quinta-feira, 31 de março de 2016

SUL-AMERICANO: Primeira noite quase perfeita

No geral, foi positiva a primeira noite da natação do SUL-AMERICANO DE DESPORTOS AQUÁTICOS para o Brasil. Saímos do Centro Aquático Nacional de Assunción, a capital paraguaia, com cinco ouros, quatro pratas e cinco bronzes.
O destaque foi mesmo para o nado costas nacional, nos 100 metros. No masculino, Guilherme Guido (Pinheiros) confirmou a hegemonia e conseguiu o tricampeonato seguido, com um bom 53.40, mantendo o nível e nadando abaixo dos 54. O companheiro de time Fábio Santi (Pinheiros) foi prata com 55.11 e Omar Pinzón (ARG) completou o pódio, chegando 38 centésimos depois. Já no feminino, mais uma vez faltou pouco para Etiene Medeiros (SESI) nadar abaixo do minuto. E olha que a disputa foi intensa com Andrea Berrino (ARG) e Natalia de Luccas (Corinthians), mas a pernambucana levou a melhor com 1:00.38, a 13 centésimos do índice, quinto melhor tempo seu ever. O problema, novamente, foi o final. Berrino bateu o recorde argentino ao marcar 1:00.47 (era 1:01.04, da própria) e de Luccas fez 1:01.94, melhor tempo seu da temporada.
O terceiro ouro veio de Manuella Lyrio (Pinheiros), nos 200 livre, com direito a RC: 1:58.94. Pela primeira vez na história, uma nadadora faz tempo abaixo de 1:59 em Sul-Americanos, e o tempo ainda é índice olímpico (que ela já tem). A prata foi de Andreína Pinto (VEN), recorde venezuelano com 1:59.08. O bronze também foi brasileiro: Jéssica Bruin Cavalheiro (SESI), com 2:00.68. No masculino, esperava-se um duelo entre Frederico Grabich (ARG) e Christian Quintero (VEN). Mas o venezuelano se poupou e abriu caminho para o show do portenho, com recorde nacional, 1:47.39. Outro que se aproveitou da ausência de Quintero foi Luiz Altamir Mello (Flamengo), prata com 1:48.62, vinte e oito centésimos acima do seu melhor tempo. O bronze ficou com Marcos Lavado (VEN, 1:50.03), o local ex-bi-campeão Ben Hockin foi o quarto (1:50.55) e Leonardo de Deus (COR) chegou em quinto, com 1:51.62.
Na prova seguinte, os 200 medley, Joanna Maranhão (Pinheiros) novamente teve uma Bardach no meio do caminho: se Georgina foi bronze em 2004 nos 400, Virgínia (ARG) fez uma prova perfeita para bater novo RC com 2:13.46 e garantir vaga para a Olimpíada (a quinta de uma Bardach, já que Georgina esteve nas de 2000, 2004, 2008 e 2012). Joanna foi prata com (2:14.09), só sentindo a parcial de peito (40.14), mas indo bem nas demais. Florencia Perotti (ARG/Pinheiros) completou o pódio com 2:17.54, ultrapassando no final Nathália Almeida (Flamengo), que veio seis centésimos depois. Entre os homens, sem surpresas: Henrique Rodrigues (Pinheiros) com 2:01.18, levou o bi, só não sendo melhor por uma deslizada no final. Carlos Omana (VEN) foi prata com recorde nacional de 2:01.87 e Ícaro Ludgero (Fluminense) foi bronze com 2:03.05.
Na última prova individual, os 100 peito, a disputa argentina foi vencida por Macarena Ceballos, novo RC e Recorde Argentino com 1:08.46, enquanto Julia Sebastian (Unisanta) foi prata com 1:09.82. O pódio foi completado por Pâmela Souza (Corinthians), com um bom 1:11.05. A estreante Ana Giulia Zortea (Flamengo) foi a sexta colocada com 1:12.41, seu melhor tempo ever. No masculino, o Brasil perdeu a hegemonia de 18 anos porque Carlos Claverie (VEN) aproveitou-se do cansaço do anteontem aniversariado Raphael Rodrigues (Unisanta) e venceu no fim com 1:00.82, novo RC. Rodrigues foi prata com 1:01.37 e Jorge Murillo (COL) fez um bom final para ser bronze com 1:01.88, dez centésimos antes de Ricardo Prono, que bate recorde local.
No revezamento 4 x 100 livre deles, Alan Vitória (Minas, 23.72, 49.93), Henrique Rodrigues (24.15, 51.01), Luiz Altamir (23.97, 50.08) e Pedro Spajari (Pinheiros, 23.51, 49.58) conquistaram o bronze com 3:20.60, tendo a campeã Argentina feito 3:17.54 e a Venezuela, prata, 3:19;50. No feminino, não teve pra ninguém: Graciele Herrmann (GNU, 27.21, 56.57), Daynara de Paula (SESI, 27.24, 56.07), Manuella Lyrio (26.74, 55.15) e Etiene Medeiros (26.09, 56.12) nos deram 3:43.91 e assim colocou o Brasil há 20 anos no topo, com a Colômbia em segundo (3:50.37) e a Argentina em terceiro (3:52.99).
Nesta quinta, segundo dia de jornadas, teremos os 50 peito, 200 costas, 400 livre e o 4 x 100 medley misto. Promessa de mais disputas!

(informações do Best Swimming, Yes Swim e fotos de Satiro Sodré/SSPress)

Nenhum comentário:

Postar um comentário