sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

MUNDIAL DE PISCINA CURTA: Nossos novos heróis!!!


Não existem palavras para momentos históricos. Hoje, para a nossa natação, aconteceu um, e especial. Surgiram quatro novos heróis para o esporte brasileiro: Luiz Altamir (Pinheiros), Fernando Scheffer (Minas), Leonardo Coelho Santos (Pinheiros) e Breno Correia (Pinheiros). São eles os responsáveis por fazer nosso Hino pela primeira vez no MUNDIAL DE PISCINA CURTA de Hangzhou, ao vencermos o 4 x 200 livre. E mais que isso, COM DIREITO A RECORDE MUNDIAL!

É que, com nadada perfeita do início ao fim, e numa prova forte, mantiveram o ritmo e resistiram ao ataque de Rússia e China, para garantirem o primeiro ouro brasileiro no certame, com respectivas parciais de 1:42.03, 1:40.99, 1:42.81 e 1:40.98! Uma prova arrasadora. A Rússia até tentou estragar a festa, mas faltou piscina e por três centésimos, só lhe restou a prata. E graças a Sun Yang, a China voou para ser bronze com 6:47.53 - todos os tempos superaram o WR anterior russo de 6:49.04. Ou seja, não teve Star-Spangled Banner no pódio, mas nosso Ouviram do Ipiranga!

MUITO OBRIGADO, GAROTOS!! O BRASIL ABRAÇA VOCÊS!!





MAS SEGUE NOSSA SINA NO INDIVIDUAL (OU NÃO)
Enquanto isso, nas provas individuais, ainda ficamos devendo. Nos 100 medley masculino, Caio Pumputis (Pinheiros/Georgia Tech) nadou perto da raia, errou a virada do costas para o peito e, mesmo com poucas chances de medalha, não foi além de 52.28 e oitavo posto. A vitória coube a quem? Ao sensacional Kliment Kolesnikov (RUS), que, com 50.63, bateu seu primeiro RMJ. O segundo diremos mais tarde. Na versão feminina, deu ela, a Iron Lady, etc., etc., Katinka Hosszu (HUN), com 57.26, selando seu tetracampeonato nesta prova exclusiva da piscina curta.

E estava mais do que claro que ELE (César Cielo - Pinheiros) seria só o coadjuvante dos 50 livre deles. Estava tudo desenhado entre Caeleb Dressel (EUA) e Vlad Morozov (RUS), e a vitória foi do russo com 20.33, com Dressel logo atrás, 20.54 (não foi dessa que caiu o WR do Manaudou). Ben Proud (GBR) se mexeu antes da hora, na largada, e foi desclassificado, dando o terceiro lugar a Bradley Tandy (AFS), que fizera 20.94. Cielo só não foi bem na saída. Fez uma boa nadada, impossível, entretanto, de tirá-lo do sétimo lugar com 21.20. "Eu sabia desde o início que não estava tão potente. Não era minha vez. Agora vou focar no 4 x 50 medley", disse, deixando claro que não estará nos 100 livre. Poderia esta ter sido a última prova individual d'ELE?

Nos 50 costas masculino, Evgeny Rylov (RUS) ganhou com 22.58. No pódio, poderia Guilherme Guido (Pinheiros) estar, não tivesse ele errado logo na chegada. Sim, ele foi bem, mas deslizou e colocou o braço debaixo d'água e isso lhe custou o pódio por três centésimos (22.79), perdendo ele para Ryan Murphy (EUA, 22.63), Ryan Shane (IRL, 22.76) e ele, Kolesnikov (22.77), que assim bateu seu segundo WJR. Mas Guido não achou que errou: "fui bem durante toda a prova. Eles tiveram um nível melhor. Não errei, só dei tudo de mim. Vou ver no que falhei para corrigir em 2019", disse.

Mas a grande surpresa/decepção brasileira veio logo na semifinal da versão feminina de tal prova. Todos esperavam mais um show de Etiene Medeiros (SESI) a caminho de seu terceiro triunfo. Mas, como todos nós sabemos, existe dia que de noite é assim mesmo, o dia de cão, o dia em que nada dá certo, o dia onde está-se com os dois pés esquerdos... e infelizmente tal dia aconteceu para a pernambucana. Ela teve uma escorregada inacreditável logo na largada e não conseguiu mais se recuperar. Oitavo na série, décimo quinto no geral, 26.91, só a frente de, zebra 2, Emily Seebohm (AUS), por dois centésimos. "Eu errei, e não tem como perdoar. Em prova de 50, um erro é fatal", deixou claro Etiene. Mas, garota, por tudo que você tem feito pela nossa natação, você tem bastante crédito. Há de ser nada! Olivia Smoliga (EUA) vai largar da raia 4 com 26.06.

Em provas individuais, nossa maior esperança é mesmo o vovô-garoto Nicholas dos Santos (Unisanta). Ele largará da raia 4 nos 50 borboleta deles após mais uma aula de como nadar borboleta: 21.96. Oremos forte para mais uma vitória do mais experiente nadador de toda competição. Na versão feminina, já tivemos vencedora: Ranomi Kromowidjojo (HOL), com novo RC de 24.47.

AINDA FALANDO EM RECORDES MUNDIAIS...
Tivemos, tirando o nosso, dois: no 4 x 50 livre, que não teve o Brasil por estratégia, EUA dominante, com Dressel (20.43), Ryan Held (20.25), Jack Conger (20.59) e Michael Chadwick (20.53) cravando 1:21.80, pondo ao chão o 1:22.60 da Rússia, que desta vez foi a segunda com 1:22.22, com spoiler da prova de mais tarde, ou seja, Morozov fazendo 20.39, e 1:22.90 para a Itália.

E nos 400 livre feminino, outra aula por parte de Ariarne Titmus (AUS). Dezesseis piscinas perfeitas, mesmo sob o ataque da local Jianjiahe Wang (CHN), e nova marca mundial de 3:53.92. A chinesa perdeu o WR (que era cinco centésimos acima) e chegou em segundo com 3:54.56. A dobradinha chinesa foi completa por Bingjie Li (CHN) com 3:57.99. Todos os demais resultados estão.

E assim chegamos ao penúltimo dia de Mundial, que além das finais das provas citadas e dos 100 peito feminino, teremos os 4 x 50 medley masculino (com chances de medalha para o Brasil), 200 medley feminino (sem BRA), 400 medley masculino (Brandonn e Leonardo), 100 borboleta feminino (Daiene Dias), 100 livre masculino (Chierighini), 50 livre feminino (Etiene e Larissa), 50 peito masculino (João e Felipe), 4 x 200 livre feminino e 1500 livre (ambas sem BRA). Será que novamente ouviremos nosso Hino? Amém para que sim!!

(informações da CBDA, Best Swimming, Yes Swim, SwimSwam, Swimming World e Globo.com - foto de Satiro Sodré/SSPress/CBDA)

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