O MUNDIAL DE PISCINA CURTA de Hangzhou (CHN) começou forte, com nível alto e medalha para o Brasil. E se não rolou no individual, tinha que rolar no revezamento 4 x 100 livre masculino. Era difícil demais tirar o ouro dos EUA e a prata da Rússia, o que foi confirmado com o novo WR de 3:03.03 (com 45.66 de Caeleb Dressel, 45.75 de Blake Pieroni, 45.86 de Michael Chadwick e 45.76 de Ryan Held) para a esquadra norte-americana e os 3:03.11 russos (com destaque para os 45.06 de Vlad Morozov, melhor parcial de todas, e para os 45.46 de Kliment Kolesnikov), ambos tempos melhores que o WR anterior dos EUA, 3:03.30, feito há 9 anos, em Manchester (GBR).
A disputa pelo bronze foi entre nós e a Itália. Nas três primeiras piscinas, Itália, com Santo Condorelli (46.76), Alessandro Miressi (46.37) e Marco Orsi (46.41), na frente de Matheus Santana (Pinheiros, 46.83), Marcelo Chierighini (Pinheiros, 46.37) e d'ELE (Cesar Cielo, Pinheiros, 46.34). Aí surgiu Breno Correia (Pinheiros), que decolou, fez o TERCEIRO melhor tempo de todas as parciais, atrás só dos russos antes citados, com 45.61 (mais rápido do que todos os americanos), e deixou, na piscina final, Lorenzo Zazzeri (que fizera 46.00) e a Itália para trás por cinco centésimos: 3:05.15 a 3:05.20.
E com esta medalha, Cielo, em seu (ainda possível) adeus, torna-se o maior medalhista brasileiro em Mundiais: 11, contra 10 de Gustavo Borges. "Tenho que agradecer aos meus amigos aqui. Todos fizeram um trabalho excepcional. A gente troca os nomes, mas os resultados estão sendo constantes (para o revezamento). Estar subindo no pódio de um Mundial, que pode ser meu último, é fora de série. Essa medalha de bronze vale ouro. Ganhar na natação é muito bom, mas no revezamento é ainda melhor", disse ele, que nada falou sobre parar, mas tudo indica que sim.
Já no individual, pouco a comemorar. Nos 200 medley, Caio Pumputis (Pinheiros/South Florida) e Leonardo Coelho Santos (Pinheiros), pelo menos, se não foram pódio, conseguiram os melhores resultados individuais nossos em finais, com, respectivamente, o quinto posto (1:53.05) e o sexto (1:53.38). "Cheguei a disputar de igual para igual, e esse resultado é bom diante do alto nível dos concorrentes. Isso comprova que viemos para ficar", disse Leonardo. Se tivessem saído melhor, com certeza pintaria medalha. O ouro foi para Shun Wang (CHN), com 1:51.01, para o delírio local.
Mas infelizmente, o mesmo não podemos dizer dos nossos outros representantes. Nos 400 livre deles, Fernando Scheffer (Minas) até começou bem - fazendo, inclusive, 3:39.10 nas eliminatórias, novo recorde continental. Mas no meio da prova, sentiu uma forte bigorna em suas costas e não foi além de 3:39.40 - oitavo tempo, inclusive. A revelação lituana Danas Rapsys foi o vitorioso, com 3:34.01, novo recorde europeu. Nos 200 livre delas, foi azar: Manuella Lyrio (Pinheiros) e Larissa Martins Oliveira (Pinheiros) não fizeram bons final (no caso de Manuella) e meio (no caso da juizforana) e ficaram nas eliminatórias respectivamente com 1:54.87 e 1:54.88. No fim das contas, em uma disputa empolgante, Ariarne Titmus fez pela primeira vez tocar o hino australiano, com 1:51.38, contra 1:51.81 de Mallory Comerford (EUA), que liderava até a piscina final. Ambos os tempos foram recordes continentais.
Nos 200 borboleta masculino, o primeiro WR saiu com o 1:48.24 de Daiya Seto (JAP), que superou o 1:48.64 que Chad le Clos (AFS) fizera há cinco anos, este que foi prata nesta prova, com melhor tempo até: 1:48.32. Luiz Altamir (Pinheiros) começou forte, mas o final não foi o esperado - ele próprio admitiu isso, e foi o sexto com 1:51.99 (pouco pior do que fizera nas eliminatórias, 1:51.31). Leonardo de Deus (Unisanta) ficou pelo caminho nas eliminatórias, com 1:54.22. Já nos 400 medley feminino, nem é preciso dizer que deu ela, a Iron Lady, etc., etc., Katinka Hosszu (HUN), com 4:21.40. Longe do recorde, mas distância enorme para a concorrência.
Nas semifinais dos 100 peito masculino... bom, por dever de imprensa, diremos que João Luiz Gomes Júnior (Pinheiros) foi o décimo primeiro com 57.26 e Felipe Lima (Minas/Auburn), o décimo segundo, com 57.30. Eles não foram nem a sombra da sombra da sombra do que sempre foram nas outras competições internacionais e desde 2008 não tem Brasil na final de tal prova, que terá, na raia 4, Fabio Scozzoli (ITA), com 56.30. Pelo menos, existe Guilherme Guido (Pinheiros), que, nos 100 costas masculino, além de largar na raia 5, bateu RSA com 49.45. Só o recordista mundial Jiayu Xu (CHN) teve tempo melhor, mas por pouco: 49.21.
E por fim, nos 4 x 100 livre feminino, as holandesas poderiam ter Femke Heemskerk e Ranomi Kromowidjojo, que até foram bem, respectivamente fazendo 50.93 e 50.77, mas Mallory Comerford (51.09) e Kelsi Dahlia (51.40), as meninas do Arthur Albiero, levaram os EUA ao triunfo com 3:27.78, ao lado de Olivia Smoliga (52.71) e Lia Neal (52.58). Aqui, todos os resultados.
Nesta quarta, além das finais citadas, teremos o 4 x 50 livre feminino (sem BRA), 200 livre masculino (Altamir e Breno), 100 livre feminino (Manu e Larissa), 100 borboleta masculino (Leonardo), 200 borboleta feminino (sem BRA), 4 x 50 misto livre e 800 livre (sem BRA). O nível da competição estaria forte para mais uma medalha brasileira?
(informações da CBDA, Best Swimming, Yes Swim, Globoesporte e Swim Channel - foto de Satiro Sodré/SSPress/CBDA)
A disputa pelo bronze foi entre nós e a Itália. Nas três primeiras piscinas, Itália, com Santo Condorelli (46.76), Alessandro Miressi (46.37) e Marco Orsi (46.41), na frente de Matheus Santana (Pinheiros, 46.83), Marcelo Chierighini (Pinheiros, 46.37) e d'ELE (Cesar Cielo, Pinheiros, 46.34). Aí surgiu Breno Correia (Pinheiros), que decolou, fez o TERCEIRO melhor tempo de todas as parciais, atrás só dos russos antes citados, com 45.61 (mais rápido do que todos os americanos), e deixou, na piscina final, Lorenzo Zazzeri (que fizera 46.00) e a Itália para trás por cinco centésimos: 3:05.15 a 3:05.20.
E com esta medalha, Cielo, em seu (ainda possível) adeus, torna-se o maior medalhista brasileiro em Mundiais: 11, contra 10 de Gustavo Borges. "Tenho que agradecer aos meus amigos aqui. Todos fizeram um trabalho excepcional. A gente troca os nomes, mas os resultados estão sendo constantes (para o revezamento). Estar subindo no pódio de um Mundial, que pode ser meu último, é fora de série. Essa medalha de bronze vale ouro. Ganhar na natação é muito bom, mas no revezamento é ainda melhor", disse ele, que nada falou sobre parar, mas tudo indica que sim.
Já no individual, pouco a comemorar. Nos 200 medley, Caio Pumputis (Pinheiros/South Florida) e Leonardo Coelho Santos (Pinheiros), pelo menos, se não foram pódio, conseguiram os melhores resultados individuais nossos em finais, com, respectivamente, o quinto posto (1:53.05) e o sexto (1:53.38). "Cheguei a disputar de igual para igual, e esse resultado é bom diante do alto nível dos concorrentes. Isso comprova que viemos para ficar", disse Leonardo. Se tivessem saído melhor, com certeza pintaria medalha. O ouro foi para Shun Wang (CHN), com 1:51.01, para o delírio local.
Mas infelizmente, o mesmo não podemos dizer dos nossos outros representantes. Nos 400 livre deles, Fernando Scheffer (Minas) até começou bem - fazendo, inclusive, 3:39.10 nas eliminatórias, novo recorde continental. Mas no meio da prova, sentiu uma forte bigorna em suas costas e não foi além de 3:39.40 - oitavo tempo, inclusive. A revelação lituana Danas Rapsys foi o vitorioso, com 3:34.01, novo recorde europeu. Nos 200 livre delas, foi azar: Manuella Lyrio (Pinheiros) e Larissa Martins Oliveira (Pinheiros) não fizeram bons final (no caso de Manuella) e meio (no caso da juizforana) e ficaram nas eliminatórias respectivamente com 1:54.87 e 1:54.88. No fim das contas, em uma disputa empolgante, Ariarne Titmus fez pela primeira vez tocar o hino australiano, com 1:51.38, contra 1:51.81 de Mallory Comerford (EUA), que liderava até a piscina final. Ambos os tempos foram recordes continentais.
Nos 200 borboleta masculino, o primeiro WR saiu com o 1:48.24 de Daiya Seto (JAP), que superou o 1:48.64 que Chad le Clos (AFS) fizera há cinco anos, este que foi prata nesta prova, com melhor tempo até: 1:48.32. Luiz Altamir (Pinheiros) começou forte, mas o final não foi o esperado - ele próprio admitiu isso, e foi o sexto com 1:51.99 (pouco pior do que fizera nas eliminatórias, 1:51.31). Leonardo de Deus (Unisanta) ficou pelo caminho nas eliminatórias, com 1:54.22. Já nos 400 medley feminino, nem é preciso dizer que deu ela, a Iron Lady, etc., etc., Katinka Hosszu (HUN), com 4:21.40. Longe do recorde, mas distância enorme para a concorrência.
Nas semifinais dos 100 peito masculino... bom, por dever de imprensa, diremos que João Luiz Gomes Júnior (Pinheiros) foi o décimo primeiro com 57.26 e Felipe Lima (Minas/Auburn), o décimo segundo, com 57.30. Eles não foram nem a sombra da sombra da sombra do que sempre foram nas outras competições internacionais e desde 2008 não tem Brasil na final de tal prova, que terá, na raia 4, Fabio Scozzoli (ITA), com 56.30. Pelo menos, existe Guilherme Guido (Pinheiros), que, nos 100 costas masculino, além de largar na raia 5, bateu RSA com 49.45. Só o recordista mundial Jiayu Xu (CHN) teve tempo melhor, mas por pouco: 49.21.
E por fim, nos 4 x 100 livre feminino, as holandesas poderiam ter Femke Heemskerk e Ranomi Kromowidjojo, que até foram bem, respectivamente fazendo 50.93 e 50.77, mas Mallory Comerford (51.09) e Kelsi Dahlia (51.40), as meninas do Arthur Albiero, levaram os EUA ao triunfo com 3:27.78, ao lado de Olivia Smoliga (52.71) e Lia Neal (52.58). Aqui, todos os resultados.
Nesta quarta, além das finais citadas, teremos o 4 x 50 livre feminino (sem BRA), 200 livre masculino (Altamir e Breno), 100 livre feminino (Manu e Larissa), 100 borboleta masculino (Leonardo), 200 borboleta feminino (sem BRA), 4 x 50 misto livre e 800 livre (sem BRA). O nível da competição estaria forte para mais uma medalha brasileira?
(informações da CBDA, Best Swimming, Yes Swim, Globoesporte e Swim Channel - foto de Satiro Sodré/SSPress/CBDA)
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