domingo, 21 de julho de 2019

MUNDIAL COREIA 2019: Não foi um início de sonhos...


Não foi o tão esperado começo que queríamos para o MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS da Coreia. Se pelo menos vimos um WR e a queda de uma lenda na piscina da Universidade de Nambu, em Gwangju, só quem salvou o dia brasileiro foi o vovô-garoto Nicholas dos Santos (Unisanta), porque de resto, deu tudo errado...

Vamos começar com a prova que poderia ter nos dado medalha: o 4 x 100 livre masculino. EUA soberano, com 3:09.06, novo RC, com parciais espetaculares: 47.63 para Caeleb Dressel, 47.49 para Blake Pieroni, 46.86 para Zach Apple (se ele abrisse, era novo WR) e 47.08 para Nathan Adrian, recém-regressado de um câncer nos testículos. Quanto ao Brasil, fez mesmo falta Gabriel Silva Santos (Pinheiros), fora de combate pelo doping. Não foram bons tempos, nenhum dos quatro: 48.10 para Marcelo Chierighini (Pinheiros), 48.14 para Pedro Spajari (Pinheiros), 47.78 para Bruno Fratus (Minas) e 47.97 para Breno Correia (Pinheiros). Resultado? 3:11.99, sexto lugar, a 77 centésimos da Austrália. Como compensação, o 4 x 100 livre brasileiro está nos JOGOS OLÍMPICOS TÓQUIO 2020. Vamos ver se melhoramos até ali. No feminino, deu Austrália, novo RC de 3:30.21, com destaque para o 51.45 de Cate Campbell deixando as americanas para trás.

Nos 100 peito masculino, João Luiz Gomes Júnior não largou bem e não chegou bem. Na série, foi apenas o sétimo colocado, com 59.32, décimo primeiro tempo no geral, e ficou fora da final. Já Adam Peaty (GBR), mais favorito que nunca, voou e bateu seu próprio WR, o primeiro nesta edição, com o melhor tempo de todos os tempos: 56.88. É um extraterrestre!! Já nos 50 borboleta masculino, Nicholas dos Santos era o décimo primeiro com uma eliminatória aquém do esperado, mas se recuperou e só errou na chegada. Vai largar da raia 5, com 22.77, vinte centésimos atrás de Dressel.

O primeiro Hino a tocar na Universidade de Nambu foi o Chinês, porque Sun Yang (CHN) confirmou o favoritismo e venceu de maneira fácil nos 400 livre masculino, com 3:42.44. Um detalhe: ele errou a virada na terceira piscina, mas já tinha feito o suficiente para vencer. Mack Horton (AUS), o segundo com 3:43.17, não quis subir no pódio ao lado de Yang, uma grande torta de climão. Enquanto isso, nas provas femininas, pelo menos nas semis, tudo dentro do script: Sarah Sjostrom (SUE) na raia 4 nos 100 borbo (56.29) e Katinka Hosszu (HUN) metendo o ferro na concorrência, com o perdão do trocadilho, nos 200 medley (2:07.17).

Deixei para o fim a grande prova do dia, os 400 livre feminino. Todos esperavam mais uma vitória de Katie Ledecky (EUA), que não perdia desde 2013. Mas não foi bem o que aconteceu, já que Ariarne Titmus (AUS), nova sensação da natação, calou a boca de geral e faturou com uma última piscina espetacular. Os 3:58.76 foram produto das parciais de 57.12, 1:00.60, 1:00.73 e 1:00.31, com sensacionais 29.61 nos metros finais! À Ledecky, restou a prata, com 3:59.97 e um fim de prova inesperado para ela e para todos. Muito mais lenta que antes. Foi ela quem nadou???

Enfim, logo mais tem mais (pelo horário de Brasília), com os 100 costas f, 100 costas m, 100 peito f, 200 livre m e os 1500 livre f e as finais citadas. Breno Correia, Guilherme Guido (Pinheiros) e Viviane Jungblut (GNU) estão lá. Será que vamos melhorar nossa jornada???

(informações do Best Swimming e Swim Channel - foto de Satiro Sodré/SSPress/Rede do Esporte)

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