sexta-feira, 24 de junho de 2016

CPB: O futuro lar da natação brasileira?

Certo é que se chama Centro Paralímpico Brasileiro e foi construído na Rodovia dos Imigrantes, região do Jabaquara, quase próxima à saída dos ônibus de São Paulo para Santos e anexa à São Paulo Expo, pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) como maior legado para os JOGOS PARALÍMPICOS RIO 2016, que realizar-se-ão depois dos Olímpicos, em Setembro, tendo um custo de 264 milhões de reais (149 do Governo Federal e 114 do Estadual). Certo é que tem capacidade de receber 282 atletas de 15 modalidades, entre elas, goalball, atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, futebol de 5 e de 7, esportes sentados como vôlei, basquete, tênis e rugby e judô.
Mas a grande menina dos olhos do CPB é a piscina, que está na foto acima. Com tecnologia Myrtha, é o grande chamariz daquele que é considerado o mais avançado complexo esportivo do Brasil. Lá, há a piscina principal, com placar eletrônico da Omega, blocos Myrtha nas duas cabeceiras, arquibancada moderna, com 800 lugares, e o sistema de bulk-head, ou seja, de borda móvel podendo ajustar o local para duas piscinas de 25 metros. Anexa, está uma outra piscina de 25 metros, para aquecimento e soltura, e ainda há três piscinas de recuperação. E mais: a piscina já é aquecida e bem climatizada, o que evita problemas de temperatura (né, São Caetano do Sul?).
Por tudo isso, mesmo sendo feita para o time paralímpico de Leonardo Araújo, que tem nos dado orgulho mundo afora, ela pode ser, sim, feita para sediar eventos para os atletas, vá lá, normais. A CBDA entendeu assim e escolheu tal complexo para a aclimatação da seleção olímpica a partir de 26 de Julho, vencendo Los Angeles (mais pela crise) e João Pessoa. Os horários, manhã e noite, são os que mais se aproximam dos adotados dos jogos.
Já neste fim de semana, tem o primeiro evento oficial no CPB: a etapa de São Paulo do Circuito Caixa de Natação e Atletismo, penúltima seletiva paralímpica para a natação e com a presença das feras que vão nos dar alegrias, já que, como vimos, temos mais ouvido nosso Hino Nacional em competições paralímpicas desde os tempos de Clodoaldo Silva. E mais: a Federação Aquática Paulista, entendendo que a piscina do Corinthians não apresenta clima suficiente para os atletas que vão disputar o CAMPEONATO PAULISTA INFANTIL DE INVERNO, já que, como em São Caetano, não há climatização no Parque Aquático Mário Xavier (e o Finkel de 2013 comprovou isso), para lá transferiu o certame, que, assim, será o primeiro oficial dos "atletas normais" ali.
Outra coisa: até agora, a CBDA não anunciou em que lugar de São Paulo fará o TROFÉU JOSÉ FINKEL, que vai ser a primeira competição da natação brasileira após os JOGOS OLÍMPICOS RIO 2016 e única seletiva para o MUNDIAL DE PISCINA CURTA de Windsor (CAN), em Dezembro. Forte é a possibilidade de ser no CPB, já que as piscinas do SESI, da Vila Leopoldina, do Itaguará Country Club, em Guaratinguetá, e do Internacional, de Santos, são boas, mas sujeitas a chuva e trovoada.
Com tudo isso que resumimos, poderíamos chamar o CPB de Casa da Natação Brasileira, já que, pelo que a Best Swimming falou, nada se deve lá às grandes arenas internacionais de natação. Temos certeza de que bons capítulos da natação "normal" e paralímpica lá serão escritos.

(informações da Best Swimming e da FAP - foto de Ivo Felipe, Comitê Paralímpico Brasileiro)

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