segunda-feira, 14 de março de 2016

GIRO GERAL: Não se podem parar as águas

Apesar deste site estar ocupado cobrindo mais um Torneio Regional, o mundo dos esportes aquáticos continuou girando. E segunda-feira é dia do GIRO GERAL, nosso mais tradicional quadro, destacando os fatos mais importantes no mundo aquático, hoje com destaque para as maratonas aquáticas, a volta de Ruta Meilutyte e o show de Adam Peaty. A isso:

REI E RAINHA DO MAR: NEM A CHUVA INCOMODOU
Apesar do tempo ruim ter modificado um pouco o trajeto, o Circuito Rei e Rainha do Mar, acontecido entre o Leblon e o Arpoador, na Cidade Olímpica, não foi em quase nada afetado, com relação à sucesso. Mais de 3500 atletas de todo o Brasil competiram em vários esportes e metragens, com destaque para a prova Challenge, que, previsto para 3,5 km, foi modificado em menos 2 km pela chuva. Em ambas as provas, GNU em primeiro, Unisanta em segundo. No masculino, deu Matheus Evangelista, seguido de Victor Colonese. E no feminino (foto acima), vitória de Gabriela Ferreira, com Catarina Ganzeli em segundo.
"As ondas foram o maior desafio de todos tanto na entrada quanto na saída do mar, e ainda tivemos uma corrente contra durante todo percurso. Mas graças aos ótimos cuidados da organização, foi realizada uma excelente prova com as adaptações necessárias para que todos completassem (a prova) com segurança, e se mantivesse uma prova desafiadora", disse Ganzeli nas redes sociais, comemorando o fato de só ter perdido por Gabriela, que é uma atleta de seleção.

ENQUANTO ISSO, NO PARAGUAI
Não podemos dizer que o Brasil foi mal, mas bem também não foi nas provas de maratona aquática do SULAMERICANO DE ESPORTES AQUÁTICOS, em Assunción (PAR), a terra da Galopeira. Tivemos que assistir um show de Argentina e Equador nas águas do Rio Paraguai, no Yacht Club Paraguayo. Nos 10 km, foi triste. Nosso melhor resultado foi o quarto lugar de Viviane Jungblut (GNU), com 2:08.13, seguida de Betina Lorscheitter (GNU). Mas em ambos, pódio argentino e equatoriano: Miguel Carrizo (ARG, 2:00.28), seguido de Gullermo Bertola (ARG) e Ivan Enderica (EQU) (o melhor brasileiro foi Fernando Ponte, quinto lugar, com 2:01.19). No feminino, Cecilia Biagioli (ARG) foi a vitoriosa, com 2:05.49, seguida das equatorianas Samantha Arévalo e Nataly Caldas.
Nos 5 km, até fomos bem. No feminino, só Arévalo, com 1:03.10.74, foi melhor que Betina (1:03.23.77) e Jungblut (1:04.02.01), enquanto no masculino, o veterano Ivan Enderica faturou com 0:59:33.91, com Victor Colonese (Unisanta) em segundo (0:59:39.80) e Bertola (0:59:42.30). Por fim, na prova por equipes, vitória dos Hermanos, que tiveram Bertola, Carrizo e Biagioli cumprindo 32:44.07, com o Equador, dos irmãos Ivan e Santiago Enderica e de Samantha, chegando em segundo, 33:07.21, e ao Brasil, que teve Ponte, Colonese e Betina, o bronze, com 34:47.20.
As medalhas são bem-vindas, mas, pelo Brasil não ter saído com ouro pela primeira vez, o sinal amarelo está ligado. Certo é que os nadadores argentinos e equatorianos venceram pela experiência, mas mostra que é preciso resultados bem melhores da nossa maratona aquática para que não seja necessária uma dependência do trio Ana Marcela-Poliana-Allan.
Hoje embarca a seleção de nado sincronizado, e esperemos que nossas sereias, neste final de semana, motivem a primeira execução do nosso Hino Nacional em Assunción.

EDIMBURGO: SHOW E RETORNO
Um Torneio internacional de Natação foi a grande atração internacional deste fim de semana. E falando em atração, Ruta Meilutyte (LIT) regressou à natação para sua primeira apresentação após um acidente de bicicleta que a afastou no fim do ano passado. E mostrou que não perdeu o estilo: nos 100 peito, a atual campeã olímpica fez nada menos que 1:05.82, segundo tempo do ano, atrás apenas de Yuliya Efimova (RUS), doze centésimos abaixo, na ARENA PRO SWIM SERIES de Orlando. À Swim Swim, seu técnico disse que ela só irá polir para os JOGOS OLÍMPICOS RIO 2016, sendo a próxima competição o Mare Nostrum, em Barcelona.
Ainda teve mais: na mesma prova e em versão masculina, Adam Peaty (GBR) continua sobrando, tendo feito o melhor tempo do ano: 59.55. Já Ben Proud (GBR) se revelou mais um grande nome para as provas livres, com o terceiro tempo do mundo nos 50 (21.77, quatro centésimos acima do recorde britânico) e 48.52 nos 100, só faltando três centésimos para o recorde nacional.
Destaques também para Ranomi Kromowidjojo (HOL), vitoriosa em todas as provas livres, com destaque para os 53.31 dos 100, para Mie Nielsen (DIN) com o segundo melhor tempo do ano nos 100 costas, 59.16 e Siobhan O’Connor (GBR), vitoriosa nos 200 medley com o terceiro melhor tempo do mundo: 2:10.32.
Enquanto isso tudo acontece, no Brasil, não sabemos nem se vai ter evento depois do Maria Lenk...

NOSSOS GAROTOS IN AMERICA
Na Division II da NCAA, em Indianapolis, levamos 10 rapazes e fomos bem. Destaque para Thiago Sickert (Unisanta/Nova Southeastern), que faturou nosso único ouro individual, nas 200 jardas borboleta, 1:44.69. Ele ainda foi vice nas 100 livre, com 43.03, apenas perdendo para o moldavo Serghei Golban, que fez 42.96. Ainda tivemos Edson Lima ganhando dois revezamentos para a Florida Southern, nos 4 x 50 e 4 x 100 medley. Também houve bronzes para Matheus Assis (Saint Leo) nas 50 livre, com 19.71, e Gabriel Souza (Pinheiros/Grand Valley) nas 100 borboleta com 47.01.
Esta semana começa, em Atlanta, a Division I feminina, infelizmente sem brasileiras, mas semana que vem, será a vez dos meninos, também na piscina da Georgia Tech, a mesma dos Jogos Olímpicos 1996. Três nossos vão: Arthur Mendes (Corinthians/Auburn), Pedro Coutinho (Louisville), estes se despedindo da NCAA, e Vinícius Lanza (Minas/Indiana), este estreante. Ambos estarão nos 100 borboleta e nos revezamentos. Já Arthur nadará também os 200 borboleta e Lanza, prata no Mundial Júnior nos 100 borbo, também vai aos 200 medley, podendo repetir uma trajetória seguida por Ricardo Prado, vitorioso nos anos 80 pela SMU. A startlist aqui está.

(informações da Best Swimming, Swim Swam, Yes Swim e foto tirada do Instagram de Catarina Ganzeli)

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