Desde que voltou da Universíade de Gwangju (COR), Henrique Martins (Minas) se firmou como uma nova expectativa para o time brasileiro no rumo dos JOGOS OLÍMPICOS do ano que vem, no Rio. Parece que hoje, na segunda etapa do TROFÉU JOSÉ FINKEL no Pinheiros, se vê que a expectativa está perto de se tornar realidade. O campineiro venceu os 100 borboleta deles com seu melhor tempo ever, 52.32, e deixou claro à Yes Swim: "cumpri meus dois objetivos: vim para nadar abaixo do índice olímpico (que é 52.36) e vencer a prova". Lucas Salatta (Corinthians) foi prata com 52.72 e Arthur Mendes Filho (Corinthians/Auburn) foi bronze, com 52.89, deixando Nicholas dos Santos (Unisanta) fora do pódio por 9 centésimos.
No feminino, nada de novidades, a não ser a estreia em competições nacionais do fast colorido de Daynara de Paula (SESI). E com triunfo: 58.93. Foi a única a nadar abaixo do 59. Bruna Rocha (Corinthians) até que começou bem, passando na frente com 27.93, mas não aguentou a volta da amazonense, terminando com o segundo posto após fazer 59.59. Daiene Dias (Minas) ficou com o bronze com 1:00.24. Esta seria uma das provas nadadas pela recordista mundial Sarah Sjostrom (SUE), se o Pinheiros não tivesse tomado a triste decisão de retirá-la da competição na última hora.
Aliás, por falar em triste, essa é a situação do nado peito feminino brasileiro, pelo menos nos 200 metros. Não me lembro qual foi a última vez que uma brasileira venceu esta prova no Brasileiro Absoluto de Inverno. Hoje, Taylor McKeown (AUS/Minas) disparou desde o tiro de largada até parar o cronômetro: 2:24.09, novo RC e tempo abaixo do recorde Sul-Americano, que só não vale porque a Austrália, segundo o seriado Carmen Sandiego, já é um continente, mas os pontos sim. A segunda colocada, só pra variar um pouco, foi Júlia Sebastian (ARG/Unisanta), com 2:30.71. Pra você ter uma ideia, duas são as campeãs brasileiras, que chegaram na terceira posição: Andressa Simião Sango (SESI) e Pâmela Souza (Corinthians), com 2:33.16. No masculino, nada de preocupações: se o Finkel valesse vaga para as Olimpíadas, já poderíamos colocar Andreas Mickosz (Corinthians) no balaio, porque ele ficou um centésimo abaixo do índice, com 2:11.65. O "Cabeça" está vivendo uma fase sensacional, como vimos no Paulista de Santos. Atrás dele Thiago Simon (Corinthians, 2:13.10) e Henrique Barbosa (Unisanta, 2:14.37).
Por fim, os 1500 livre deles. Podemos dividir as da prova em duas partes: o início, dominado por Diogo Vilarinho (Minas), líder no primeiro milhar. Mas a partir daí o cansaço pesou: ele terminou em sétimo, com 15:50.08. Aí passamos para a segunda parte: a disputa final entre Miguel Leite Valente (Minas) e Luís Rogério Arapiraca (Unisanta). Mas o minastenista teve um final melhor e faturou com 15:32.45. Arapiraca se cansou e perdeu a prata na piscina final para Lucas Kanieski (Minas), que parou o cronômetro em 15:33.88. O baiano foi bronze, chegando com 15:35.02.
Passadas duas etapas, o placar indica: Minas, agora, na liderança, com 782, e Timão em segundo, com 590. O dia sem grandes triunfos e a falta daquela que seria a maior estrela desta competição parecem ter custado caro ao time da casa, agora terceiro com 510 pontos. Amanhã é dia de 50 livre, prova bastante esperada para vermos como vamos nos virar sem ELE. E ainda: 400 medley, 800 livre e 4 X 200 livre. Se Sarah tivesse vindo, poderia ser diferente...
(Informações da Best Swimming, CBDA, Yes Swim e Terra, foto de Carolina Moncorvo)
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