tempo do WR de Cielo) de Kyle Chalmers. O Brasil foi só o quarto, com Gabriel Fantoni (Minas/Indiana, 53.72), João Luiz Gomes Júnior (Pinheiros, 59.05), Vinícius Lanza (Minas/Indiana, 51.68) e Spajari (47.71) somando 3:32.16. Um bom fecho, pelo menos.

E assim, termina o Pan-Pacífico, que, em 2022, deve ser sediado no Canadá. O Brasil sai forte e de cabeça erguida, com um ouro, uma prata e dois bronzes, campanha além do esperado. Que a tendência seja melhorar. A próxima jornada internacional é o MUNDIAL MILITAR de Samara (RUS), que começa nesta quinta, com um time maior; e ainda temos o TROFÉU JOSÉ FINKEL, de 24 a 28, a grande seletiva para o MUNDIAL DE PISCINA CURTA de Hangzhou, em Dezembro. O Agosto da natação só começou...

(informações do Best Swimming, Yes Swim e SwimSwam - reprodução do SporTV)

Nenhum comentário:

Postar um comentário