sexta-feira, 9 de novembro de 2018

DOIS EM UM: Dominância nas piscinas e nos mares


Esta nota vai mesclar duas importantes notícias para o esporte aquático brasileiro. Importantes e ótimas: a segunda etapa da natação do SUL-AMERICANO DE ESPORTES AQUÁTICOS e a conclusão da FINA MARATHON SWIM SERIES (antes chamada COPA DO MUNDO DE MARATONA AQUÁTICA), com a confirmação do quarto título - e mais uma medalha - de Ana Marcela Cunha (Unisanta). A ver:

SUL-AMERICANO: JÁ POSSO DIZER MASSACRE?
Das sete provas ocorridas na segunda etapa do certame no Estádio de Mansiche, em Trujillo (PER), só duas não resultaram em ouros nossos, e, aliás, ambas foram para a Argentina. Nos 200 costas feminino, dobradinha de Andrea Berrino (nas competições nacionais, defende a Unisanta) e Florencia Perotti (Pinheiros), com, respectivamente, 2:13.83 e 2:15.77 e nos 400 livre feminino, outra dobradinha portenha e de nome igual: Delfina, com a Pignatiello vencendo - com dominância dos 100 para o final - com 4:11.95 e a Dini sendo a terceira com 4:17.76. Nestas provas, também houve medalha brasileira, respectivamente, com o bronze de Fernanda Goeij (Curitibano, 4:22.51) na primeira prova citada, e a prata de Gabrielle Roncatto (Unisanta), com 4:16.54, na segunda.

Nas outras provas, domínio absoluto verde e amarelo, quase um massacre, a começar pelos 50 peito, com dois RC: no feminino, Jhennifer Alves da Conceição (Pinheiros), com 31.29, pôs ao chão a marca anterior continental de Julia Sebastian (ARG/Unisanta), de 31.82, enquanto no masculino, Felipe Lima (Minas/Auburn), vivendo grandiosa fase, com 27.12, derrubou, por 70 centésimos, a marca que antes era de outro Felipe, mas o França (então no Corinthians, hoje na Unisanta).

Nos 200 costas masculino, outra vitória para a conta de Nathan Bighetti (Minas/Indiana), com 2:00.16 (por pouco não foi marca abaixo dos 2), e nos 400 livre deles, mais uma dobradinha: Giuliano Rocco (Minas), com 3:51.53, chegou a 20 centésimos do RC de Luiz Altamir (então no Flamengo, hoje no Pinheiros), e Miguel Leite Valente (Minas) completou o serviço com 3:54.08 e mais uma prata.

Para fechar com chave de ouro, o primeiro recorde continental desta edição, com o 4 x 100 medley misto. Diferente dos antes donos da marca, os argentinos (com 3:52.31), o Brasil abriu com Guilherme Guido (Pinheiros) fazendo 54.73 no costas e Felipe Lima, sempre ele, com 59.77 no peito (o segundo 59 dele neste certame), enquanto as argentinas Andrea Berrino e Macarena Ceballos, com, respectivamente, 1:02.32 e 1:08.50 em suas especialidades, fizeram o que puderam. Mas o terreno estava aberto para Daynara de Paula (SESI, 59.63 no borbo) e Rafaela Raurich (Curitibano, 56.92 no livre) completarem o serviço e cravaram o novo RSA: 3:51.05. Os argentinos, mesmo com 49.43 de Federico Grabich, campeão continental dos 100 livre, tiveram que se contentar com o 3:54.26.

Com tudo isso, o Brasil disparou na frente com 12 ouros, 6 pratas e 2 bronzes, enquanto a Argentina tem 5 ouros, 6 pratas e 3 bronzes. Mas a competição segue nesta sexta, com os 50 livre, 200 borboleta, 1500 livre feminino, 800 livre masculino (os dois últimos, apenas à noite) e o 4 x 100 livre misto. Aqui estão todos os resultados.

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FINA MARATHON SWIM SERIES: FOI SÓ LARGAR
Nada mais poderia fazer Ana Marcela Cunha do que largar para a última etapa do FINA MARATHON SWIM SERIES, em Abu Dhabi (EAU), para confirmar o quarto título do circuito mundial. Mas quem conhece essa baiana, sabe que para ela isso não é suficiente. E ela saiu das águas com mais uma medalha: a de bronze.

As águas vivas atrapalharam muito a competição, mas a prova, no geral, foi boa para Ana Marcela, que completou sua triunfante jornada com 2:00:26.2, apenas a 4 segundos e 4 décimos atrás da vitoriosa Arianna Bridi (ITA), com Rachele Bruni (ITA, 2:00:25.7) completando a dobradinha italiana. Viviane Jungblut (GNU) foi a décima quarta, com 2:02:26.7. Aqui estão os demais resultados da categoria feminina.

Com isso, o triunfo de Ana foi sacramentado, com 112 pontos, fechando uma grandiosa temporada que começou na África do Sul e terminou no Rio. Agora, esperemos que essa fase seja confirmada em 2020 nos JOGOS OLÍMPICOS de Tóquio.

Já no masculino, o título ficou mesmo com o campeão olímpico Ferry Weertman (HOL), com 88 pontos, este que chegou em sétimo, na vitória de Florian Wellbrock (ALE, 1:53:00.9). O melhor brasileiro foi Diogo Vilarinho (Minas), o vigésimo primeiro com 1:53:40.2. Aqui, os demais resultados.

(informações do Best Swimming, Yes Swim e CBDA - fotos de Satiro Sodré/SSPress/CBDA)

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