Um dia como a natação brasileira sonhou, desejou e imaginou. DOIS RESULTADAÇOS nos 100 livre na terceira etapa do TROFÉU MARIA LENK, no Flamengo, no Rio. DOIS RECORDES. DOIS DA UNISANTA! Stephanie Balduccini (também Michigan) mostrou que É A MELHOR NADADORA DO BRASIL NA ATUALIDADE e Guilherme Caribé (também Tennessee) tornou-se O MELHOR DO MUNDO NO ANO! E mais: ambos superaram os índices, respectivamente, de 54.25 e 48.34.
NO FEMININO...
Giulia Carvalho (Minas/Miami) até largou bem pela raia 3, mas Luanna Oliveira (Minas) e Stephanie dominaram a primeira piscina. Mas foi Stephanie que assumiu a ponta logo na virada. Na parcial, ela cravou 26.13 segundos — um centésimo a menos que pela manhã, que havia sido 26.14. Fortes sinais de que vinha coisa. Balduccini, então, se destacou na volta final, abrindo meio corpo, depois um corpo inteiro de vantagem e rumando para um resultado histórico. E na chegada, Stephanie Balduccini parou o cronômetro em 53.87 segundos. Comemoração imediata: novo recorde sul-americano e brasileiro, feitos alcançados com autoridade. Mais do que isso, ela tornou-se a primeira mulher da história da América do Sul a completar os 100 metros livre abaixo dos 54 segundos — um marco que coloca seu nome entre as melhores velocistas do mundo, para ser mais exato, a décima no ano. Logo após sair da piscina, Stephanie se emocionou ao comentar sobre a expectativa de “três anos esperando para nadar para 53 segundos, senão mais que isso. Estou muito feliz. Essa vai 100% para o meu técnico, que me ajudou a construir minha confiança de volta e, para mim, foi o que eu pude fazer para hoje", disse. Mas foi só o primeiro grande momento.
NO MASCULINO...
Caribé impôs um ritmo fortíssimo já pela manhã, sinalizando que buscava algo grande. Na virada dos 50 metros, ele registrou o impressionante parcial de 22.23 segundos. Esse tempo era suficiente para alimentar a esperança de um novo recorde sul-americano e consolidava sua vantagem com um corpo inteiro à frente dos adversários. Na reta final, Guilherme Caribé manteve o ritmo intenso e fechou a prova com 47.10 segundos. Com isso, estabeleceu um novo recorde do campeonato e cravou sua melhor marca pessoal, tornando-se o nadador mais rápido em território nacional. Trata-se de um feito espetacular, digno dos melhores momentos do esporte brasileiro. O desempenho de Caribé ficou a apenas 19 centésimos do recorde sul-americano de César Cielo (46.91), o que, por si só, já seria motivo de orgulho. Mas o brilho maior veio com a confirmação de que tal tempo representa, até agora, o melhor tempo do mundo em 2025. Essa marca coloca Caribé no topo do ranking global dos 100 metros livre, superando nadadores de peso como David Popovici e Kyle Chalmers. E décimo tempo de todos os tempos. APENAS!! "Estou bem realizado, estou bem feliz. Era o que eu estou buscando há quase dois anos e meio já. Fico feliz de voltar na piscina que andarei meu primeiro 47 e fazer outra melhor marca pessoal, é bem gratificante."
ELE NÃO PARA MESMO!!
Nos 50 peito, a expectativa era a aposentadoria, talvez possível, de João Luiz Gomes Júnior (Pinheiros). Mas, aos 39 anos, ele vai mostrar, em Singapura, que tem lenha para queimar. Ele fez 27.23, dez centésimos abaixo do índice que era 27.33. Destaque também para a excelente filipina de João Vieira Garcia (Pinheiros) na raia 3, ele que foi o terceiro, com 27.94 atrás também de Henrique Borges Fonseca (Unisanta, 27.86). Mas será que João vai mesmo?? "A natação agora é um segundo plano, é uma válvula de escape. Hoje meu amor tá em ajudar a cidade de Limeira (onde ele é da equipe do agora vereador Guilherme Guido) a produzir esporte, né, junto lá com o meu prefeito Murilo Félix, e agradecer pela oportunidade de ter essa missão de vida. Não sei (se é a última vez). não consigo dizer não, pode ser que sim, pode ser que não. Eu tô vivendo um dia de cada vez". No feminino, ninguém abaixo de 30.75, o que não apaga o final fantástico que teve a prova. A vitória foi para a casa, com Gabrielle Assis (Flamengo), com 31.98, mas a se destacar o primeiro pódio nacional absoluto de Manuela Ballan Sega (Americana), com 31.99 e a classificação para o Mundial pela Venezuela de Mercedes Carolina Salazar (VEN/Pinheiros), com 32.08.
400 MEDLEY
Sem motivos de preocupação por já ter índice para o Mundial, Gabrielle Roncatto (Unisanta) venceu os 400 medley feminino com 4:50.80 - o índice era 4:43.06. Mas, a nível de Mundial Júnior - que será em Otopeni (ROM), em Agosto - Ana Júlia Amaral (São Caetano) fez bons 4:52.02 e pode ter garantido vaga entre os 12. Importante ressaltar que esta não é a prova principal da Iron Baby: "Apesar de uma lesão no ombro e pouca preparação no nado borboleta, utilizei minha experiência para controlar a prova e, mesmo com dificuldades, consegui garantir o ouro para a Unisanta."
No masculino, Brandonn Pierry Almeida (Minas) e Stephan Steverink (Flamengo) disputaram até o fim. Brandonn chegou perto demais do índice de 4:17.48, na verdade, seis décimos: 4:18.08. Já com índice, Steverink fez 4:19.17. Brandonn lamentou, mas justificou: “Apesar de não ter atingido o índice desejado, fico feliz por vencer uma batalha mental pessoal, mantendo minha regularidade no pódio por mais de 11 anos. Com apoio do meu novo treinador, Rogério Karfunkelstein, e do clube, celebro mais um ouro e encaro esse resultado como parte do processo contínuo de superação e recomeço.”
E COM ISSO...
O placar deu mais uma mudada. Até as finais B, assim estava...
O Troféu Maria Lenk já está na metade. Nesta quinta, temos os 1500 feminino e 800 masculino, além dos 50 costas, 200 peito e 4 x 200 livre. Muita coisa épica ainda está por rolar!!
(informações da CBDA, Swim Channel e COB - fotos da transmissão da Swim Channel)
Nenhum comentário:
Postar um comentário