domingo, 12 de abril de 2015

TML2015: Um grito parado no ar


E acabou o TROFÉU MARIA LENK 2015, na piscina do Fluminense, na Cidade Olímpica. Com aquele gosto de "poderia ter sido melhor". O torneio deste ano só valeu mesmo à pena pela grande disputa entre Minas, Pinheiros e Corinthians durante os seis dias do evento. Nos cinco primeiros dias, o Minas chegou a estar na frente, por pequena margem. Mas erros na escalação do revezamento, nadadores substituídos às pressas por problemas de saúde e a sucessão de vices do melhor nadador da nossa história, Cesar Cielo (ELE - Minas), além de revezamentos afiados do azulnegro, fez com que acontecesse uma virada sensacional do time do Jardim Europa, que agora é o maior campeão do certame: 14 vezes. O "Curupira" (tradicional grito de guerra da natação pinheirense) não ecoava no alto do pódio desde 2010, em Santos. E foi uma diferença até mínima: 5,5 pontos. 2138,5 a 2133, eis as pontuações finais de Pinheiros e Minas, respectivamente. Completaram o Top-5 Corinthians (1732), Unisanta (1215,5) e SESI (954,50).
Quanto a prêmios individuais, nada de surpresas. Ficaram nas melhores mãos. Etiene Medeiros (SESI) teve o índice técnico pelo desempenho nos 5m costas e Larissa Oliveira (Pinheiros), ganhou o troféu eficiência como a nadadora que mais marcou pontos para o seu clube, com 105 pontos acumulados em quatro provas individuais (50, 100, e 200 livre e 50 borboleta). No masculino, só deu Timão: Felipe França foi o mais técnico pela prova de 50 peito, enquanto Leonardo de Deus foi o mais eficiente com 193 pontos somados nas provas de 200 e 400 livre, 200 borboleta e 200 costas.
Infelizmente o último dia do certame foi o mais fraco de todas as 55 edições do torneio: nos 100 livre feminino, se viu que, diante de holandesas, australianas, norte-americanas, inglesas e etc., ainda comemos poeira. Venceu Larissa, com um f-r-a-q-u-í-s-s-i-m-o 55.11 (pare aí, Flávio, porque ela fez um grande certame e os 200 livre compensam), seguida de Daynara de Paula (SESI), com os 55.34 que agora a põem no time do revezamento 4 x 100 livre de Kazan, e de Manuella Lyrio (Pinheiros), 55.55. Alessandra Marchioro (Unisanta) chegou a liderar nos 50 metros iniciais, mas por uma série de fatores sentiu a volta nas costas e, pela primeira vez em anos, está fora de um mundial. Pra lamentar.
No masculino, até fomos melhores, mas o tempo de Matheus Santana (Unisanta) poderia ter sido melhor que os 48.78. Pelo menos ele foi para o Mundial. ELE fica sem vitórias nas provas individuais chegando em segundo com 48.97.
O melhor resultado feminino veio mesmo dos 50 peito: Jhennifer Alves da Conceição (Flamengo), garantida em Kazan, fez seu melhor tempo na carreira: 31.61. Grandes chances de melhora há. No masculino, poderia ter sido melhor para Felipe França, que fez 27.07. Aqui conferem os demais resultados.
Na próxima matéria, o possível time brasileiro para os mundiais.

(informações do Best Swimming e foto de Satiro Sodré)

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