terça-feira, 17 de abril de 2018

TROFÉU BRASIL MARIA LENK: recordes e quase-recordes



Na primeira rodada de finais do TROFÉU BRASIL MARIA LENK, no Parque Aquático de mesmo nome, no Rio de Janeiro, já podemos ver que um grande show de tempaços vai novamente acontecer, como no ano passado. Já tivemos recorde sul-americano, recorde de campeonato e dois quase recordes. Tem coisa melhor para começar?

O recorde sul-americano foi, surpresa surpresa, de Fernando Scheffer (Minas), nos 400 livre masculino. Quem esperava Guilherme Cachorrão Costa (Pinheiros/RKF) ou Brandonn Pierry Almeida (Corinthians/South Florida) abaixando a marca do segundo citado que era 3:49.46, se surpreendeu com o final espetacular do gaúcho advindo do GNU. Um tempo irreparável de 3:49.06, o 19º do mundo. "Eu já estava nadando para esta marca e fico muito feliz. Começar o ano desta maneira é muito importante e estimulante para o restante da temporada", disse Scheffer a João Paulo de Castro. Pelos tempos, pode ser que ele se garanta para o PAN-PACÍFICO de Tóquio. No feminino, também teve vitória gaúcha, e de clube gaúcho: Viviane Jungblut (GNU) também teve um final maravilhoso ante Gabrielle Roncatto (Unisanta) e venceu com 4:12.47, contra 4:13.41 da Iron Baby. Já Rafaela Raurich (Curitibano) melhorou o tempo da manhã e completou o pódio com 4:14.12, agora seu melhor tempo ever.

Nos 100 borboleta deles, um tempo top-5 para Vinícius Lanza (Minas/Indiana). Se ainda não é o recorde brasileiro (que segue com Gabriel Mangabeira, 51.02), ele consegue o quarto tempo do mundo com 51.42. Apenas a chegada não foi suficientemente boa, mas já é um grande avanço. O segredo? "Raspei o cabelo, o que foi uma das dicas do Kaio Márcio. Esse 51 já estava me incomodando, mas eu consegui chegar lá". Iago Moussalem (Pinheiros) só não conseguiu chegar ao 51 porque saiu mal mas fez seu melhor tempo ever, de 52.09. No feminino, Daynara de Paula (SESI) não melhorou seu tempo, mas conseguiu o tri-campeonato da prova (tinha sido campeã em 2011 e 2015) com 58.67. Em contrapartida, as que completaram o pódio melhoraram: Daiene Dias (Flamengo) fez 59.23 e Giovanna Diamante (Flamengo), seu melhor tempo: 59.38.

E segue a pergunta: cadê o nado peito feminino? Não adianta depender só de Jhennifer Alves da Conceição (Pinheiros); quase foi para o espaço o recorde continental de Tatiane Sakemi (então no Pinheiros, 1:07.67) do tempo dos trajes, nos 100 peito. Que Ruta Meilutyte (LTU/Flamengo) ia ganhar, estava no script: 1:07.35 para a campeã olímpica. A novidade é que Macarena Ceballos (ARG/Minas) fez 1:07.76, e quase pôs a marca de Sakemi ao chão.  E nossa deficiência no nado peito é tamanha que a "brasileira" a dividir o alto do pódio com a lituana foi Julia Sebastian (Unisanta), que é portenha: ela fez 1:07.93 e por muitos anos defende o Santa, inclusive morando em Santos desde o ano passado. Ah, e Jhennifer fez 1:08.46, pelo menos melhorando seu tempo de manhã. No masculino, João Luiz Gomes Júnior (Pinheiros) fez 59.98, sendo o único a baixar do minuto. O agora papai Felipe França (Unisanta) fez 1:00.26 e Felipe Lima (Minas/Auburn) chegou dez centésimos depois. Renovação do peito para já, também no masculino!

No revezamento 4 x 100 livre, só deu Pinheiros. No feminino, Natalia de Luccas (56.80), Manuella Lyrio (55.75), Lorrane Ferreira (56.20) e Larissa Martins Oliveira (54.73) levaram o azulnegro para 3:43.48, ainda longe do 3:41.62 que o SESI fez no Fluminense em 2015. Já no masculino, Cesar Cielo (49.29), Gabriel Santos (48.45), Breno Correia (48.62) e Pedro Spajari (47.95) levaram o time ao novo RC de 3:14.31, pondo ao chão a marca do tempo dos trajes de 3:14.45. Dependendo do que possa vir a acontecer, tá sendo montado um grande time.

E assim foi o primeiro dia de jornadas, ao estilo da nova CBDA: dinâmico, emocionante, mas ainda vazio: menos de 200 pessoas viram o certame hoje na Barra, segundo o coach Alexandre Pussieldi. Quem dera tivéssemos piscinas lotadas, como no último dia do ano passado...



CBDA E MPT EM ACORDO PELO ESPORTE
Antes da cerimônia de abertura, a CBDA assinou, com o Ministério Público do Trabalho, um termo de um acordo para o desenvolvimento de ações preventivas e educativas de combate ao assédio sexual e moral, abusos e doping e outras formas de violência e fraudes no esporte. A cerimônia contou com a presença do presidente da entidade, Miguel Carlos Cagnoni, representantes do MPT e da nadadora Joanna Maranhão (ainda sem clube).

Neste termo, a CBDA assume o compromisso de levar informações, debates e campanhas sobre qualquer tipo de assédio a atletas e técnicos, enquanto a função do Ministério Público é dar apoio jurídico para toda a comunidade a fim de evitar e punir os casos que eventualmente aconteçam.

É um grande avanço para que a CBDA esteja mais perto dos atletas e dos fãs, e lute por um esporte cada vez mais limpo.

E O PLACAR INDICA...
O Minas agora é o ponteiro do certame, com 470 pontos, até pelo recorde sul-americano de Scheffer. Logo atrás, o Pinheiros, com 387 pontos e completando o top-3, a Unisanta, com 237 pontos. Atrás, GNU, com 137 e Flamengo, 101.

Nesta quarta, segundo dia da jornada, teremos os 200 medley, 1500 livre feminino, 800 livre masculino, 200 costas e 4 x 200 livre (de volta). Oremos para que os recordes não parem.

(informações de João Paulo Castro/CBDA e Best Swimming - foto de Satiro Sodré/SSPress/CBDA)

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