quinta-feira, 15 de setembro de 2016

TROFÉU JOSÉ FINKEL: Uma ressaca de bons tempos!


Enquanto uma forte ressaca atingia a Ponta da Praia, em Santos, as ondas não tiveram poder suficiente para deter o tsunami de tempos bons no TROFÉU JOSÉ FINKEL, na Piscina Mágica do Internacional. Para vocês terem uma ideia, tivemos três recordes - um sul-americano e dois de campeonato, e ainda dois índices para o Mundial de Piscina Curta de Windsor (CAN).
Começaremos pelo 100 peito deles, que consagrou a dupla de Felipes, França (Corinthians) e Lima (Minas/Auburn), com as duas vagas para o Canadá. França fez 56.81 e Lima, 56.96, ambos abaixo do poderoso índice de 57.06. Fora dos Jogos Olímpicos, Lima celebrou a grande fase na piscina curta: "A vida de um atleta é de altos e baixos. Eu conquistei a vaga da Seleção Olímpica em Londres 2012 e no Rio 2016 não tive esta felicidade. Agora estou de volta à Seleção com este índice e quero focar as etapas da Copa do Mundo (de Piscina Curta), já que tenho seis pela frente, para continuar baixando meus tempos", disse o Sul-Matogrossense, que veio de ótimas atuações na perna europeia de tal evento: "essas etapas me deram ritmo muito forte para o índice e estou muito feliz com o resultado". Já França explicou a sua excelente vitória e a nova chance de defender o título mundial: "tomei uma estratégia forte, fiz 26.0 - quando ganhei em Doha, fiz 26.2 - mas, esse pós-Olimpíada e relaxamento pesou para a volta. Mas graças a Deus consegui cravar este índice". Na parte feminina, Jhennifer Alves da Conceição (Pinheiros) martelou, martelou, mas não conseguiu o Recorde Brasileiro. De manhã, nas eliminatórias, faltaram 8 centésimos para tal (1:06.57). À noite, a friburguense melhorou, mas ainda faltaram 6 centésimos (1:06.55) para superar o 1:06.49 que Tatiane Sakemi, então no Pinheiros, fizera no Mundial de Berlim, o último com trajes tecnológicos. Mas ela explicou: "faltou um pouquinho de fôlego no final, apoiar mais um pouco. Talvez eu me desesperei muito para poder bater o recorde e acabou não dando. Mas foi um ótimo resultado, meu melhor tempo. Então está valendo", disse. O índice era 1:04.82.
Nos 200 borboleta feminino, Joanna Maranhão (Pinheiros), a um mês de seu casamento com Luciano Corrêa, segue em lua-de-mel com as águas e abaixou seu próprio RC. Antes, 2:08.09. Hoje, 2:07.17 (pouco acima dos 2:05.52 do índice), seu melhor tempo sem trajes. Depois dela, Manuella Lyrio (Pinheiros), também em ótima fase, com 2:10.54. E a se destacar a terceira colocada, Maria Luiza Pessanha (Marina Barra Clube), em boa fase, com seu melhor tempo ever, 2:11.90. "Desde o Open de 2013 ganho uma medalha, a princípio nos 100 costas, e a partir dos 200 borboleta eu ganho nos 200 borbo. Mas acho que a minha virada poderia ter sido melhor". Na parte masculina, Leonardo de Deus (Corinthians) encostou no índice, que era 1:52.13, mas ficou no 1:52.31. "Tanto de manhã quanto de tarde eu nadei muito bem, fiquei perto do índice para o Mundial, mas pelos critérios técnicos, provavelmente eu lá vá. Mas se houver vagas em disputa no Open de Palhoça (SC) para o Mundial de Piscina Longa, em Budapeste, talvez me prepare mais para lá, pois sou melhor na longa, todos sabem", disse.
A ressaca de recordes continuou com Miguel Leite Valente (Minas), nos 800 livre. A prova não dava índice para o Mundial, mas ele se satisfez com o novo Recorde Sul-Americano e seu melhor tempo ever, 7:42.79. "Estou muito feliz, porque o tempo anterior era muito antigo (era de Armando Negreiros, 7:43.52) e mesmo que eu não chegasse, o Brandonn (Pierry Almeida, Corinthians), bateu abaixo do tempo, porque fez 7:43.06. Eu até desejava que os 800 livre masculino fosse prova para o Mundial, mas valeu a pena para me divertir", disse.
Ainda tivemos mais um RC com as meninas do SESI no 4 x 100 livre feminino. Etiene Medeiros, Daynara de Paula, Priscila Souza e Sabrina Todão superaram um inspirado Minas na reta final para cravar 3:36.56. O RC anterior era do Minas: 3:37.53. Falando pelo time, Priscila foi só felicidade: "foi muito bom e gratificante porque eu adoro essa equipe. Nadar com elas é bem divertido e isso dá uma química boa para a gente continuar". No masculino, deu Pinheiros, com Marcelo Chierighini, Bruno Fratus (ambos também por Auburn), Gabriel Silva Santos e Pedro Spajari cravando 3:10.10.

FIM DA LINHA PARA A IRON BABY
Não haverá mais Gabrielle Roncatto (Unisanta) neste Troféu José Finkel. Por razões médicas, ela se despede mais cedo da competição e nos explicou os motivos: "eu fiquei com febre, sintomas de dor de cabeça e até suspeita de infecção ou dengue. Mas o médico do Santa achou melhor que eu saísse. Eu já estava sentindo febre de 39 graus na segunda. Foi um grande sinal do meu corpo. Precisava desse descanso". Matheus Santana também já era desfalque da competição por problemas na pele.
Ela ainda nos falou da eleição de "musa olímpica" através do Ego: "não mudou nada. Continua a mesma coisa. Foi só uma brincadeira, nada demais". E ainda mandou um recado para seus fãs e amigos: "continuem na torcida por mais índices". Ela deve voltar no Campeonato Brasileiro Júnior de Natação/Troféu Júlio de Lamare na Vila Olímpica Parahyba, em João Pessoa (PB).

NADA DEFINIDO
Pinheiros, Corinthians e Minas seguem na disputa pelo título do Finkel. O Azulnegro segue na frente, com 1449, o Minas, em segundo, com 1240, e o Timão, tem 1018. A Unisanta está em quarto, com 762,50.
Entramos na reta final do certame, com provas que podem aumentar os índices para Windsor: 200 medley, 50 borboleta, 400 livre e 50 costas, além do 4 x 50 misto. Preparem-se: o gran finale pode começar.

Confira aqui as fotos desta tarde e noite.

(informações da CBDA e Best Swimming - fotos deste repórter)

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