domingo, 10 de março de 2019

DES MOINES: oito medalhas e pé direito para o Brasil


Mesmo com os pontos de interrogação que ainda cercam a natação brasileira, nossos atletas correm atrás de uma melhor preparação rumo ao TROFÉU BRASIL MARIA LENK do Rio. E alguns dos nossos melhores nadadores de São Paulo disseram presente à etapa de Des Moines, Iowa, do TYR PRO SWIM SERIES, o circuito norte-americano de natação. E o resultado foi bom.

Representantes do Corinthians e do Pinheiros se juntaram a Felipe Lima (Minas/Auburn) que já mora nos EUA para disputar a etapa com feras como Michael Andrew (EUA), vencedor de quatro provas, Caeleb Dressel (EUA), Zane Grothe (EUA), Blake Pieroni (EUA), Jianjiahe Wang (CHN) - que bateu recorde asiático nos 1500 livre, Leah Smith (EUA), Kathleen Baker (EUA) e Ryosuke Irie (JAP), para citar alguns. No saldo, oito medalhas, o que é um bom resultado.

O grande destaque do Brasil é Breno Correia (Pinheiros). Depois de garantir ao Brasil o ouro com WR no 4 x 200 livre do MUNDIAL DE PISCINA CURTA da China, ele mostrou que vai atrás da glória também na piscina olímpica, com a vitória também nos 200 livres, onde fez espantosos (para o início da temporada) 1:47.83, seu melhor tempo ever, onze centésimos abaixo do que fizera no TBML passado, tendo próximos Blake Pieroni (EUA, 1:47.92) e Alex Kuner (ALE, 1:47.93). Dois dos companheiros de vitória lá também estiveram: Luiz Altamir (Pinheiros) foi o quarto com 1:48.26 e Leonardo Coelho Santos (Pinheiros), o sétimo, com 1:50.87. Todos ficariam abaixo do índice de 1:51.16, mas só faltaria um quarto nome para somar.

Jennifer Alves da Conceição (Pinheiros) também mostrou que vem com tudo no ano que começa. Diante de feras como Annie Lazor (EUA) e Melissa Rodriguez (MEX), ela venceu os 50 peito com o quarto melhor tempo do ano até agora, 30.90. E para mostrar que estamos vivendo grande fase nesta prova (não-olímpica), Felipe Lima foi o monarca na versão masculina. Na eliminatória ele fizera 26.97, novo RC, e na final piorou pouco, mas manteve o nível e venceu com 27.18.

Brandonn Pierry Almeida (Corinthians) voltou a nadar em águas americanas em grande estilo. Foi líder nos 400 medley desde o costas, mas novamente o nado crawl não foi o bom e ele foi ultrapassado por Jay Litherland (EUA), por centésimos: 4:17.28 e Brandonn foi prata com 4:17.65. Para medalhar no mundial, o segredo é acertar o nado final, que tem sido seu ponto fraco.

Nos 100 livre, dobradinha brasileira no pódio, em vitória de Blake Pieroni com 48.91. Breno fez 48.99 e Marcelo Chierighini (Pinheiros), também voltando a nadar na América depois de deixar Auburn para voltar ao Brasil, foi o terceiro com 49.19. Pequena curiosidade: se Caeleb Dressel não tivesse sido uma eliminatória tão ruim, teria ganho porque fez 48.71 na Final B. Os outros medalhistas foram Luiz Altamir, bronze nos 200 borbo com 1:58.98 - Alex Kunert (EUA) venceu com 1:57.80 e Leonardo Coelho, bronze também, mas nos 200 medley com 2:02.73 - em vitória de Gunnar Bentz (EUA), que fizera 2:01.45 (acima dos padrões americanos).

Também destaquemos que Kristel Kobrich (CHI), com 16:17.92, atrás apenas dos 15:46.69 do recorde asiático de Wang, conquistou a vaga para os JOGOS OLÍMPICOS TÓQUIO 2020 e assim será a primeira nadadora do continente a lograr vaga para cinco consecutivos, igualando Rogério Romero. Os demais resultados estão.

Agora, os próximos passos serão os Regionais, e um deles será no próprio Pinheiros, no próximo sábado. É um preparativo e tanto para a jornada do Parque Aquático Maria Lenk.

(informações do Yes Swim e Best Swimming - foto de Satiro Sodré/SSPress/CBDA)

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