terça-feira, 25 de setembro de 2018

TROFÉU CHICO PISCINA 2018: 50 anos revelando novos talentos!


Em 1933, o mineiro Francisco José Dias Lima, filho de uma família tradicional de Mococa, renunciou ao curso de Medicina do Colégio Arquidiocesano para voltar à cidade natal no intuito de construir uma piscina. No ano seguinte, estava pronta a piscina de 25 metros, com direito à presença da eterna Maria Lenk. Tal piscina deu origem à Associação Esportiva Mocoquense, uma das mais antigas agremiações do interior paulista, e ao apelido que o acompanhou desde então até seu desaparecimento físico, em 1992: Chico Piscina. Aí, em 1968, a então Delegacia da 7ª Região da Federação Paulista de Natação, que é a atual 5ª Região da FAP (sede em Jaboticabal), resolveu criar, como forma de homenagem, o Torneio Inter-Regional Infanto Juvenil de Natação do Estado de São Paulo - Troféu Chico Piscina. A princípio reunindo apenas as delegacias paulistas, logo vieram convites para outros estados participarem. Foi aí que, em 1988, a CBDA transformou o Chico Piscina no CAMPEONATO BRASILEIRO INTERFEDERATIVO INFANTO-JUVENIL, que se tornou internacional em 1995 com a chegada de Argentina e Uruguai. A antiga disputa inter-delegacias paulista veio, depois, a ser o TROFÉU KIM MOLLO. Nestes 50 anos, grandes nomes foram revelados para a natação nacional. São incontáveis - nem caberiam neste texto.

E chegamos a 2018, ou mais precisamente, desta quinta-feira (27) ao sábado (29), quando esse grande torneio chega ao cinquentenário na velha piscina da Mocoquense com muitos motivos para celebração. Primeiro, porque o número de contendores aumentou. Se em 2016 eram 356 nadadores e no ano passado eram 349, agora teremos 401 nadadores, sendo 201 meninos e 190 meninas, advindos de 18 estados, e também de Argentina, Paraguai, Peru e Uruguai. O grande favoritismo, só para variar, é de São Paulo, que busca o 18º título seguido - o 25º no total.

O maior nome da delegação é de Murilo Sartori (Americana). Convocado para os JOGOS OLÍMPICOS DA JUVENTUDE de Buenos Aires, ele irá participar nos dois primeiros dias, visto que, no sábado, se apresentará ao time que vai para a capital argentina. E ele pode vencer a prova dos 200 e 400 livre pela quarta vez seguida, tentando tornar-se assim o primeiro nadador a vencer quatro vezes consecutivas duas provas (Gabrielle Roncatto venceu os 100 peito e Maria Luiza Pessanha, os 100 costas). E, se vencer também os 200 medley, deverá ser o maior vencedor da história de tal troféu, com onze vitórias - uma a mais que Lucas Salatta.

Mas há um rival à altura para tal feito, e ele vem do Paraná: é Gustavo Saldo (Curitibano), que além dos 200 e 400 livre no Juvenil, vai tentar também bater o recorde de Salatta nos 100 borboleta (54.90). Victor Melo Baganha (Minas), defendendo o estado mineiro, também tenta derrubar o feito, ele que fizera 54.92 no Mundial Escolar. Também de São Paulo, o holandês voador Stephan Steverink (Esperia) chegou perto de quebrar outro recorde de Salatta: os 200 medley infantil. A marca é 2:11.72. Entre as meninas, os destaques vem de São Paulo, e ambas são do Corinthians: pelo juvenil, Sofia Rondel se despede, nos 100 e nos 400 livre, da competição onde colecionou boas vitórias desde que defendia o São José, e Giovana Reis Medeiros é o grande nome a ser visado, e estará nos 100, 200 e 400 livre. E não deixemos de mencionar Fernanda Celidônio (ASBAC) e Alexia Assumpção (Fluminense), grandes estrelas do Distrito Federal e do Rio de Janeiro, respectivamente, que tem sido apontadas como grandes nomes da próxima década.

Vejam aqui o startlist completo. Aqui, vocês conferem o programa de provas das eliminatórias e aqui, o das finais.

Enfim, vai ser uma grande festa o que se promete para os 50 anos, as bodas de ouro, do Chico Piscina. Que seja à altura do que aquele garoto um dia sonhara!!

(informações do Best Swimming e CBDA - foto de Satiro Sodré/SSPress/CBDA)

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