sábado, 10 de setembro de 2016

TROFÉU JOSÉ FINKEL: Que comece uma nova história

 
 
Quando, em 1970, o jovem nadador paranaense José Finkel, do Centro Israelita, perdeu uma inesperada batalha para o câncer, Berek Krieger, então presidente da Federação Paranaense de Desportos Aquáticos, teve uma ideia: juntar grandes nomes e equipes da natação brasileira para um torneio em homenagem àquele que poderia ter sido um dos maiores nomes do nado peito, podendo até fazer sombra ao maior peitista daquela época e ex-recordista mundial José Sylvio Fiolo. Nascia o TROFÉU JOSÉ FINKEL, que reunira, naquele Abril de 1972, times de todo o país na piscina curta do Israelita e fora vencido pelo Botafogo de Fiolo. O sucesso foi tão grande que a então CBD ratificou já em 1973 este torneio como Brasileiro Absoluto de Piscina Curta, muito embora, algumas vezes, ocorre em piscina longa. Este torneio marcou, assim, um renascimento para a então fraca natação paranaense
Eis que, 44 anos depois, está a ponto de começar mais um Finkel. A palavra de ordem é essa: renascimento. Depois da pífia e patética campanha da natação brasileira nos JOGOS OLÍMPICOS RIO 2016, sem nenhuma medalha, o ciclo Tóquio 2020 começa naquela que é considerada "a piscina mágica", no Internacional da Ponta da Praia, em Santos, que desde 2005 não recebia a jornada. Afinal, se ali Gustavo Borges batera dois recordes mundiais nos 100 livre, um sozinho e outro com Fernando Scherer, José Carlos Souza e Teófilo Laborne, no revezamento 4 x 100 livre, ali, em 1993, há uma grande possibilidade de ótimos tempos para ser formada a Seleção Brasileira que vai a Windsor, no Canadá, disputar o MUNDIAL DE PISCINA CURTA em Dezembro.
Sendo a única seletiva para tal evento, grande parte da natação brasileira diz presente, com exceção de Cesar Cielo (Minas/Arizona), que optou se preparar para o OPEN de Palhoça. Mas Minas, Pinheiros, SESI, Corinthians e Unisanta vem com praticamente a sua força máxima. O atual campeão quer continuar sendo a Máquina e se juntar a Pinheiros e Flamengo com o maior número de títulos. Enquanto Fla e o azulnegro tem 12 taças, o Minas tem 11. E Thiago Pereira (Minas/Florida), Henrique Martins, Ítalo Manzine Duarte, Carolina Bilich, Kaio Márcio, Nicolas Nilo Oliveira, Lorrane Ferreira, Daiane Dias, Alan Vitória e Daiane Becker estão na linha de frente do time mineiro para manter a coroa. Mas o Pinheiros tem Joanna Maranhão, Larissa Martins Oliveira, Jhennifer Alves da Conceição, Carol Mazzo, João Luiz Gomes Júnior, Gustavo Silva Santos, Daniel Orzechowski, Raphael Rodrigues, Pedro Cardona e os internacionais Marcelo Chierighini, Bruno Fratus e Beatriz Travalon, ambos vindos de Auburn, para tentar acabar com a sequência minastenista, que dura desde 2011. Em 2005, última vez que acontecera o evento, o campeão foi o time do Jardim Europa.
O Corinthians vem com uma geração mesclada: Felipe França, Natalia de Luccas (que aniversaria no segundo dia do evento), Leonardo de Deus, Bruna Rocha, Andreas Mickosz, Brandonn Pierry Almeida, Lucas Salatta e Thiago Simon vem junto com os novos Sofia Rondel, Letícia Maria Rodrigues, Julia Simioni, Victoria Izidro e Kauê Carvalho. O SESI, debilitado pela crise econômica, não tem mais Fernando Possenti, mas ainda tem Etiene Medeiros, Daynara de Paula, Carolina Diamante, Bruna Primati, Jéssica Bruin Cavalheiro (em seu último Finkel), Giovanny Lima. Sabrina Todão e Priscila Souza. Na Unisanta, um time pequeno porém decente, liderado por Gabrielle Roncatto, Matheus Santana e Tales Cerdeira, mas que tem também Alessandra Marchioro, Fernanda Carobino, Aline Saporito, Yago Ferrari, Henrique Barbosa, Guilherme Costa, Luiz Rogério Arapiraca, Rafaela Rosa, Felipe Ribeiro de Souza, Julia Sebastian, Andrea Berrino e Gabriel Cardenes.
Prestar também atenção no Flamengo de Nathália Almeida e Luiz Altamir, no GNU de Gracielle Hermann e André Pereira, no Rio Preto Automóvel Clube de Andressa Sango, no São José, que traz Walter Lessa, Bianca Avella, Dandara Antônio e Jander Lazaroni, e no Marina Barra Clube, que traz Maria Pessanha, sempre surpreendente. O balizamento completo aqui está.
A lamentar apenas mais uma vez não haver transmissão televisiva (dessa vez justifica-se, já que todo o núcleo olímpico do SporTV está nas Paralimpíadas), mas o FamilAquatica não vai deixar você na mão. Em seu segundo Finkel in loco seguido (sendo o quarto deste repórter), vamos atualizar você em tempo real pelo Twitter e trazer panoramas diários com entrevistas e fotos no nosso Flickr. E pela primeira vez faremos o evento na íntegra, do início ao fim (no último, no Pinheiros, só fizemos de quarta a sábado). Então, fique conosco durante essa jornada!
 
(informações da CBDA e do Best Swimming - foto de Satiro Sodré/CBDA/SSPress/2005)

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