GIRO GERAL: E as águas não pararam

Não foi só de PAULISTA que viveram os esportes aquáticos pelo mundo, senhores. Por isso, é hora de resumir o que rolou no fim de semana aquático, e foram muitos fatos, neste GIRO GERAL mais do que especial, onde destacaremos um grande feito da Seleção Brasileira de Pólo Aquático, o Brasileiro Infantil de Belém e muito mais. Avante:

TÁ VENDO, DUNGA? ISSO É TIME!!

É triste saber que a monocultura do futebol deixa escondidos vários feitos dos esportes coletivos brasileiros. E um deles aconteceu em Bergamo (ITA): nossa seleção masculina de pólo aquático voltou da Super Final da Liga Mundial de Pólo Aquático com a medalha de bronze no peito, após uma campanha irrepreensível, que começou com uma inacreditável vitória ante a campeã olímpica Croácia, por 17 x 10, seguida de um passeio ante a China, 15 x 7, Já classificada, a seleção se deu ao luxo de ser goleada pela Hungria por 16 x 3, mas nas quartas, sofreu, mas passou pela Austrália, por 9 x 8. Nas semifinais, contra a Sérvia, que sagrar-se-ia campeã, vendemos caro a derrota por 13 x 9. Mas o jogo mais épico viria na decisão do Bronze, contra os EUA: Nos primeiros dois quartos, os norte-americanos dominaram, com parciais duplas de 3 x 1, Mas nos dois quartos finais, a equipe do croata Radko Rudic acreditou e começou uma inacreditável virada, vencendo o terceiro por 3 x 2. Quando parecia impossível, eis que, nos instantes finais, Perrone, Vrlic e Bernardo, a sete segundos do fim, empataram o cotejo e, com 10 iguais, tudo foi decidido nos pênaltis, onde Tony Azevedo, o "brasileiro" dos EUA, errou o tiro e deu a vitória ao Brasil com 14 x 13 (somando tudo, 24 x 23). Foi um resultado histórico para o nosso time, que vai com moral para o Pan de Toronto e as Olimpíadas do Rio. Na final, deu Sérvia, como dissemos, vencendo a Croácia por 9 a 6. E que este resultado sirva de lição para nossa seleção vendida de futebol, que se vendeu pelo vil metal, enquanto nossas feras do pólo aquático sobram na humildade. Boa, garotos!

SHOW DA GERAÇÃO TÓQUIO EM BELÉM

Enquanto isso, na Belém da Fafá, corria, na Universidade Estadual do Pará (UEPA) o CAMPEONATO BRASILEIRO INFANTIL DE INVERNO - TROFÉU RUBEN DINARD DE ARAÚJO, com a geração 2001 e 2002 mostrando que pode brigar por um espaço na Olimpíada de Tóquio, em 2020. O título ficou com o Pinheiros, este campeão pela sexta vez, empatado agora com o Fluminense, com 368 pontos, seguido por Minas e Corinthians, com 293 e 266, respectivamente.

O grande destaque foi mesmo Murilo Sartori (Rio Branco), que foi o mais eficiente no Infantil 1, com 66 pontos, e também teve o melhor índice técnico com uma baixada de 12 segundos do anterior nos 400 livre: o recorde era de Thiago Oliveira, da ACEB, com 4:22.08, agora é de Murilo com inacreditáveis 4:09.93 (!!!). Na mesma prova, no Infantil 2 feminino, uma disputa impressionante entre Aricia Peree (CEPE) e Maria Eduarda Sumida (Pinheiros), que foi a mais eficiente nesta categoria com 54 pontos, terminou com RC da baiana com 4:24.47 (também índice técnico), quinze centésimos abaixo de Sumida. As duas estraçalharam o RC anterior, 4:27.49, de uma então nadadora do Paineiras chamada Bruna Primati, conhecem? A mais eficiente no Infantil 1 foi ela, sempre ela, Sofia Rondel (São José), com 54 pontos. Por sua vez, os 26.65 de Aimel Lourenço (AABB) fizeram-na como melhor índice técnico da categoria, enquanto no Infantil 2 Masculino, o melhor índice técnico foi de Pedro Henrique Carvalho (Marina Barra Clube), pelos 16:33.18 nos 1500 livre (a geração de fundistas acordou?) e Brunno Suzuki juntou 34 pontos ao Paineiras para ser o mais eficiente. Os resultados e os recordes das finais aqui conferem.

NÃO VAI TER AGNEL NEM JEANETTE

O MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS de Kazan terá duas sérias e importantes ausências: Jeanette Ottesen (DIN) e Yannick Agnel (FRA). Primeiro as damas: Ottesen, que defendeu o Corinthians em dois TROFÉUS MARIA LENK estava com o marido Marco Loughran, também nadador, em um carro no centro da capital Copenhague. Foi quando um maníaco numa pick-up, alegando não gostar da velocidade a qual a nadadora dirigia seu carro e ao buzinar, fechou o carro do casal. O desgraçado - que ainda estava com uma criança no colo - agrediu Marco, que estava com cinto de segurança, com pancadas na cabeça. O resultado: corte profundo no supercílio, quatro dentes quebrados, ferimentos na cabeça e no ouvido. Jeanette tentou-se defender, mas foi vitimada pelo louco, tendo, assim, a mão torcida e um ferimento no dedo mínimo, que a deixará três semanas fora de qualquer atividade e, assim, a afastou de Kazan, onde era nome certo para medalhas. Quanto ao infeliz, um homem de 37 anos, ninguém sabe, ninguém viu, Mas que pague caro, muito caro, pelo que fez com um dos maiores nomes da natação atual.

Já quanto a Yannick, atual campeão dos 200 livre, o caso é mais grave: uma infecção pulmonar, mais precisamente uma pleurisia, infecção das pleuras, tecidos que revestem os pulmões e a parede do peito. O tratamento prevê algumas semanas sem atividade, e com isso, Agnel só retorna aos treinamentos em agosto. Este ano, na seletiva francesa, Agnel ganhou a vaga para Kazan nos 200 livre com 1:45.97, quinto do ranking mundial da temporada, além da quarta posição do revezamento 4×100 livre tendo terminado o Campeonato Francês com 48.68. Não haverá substituição de Agnel na equipe e Mehdy Metella que foi quinto colocado na prova com 48.94 deve nadar as finais do 4×100 livre, enquanto Florent Manaudou não nadou a prova dos 100 livre neste ano e deve participar da prova nas eliminatórias. Com a saída de Yannick Agnel, são três campeões mundiais de 2013 que n ão vão defender seus títulos em Kazan. pois além deles, James Magnussen da Austrália operou o ombro esquerdo este mês e não vai poder estar presente para defender o seu bi campeonato dos 100 livre.

ENQUANTO ISSO, EM AUBURN...
Os representantes brazucas dos Tigers não se apresentaram em Santos para sentir melhor o clima norte-americano de Toronto e, aproveitaram para participar do Richard Quick Invitational, um torneio regional em eliminatórias e finais. O aniversariante desta terça Bruno Fratus (Pinheiros/Auburn) - a quem desejamos todas as felicidades do mundo - venceu os 50 livre, mas com tempo pior nas finais do que nas eliminatórias: 22.13, enquanto antes fizera 22.01. Nos 100 livre, deu Marcelo Chierighini (Pinheiros/Auburn), vencendo com 49.30. Ele ainda foi bronze nos 50, com 22.80. Já Beatriz Travalon (Pinheiros/Auburn) foi também terceira nos 100 peito com 1:12.55, enquanto Arthur Mendes Filho (Corinthians/Auburn) foi prata nos 100 e 200 borboleta, com 53.60 e 2:02.32. O único "não-paulista" foi o sul-matogrossense Felipe Lima (Minas/Auburn), vencedor nos 100 peito com 1:01.11. Excelentes ensaios para Toronto.

(informações da Best Swimming e da CBDA e foto da Federação Italiana de Natação)