quinta-feira, 8 de novembro de 2018

SUL-AMERICANO: Dentro da normalidade, Brasil sai na frente


E o SUL-AMERICANO DE ESPORTES AQUÁTICOS do Peru, no que tange a natação, começou dentro do esperado para o nosso time: nada menos que 13 medalhas conquistadas no primeiro dia de jornadas no Estádio de Mansiche, em Trujillo, sendo sete delas douradas.

A primeira medalha veio nos 200 livre, com Rafaela Raurich (Curitibano). Ela dominou 195 metros desta prova, mas o final de Delfina Pignatiello (ARG) foi arrasador, suficiente para sua vitória com 2:00.22, tendo Raurich chegado 27 centésimos depois para conquistar a prata. Na prova masculina, mais duas, e com dobradinha. Breno Correia (Pinheiros/Miami) dominou a prova desde o início e faturou com 1:48.24, enquanto João de Lucca (Flamengo/Louisville) fazia 1:49.12 para completar o um-dois.

Nos 200 medley delas, Virginia Bardach (ARG), com melhor nado peito que as demais (parcial de 38.83), abriu grande vantagem, mas ninguém pode subestimar o final de Gabrielle Roncatto (Unisanta), que com um crawl de 30.18 a alcançou nos metros finais e faturou o segundo ouro brasileiro com 2:15.26, apenas um reles centésimo antes de Virginia. O bronze coube a outra argentina, Florencia Perotti (Pinheiros), com 2:16.87, e Nathália Almeida (Flamengo) foi a quarta, com 2:17.05. Convocado de última hora, Evandro Silva (Minas) chegou perto do recorde de campeonato (que é 2:00.19, feito por Thiago Pereira em 2004) na prova masculina, mas faturou com amplo domínio desde o costas, com 2:00.65, com Ícaro Ludgero (Fluminense) chegando logo depois (2:01.23), e é bom que se destaque que ele teve um melhor borboleta, com parcial de 25.77.

Nos 100 costas feminino, não havia como negar o favoritismo de Andrea Berrino (ARG), plena com uma ida de 29.58 e uma volta de 32.36, totalizando 1:01.94. Fernanda Goeij (Curitibano) foi prata com 1:03.20, mas teve volta melhor: 32.22. Já no masculino, Guilherme Guido (Pinheiros) foi dominante na ida e na volta, com 54.06 (parciais de 25.92 e 28.14), pouco perto de seu próprio RC de 53.40. Omar Pinzon (COL) foi o segundo com 55.51 e Nathan Bighetti (Minas/Indiana) abocanhou o primeiro bronze para o Brasil, com 55.64.


Falando em bronze, Jhennifer Alves da Conceição (Pinheiros) o faturou nos 100 peito feminino, com 1:09.63. O domínio argentino nesta especialidade é tão alto que teve dobradinha rioplatense, com duas velhas conhecidas nossas: Macarena Ceballos faturou com 1:08.25 (perto de seu próprio RC de 1:07.46) e Julia Sebastian (Unisanta), que recentemente cortou seus cabelos ao estilo Juancito, foi prata com 1:08.43. A outra brasileira da prova, Carolyne Mazzo (Pinheiros), foi a quarta com 1:10.83. Já pelo lado masculino, pintou o primeiro RC da jornada, e logo para Felipe Lima (Minas/Auburn): 59.87 - seria o trigésimo segundo tempo do mundo, mas ele já tem 59.66 de sua vitória na COPA DO MUNDO em Doha. Foi, inclusive, a primeira vez que houve tempo abaixo do minuto na história do certame, visto que o RC anterior era o 1:00.82 de Carlos Claverie (VEN). Raphael Rodrigues (SESI) foi o sexto, com 1:03.10.

Nos revezamentos 4 x 100 livre, só se fez ouvir nosso Hino: Raurich (56.83), Daynara de Paula (SESI, 55.64), Graciele Herrmann (GNU, 56.75) e Gabi (57.69), no feminino, somaram ao Brasil 3:46.91 e a quinta prata, enquanto De Lucca (49.79), Giuliano Rocco (Minas, 50.90), Ítalo Manzine (Unisanta, 51.08) e Breno (48.18) nos deram o sexto ouro do dia com 3:19.95.

Ou seja: com a ausência dos venezuelanos pela crise, só deu Brasil e Argentina, com sete ouros nossos e três deles. Essa deve ser a tônica da jornada, que segue em frente nesta quinta, com 50 peito, 200 costas, 400 livre e o revezamento misto medley. Só está no início a jornada continental.

Todos os resultados aqui estão.

(informações da CBDA, Best Swimming e Yes Swim - fotos de Satiro Sodré/SSPress/CBDA)

Nenhum comentário:

Postar um comentário