domingo, 3 de abril de 2016

SUL-AMERICANO: Brasil 6 x 4 Argentina

Brasil e Argentina monopolizaram as vitórias na penúltima etapa da natação no SUL-AMERICANO DE ESPORTES AQUÁTICOS, que está rolando no Centro Aquático Nacional de Assunción (PAR). Na verdade, seriam cinco vitórias para cada lado, mas Martin Nadich (ARG) se precipitou e pulou antes de Frederico Grabich (ARG), na verdade quatro centésimos antes, e isso custou aos argentinos a vitória histórica nos 4 x 200 livre masculino, com ultrapassagem no final de Grabich sobre Luiz Altamir Mello (Flamengo). Vitória brazuca, com 7:24.42, sendo 1:50.53 de Giovanny Lima (SESI), 1:50.85 de Leonardo de Deus (Corinthians), 1:53.66 de Brandonn Pierry Almeida (Corinthians) e 1:49.38 de Altamir. Venezuela subiu para o segundo posto com 7:25.69 e Colômbia completou o pódio com 7:37.02. No feminino, não houve sustos para Joanna Maranhão (Pinheiros, 2:00.65), Jessica Bruin Cavalheiro (SESI, 2:00.69), Bruna Primati (SESI, 2:03.19) e Manuella Lyrio (Pinheiros, 1:59.76), que faturaram o ouro com 8:04.29, novo RC e a foto desta matéria.
E olha que Joanna tinha acabado de perder outra batalha para Virgínia Bardach (ARG), que mais e mais se revela sua maior concorrente no continente doravante, o que faz com que este já seja um ótimo tempo no Maria Lenk. A argentina e a pernambucana disputaram palmo a palmo os 400 medley, mas a irmã de Georgina decidiu tudo no nado de peito (o ponto fraco de Joanna), e venceu mais uma com 4:42.62, novo índice olímpico, contra 4:43.31 (e olha que ela estava na frente nas duas primeiras piscinas). Florencia Perotti (ARG/Pinheiros) completou o pódio com 4:50.27 e Bruna Primati (SESI) foi a quarta, com 4:53.04. No masculino, o domínio foi total do Tsunami Brandonn. Uma deslizada no final o impediu de bater o recorde de Thiago Pereira (Minas/Florida) por 32 centésimos (ele fez 4:17.78), mas foi soberano durante toda a prova e não tomou conhecimento dos rivais. Carlos Omana (VEN) só fez 4:23.11 e Matias Chaparro (PAR) bateu o recorde nacional com 4:27.23, motivando muita festa entre os locais. Ícaro Ludgero (Fluminense) foi o quarto com 4:28.75.
Etiene Medeiros (SESI) teve dose dupla e duas medalhas. Nos 100 livre, ouro e RC com 54.83 e dobradinha com Lyrio, prata com 55.07. Nos 50 costas, logo a sua prova, surpresa, surpresa, ela foi superada por Andrea Berrino (ARG): 28.11 (oitavo melhor tempo do ano) contra 28.17 da vice-campeã mundial nesta prova. Talvez pelo cansaço de uma prova depois da outra, ou pela não-preparação, por não se tratar de uma prova olímpica, a pernambucana perdeu o poderio que teve no continente, pelo menos por agora. A ressaltar que Ana Giulia Zortea (Flamengo) ficou o bronze, empatada com Jeserik Pinto (Venezuela), ambas com 28.98. É o melhor tempo de uma brasileira aos 15 anos, novo recorde brasileiro juvenil e acende a esperança de que Giulia consiga o que Etiene (ainda) não conseguiu.
Nos 50 costas masculino e nos 50 borboleta feminino, dobradinhas brazucas: Guilherme Guido (Pinheiros) ficou a pouco dos 24, concluindo com 25.07 e Fábio Santi (Pinheiros) surpreendeu tirando o bronze de Charlie Hockin (PAR) no último centímetro e por dois centésimos: 25.85 a 25.87. Entre os brasileiros, Robinson Molina (VEN), com 25.74. Nos 50 borboleta delas, Daiene Dias (Minas) teve uma saída melhor que Daynara de Paula (SESI) e bateu seu RC com 26.53 contra 26.68 da manauara, outrora recordista com 26.77. Já nos 100 livre e 50 borboleta deles, nada de brazucas no pódio: Federico Grabich e Christian Quintero (VEN) ficaram 10 centésimos distantes, 49.59 a 49.69, e bateram os recordes nacionais de seus países. O melhor brasileiro foi Pedro Spajari (Pinheiros), 50.12 e quarto lugar, contra 50.29 e quinto de Alan Vitória (Minas). Fez falta o neste sábado aniversariado Matheus Santana (Unisanta), melhor, ao nosso ver, da distância no continente hoje em dia que nada por aqui. Já nos 50 borboleta, nosso melhor e único representante foi Henrique Rodrigues (Pinheiros), sexto com 24.66 empatado com Oliver Eliot (CHI). A vitória foi de Santiago Grassi (ARG), 24.03.
A uma etapa do final, nada definido. Brasil na frente (388 pontos, 36 medalhas, 17 de ouro, 10 de prata, 9 de bronze), Argentina em segundo (322 pontos, 27 medalhas, 13  ouros, 8 pratas e 8 bronzes) e Venezuela em terceiro (198,5 pontos, 18 medalhas, 3 de ouro, 7 de prata e 8 de bronze). Amanhã, a disputa termina com os 100 borboleta, 200 peito e os 800 livre delas e 1500 livre deles. E tudo se resumirá a isso. Depois, só o Maria Lenk.

(informações do Best Swimming e do Yes Swim, foto de Satiro Sodré/SSPress)

Nenhum comentário:

Postar um comentário