Neste início de 2024, podemos considerar esta como a foto mais emblemática da natação brasileira. Porque simboliza o cumprimento de uma dupla missão. Sim, vamos ter, pela primeira vez desde o Rio 2016, duas representantes nas águas abertas de Paris 2024, no Rio Sena. Que Ana Marcela Cunha (Unisanta) iria, era barbada. O que se esperou - e se confirmou depois - era a vaga de Viviane Jungblut (GNU).
Isso aconteceu no sábado último, dia 3, na prova de 10 km do MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS de Doha, em prova vencida no final por Sharon von Rouwendaal (HOL), que vive fase até melhor do que quando ganhou em Copacabana, seguida por duas zebras: Maria de Valdés (ESP) e Angélica André (POR). A baiana foi a quarta, ao lado de Moesha Johnson (AUS). Já Viviane foi a décima quarta, uma acima das 13 que iriam para Paris. Fim do sonho, certo?
Errado! Porque, segundo uma regra, se mais de uma nadadora do país sede, no caso a França, conseguir vaga, outra nadadora de outro país, herdará a vaga. Confuso, mas a World Aquatics (a eterna FINA) entendeu e, aproveitando-se de que Caroline Jouisse e Oceane Cassignol conseguiram ficar entre as 13, confirmou, na manhã de terça, a vaga não só de Jungblut, mas também de Leah Crisp (GBR), Martha Sandoval (MEX), Amica de Jager (RSA) e Xin Xin (CHN), pelos seus países. Como a Oceania só mandou a Austrália, sua vaga foi herdada por Emma Finlin (CAN).
Com isso, como dissemos, pela primeira vez desde a Olimpíada do Rio, quando Ana teve a companhia de Poliana Okimoto, que foi bronze, vamos ter duas representantes nossas, numa jornada difícil, já que a lista que aqui veem é forte.
E nesta quarta, mais uma vez, Ana Marcela Cunha medalhou nos 5 km, sendo bronze, atrás apenas de Rouwendaal e Gubecka. Viviane Jungblut também foi bem, sendo a nona. Agora, restam o 4 x 1500, mas creio que a medalha não virá. Talvez um Top-10.
(informações do Best Swimming e Swim Channel - foto da assessoria da CBDA)
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